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Piada fora de hora

Leandro Dias

O que te levou a acertar com o Fluminense? “Dinheiro”. Convenhamos, a resposta de Levir Culpi quando de sua contratação pelo Tricolor foi genial. Ali vi no treinador capacidade para gerir o time sem esconder suas mazelas. Se bem fosse, elogios ponderados. Se mal, críticas construtivas. Foi assim durante um tempo. Até a última sexta-feira, o jeitão despojado, bem-humorado e sarcástico me agradava. Futebol é coisa séria, mas também entretenimento. É preciso doses elevadas de honestidade com pitadas de gracejo. Mas há um limite. E ele chegou. Quando o barco se encaminha naturalmente para o fundo do mar, recomenda-se moderação. Senão, se confunde com indiferença. Esse desprendimento exacerbado do Levir incomoda. Mas o que veio a seguir a esta suposta insensibilidade é que não teve qualquer cabimento. Na entrevista coletiva pós-empate com o Coritiba por 0 a 0, não houve piadas. Elas deram lugar a um discurso muito bem ensaiado por uma tropa contumaz, especialmente na internet, o local perfeito para a propagação de ideias e conceitos. O treinador, que deveria se preocupar tão e somente com o campo, mais exaltado do que de costume, disse que as críticas feitas ao time são, muito possivelmente, de cunho político. Depois dessa afirmação não tenho dúvidas de que a torcida do Fluminense é a mais politizada não só do planeta, como do Sistema Solar, quiçá da Galáxia. Após tantas ironias, brincadeiras e chacotas com jornalistas, Levir conta a maior de suas anedotas. Endossa um discurso da diretoria e seus fiéis discípulos, que torcem por ela, e o tricolor, preocupado apenas com o time, se sente absolutamente solitário na luta por um Fluminense grande, como sempre foi e deve ser. O camarada que injetaria substanciais porções de sinceridade e honestidade, com saudáveis frações de sarcasmo, fica, mesmo que por um dia, um instante, irascível numa prerrogativa fatigante e danosa. Levir não falou ao acaso. No vácuo que se encontra o departamento de futebol do Fluminense, fez seu discurso institucional. Justifica-se. O homem forte da pasta é Jorge Macedo, um sujeito, aparentemente, recluso, avesso a entrevistas. Nunca vi um dirigente se comunicar tão pouco via imprensa, que é o canal pelo qual ele fala diretamente ao torcedor. O vice-presidente, o “cara” para frear os ânimos, matar no peito e assumir os erros, ninguém sabe, ninguém viu. Portanto, o técnico experiente, gabaritado e com carta branca, até segunda ordem, é quem toma as rédeas da situação. Enquanto isso, o Fluminense, com esse time feio, nos faz remeter facilmente à repulsiva década de 1990. Com raça, mas sem técnica. Com contratações, mas sem reforços. Com piadas, mas sem graça nenhuma.   tricoladas3

  • Para deixar claro, considero bom o trabalho do Levir
  • Se manter no meio da tabela com esse time é uma proeza
  • Vejo organização na equipe. Mas é fraca. Essa culpa ele não carrega
  • William Matheus é bem limitado. O suficiente para barrar o Giovanni
  • Dudu, ex-Coritiba e ex-Chapecoense, terá no currículo: ex-Fluminense
  • Richarlison precisa voltar para a base e trabalhar fundamentos
  • Domina mal a bola, passa mal…
  • Ou recuperam esse rapaz ou os absurdos R$ 10 milhões investidos vão para o ralo
  • Para quem fala tanto de austeridade financeira…

  Um grande abraço e saudações!   Siga-me no twitter: @LeandroDiasNF

Um dos fundadores do NETFLU e editor do portal desde a sua criação, em dezembro de 2008, Leandro Dias é tricolor de berço, tem 37 anos e é formado pela Universidade Estácio de Sá. Jornalista desde 2004, trabalhou na Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro. Em 2005 ingressou no quadro de funcionários do Diário LANCE! No veículo, trabalhou como repórter do site Lancenet! e também como repórter e apresentador da TV LANCE!

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