Campeão Brasileiro pelo Fluminense em 2012, Abel Braga foi demitido no clube no ano seguinte após uma série de maus resultados na competição. Ao olhar para trás, Peter Siemsen se diz arrependido pelo episódio. O presidente admite que acabou cedendo à pressão, recordando como era o modelo antigo com a Unimed.
– Não foi colocado em votação. Eu fui muito pressionado, pois vivia um período muito complicado no Fluminense. Tem uma hora que é difícil. O investimento era do patrocinador e tem colocações que não são legais. Eu acabei aceitando uma coisa que me arrependi. Se fosse hoje não teria feito de jeito nenhum. Não sei se faltou pulso ou presença… O clube passava por uma transformação grande e colocar a casa em ordem foi uma loucura. Tinham mais de 500 ações em execução. Com todo o dinheiro de 2011 da TV adiantado, integral. Meu papel era transformar o Fluminense clube, pois o time já era bom. Isso foi feito de forma simultânea a vários outros projetos. É óbvio que o futebol sendo um projeto que investia direto no atleta e na comissão técnica, é óbvio que ele tinha o maior controle, para o bem e para o mal. Havia um modelo e uma pressão enorme para mudar dentro do próprio investimento. Em algum momento aceitei e não gostaria de ter feito isso. Não é questão de sucumbir, mas chega uma hora que tive de abrir mão disso para continuar lutando em outras áreas – disse.