peter2Não é novidade alguma que a situação dos grandes clubes brasileiros está longe de ser a ideal, sobretudo financeiramente falando. Visando tentar ajudar os clubes, mas com a contrapartida de uma responsabilidade fiscal, o governo desenvolveu o Proforte, que tem como objetivo o parcelamento da dívida. Presidente do Flu, Peter Siemsen falou sobre o tema.

– É importante criar mecanismos do alongamento da dívida. O futebol não é diferente do restante do país, que tem um sistema tributário complexo, dá margem a interpretação duvidosa. Por isso a necessidade de refinanciamentos constantes, ainda mais com os juros do país tão altos. Isso torna dificil gerenciar as dívidas, pois a correção é muito alta. Acho as contrapartidas fundamentais, não pode daqui a dois três anos ter nova solução de financiamento. Mas são duras, é como se estivéssemos num mercado suíço. Vai criar a punição, num ambiente de negócio muito ruim. Não estamos tratando a origem do problema, mas a consequência de uma gestão ruim. A origem está no sistema de gestão dos clubes, muito antiquado, de amadorismo político. A maioria dos clubes europeus tem ações em bolsas. No Brasil, seria saudável criar essa possibilidade da sociedade anônima. Tudo o que se discute em Brasília é válido, mas falta o terceiro elemento, que é a modernização da gestão. Isso significa trabalho de longo prazo. Se for uma associação com acionistas, o projeto continua independentemente de quem preside. Daria mais transparência e atrairia investidores novos no futebol. Com o quadro atual do clube social e o fim dos direitos econômicos de terceiros, o mercado se apequena. A gente tem que acordar. Num futuro, pode-se colocar em xeque o projeto, pois vai chegar um momento de que vai ter de punir oito, nove clubes.


Sem comentários