Peter Siemsen não queria que julgamento tivesse caráter político (Foto: Photocamera)
Peter Siemsen não queria que julgamento tivesse caráter político (Foto: Photocamera)

Depois do Fluminense entrar como terceiro interessado em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o clube foi muito criticado pela mídia. Mas Peter Siemsen voltou a defender o Tricolor nessa situação.

Segundo o presidente, era necessário fazer parte do processo para evitar que o Fluminense fosse agredido no resultado.

 
 
 

– Claro que não (mancha o Fluminense por entrar). O Fluminense estava ciente após o jogo contra o Bahia. Eu me apresentei já com mudanças no planejamento para jogar a Série B e fomos surpreendidos com a notícia. O Brasil é o único dos expoentes que dá julgamento com direito de defesa nos casos. Em outros, como na Europa, nos casos administrativos, já vem a pena. O Brasil até dá ao réu o direito de defesa. Isso talvez tenha dado um contorno mais midiático da história. É um ato de jogo e foi aplicada uma pena. Se entendem que não poderia ser daquela forma, teriam de lutar para a mudança do regulamento. Não que agora não se cumpra. Na Europa, muda para 3 a 0 e pode até ter perdido por 10 a 0, mas pode acontecer até com o campeão. Ganha três pontos quem enfrenta time com jogador irregular. Pode mudar resultado de título. O que eu tive de fazer nessa situação? O Fluminense não teve envolvimento nos bastidores. Eu presidente do clube e advogado, a lei prevê o processo como terceiro interessado. A mídia discute se o julgamento é político ou técnico. Minha obrigação, na defesa dos sócios e torcedores, é defender o clube. Para nós, a questão é técnica, prevista na lei. Não poderíamos deixar o julgamento ser político e ser atacado pela outra parte, pelos nossos torcedores e sócios por não defender os direitos do Fluminense. Mas não atacamos a Portuguesa. Poderia haver um resultado que agredisse o Fluminense e precisávamos estar lá para defender isso. A pressão era grande para os julgadores – comentou.


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