Na próxima quarta-feira, parlamentares votarão a Medida Provisória do Profut (que trata da renegociação das dívidas dos clubes com a União) e a discussão ainda rende. Muitas das exigências nas contrapartidas, como a obrigação das Certidões Negativas de Débitos (CNDs) para participar de competições, entrada de atletas em conselhos deliberativos e também o limite de 70% do orçamento voltado para o futebol profissional. Até em tom de crítica ao governo, Peter Siemsen não vê os clubes prontos para essa situação. O presidente do Fluminense, inclusive, aponta a gestão pública sem eficiência para tamanhas exigências às entidades esportivas.
– Não é uma questão de estar pronto, é de realidade. Em um país como nosso, onde o governo não é o melhor exemplo de eficiência de gestão pública, temos uma economia bastante complexa, assim como a legislação tributária. Os encargos trabalhistas são pesados. E o modelo dos clubes é arcaico, são geridos por dirigentes eleitos e não remunerados. Os conselhos são gigantescos. Esse tipo de modelo flerta com a ineficiência, ao contrário de um mais profissional. O modelo atual fica mais sujeito a bons e maus momentos de gestão, o que torna as regras excessivamente duras – disse.