A imposição da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) quanto ao preço dos ingressos não é o maior problema para o Fluminense na relação com a entidade. Peter Siemsen lembra que os valores praticados pelo clube em seus jogos não são muito diferentes. Mas a universalização da meia-entrada é um entrave. Tanto que a Justiça, a pedido do Ministério Público, proibiu tal prática por intermédio de liminar. O presidente tricolor afirma que isso é ilegal e critica o intervencionismo da Ferj em questão que não lhes diz respeito.
– O Fluminense se posicionou desde o primeiro momento que a questão é a ilegalidade da meia entrada universal. Tanto que a questão do Fluminense com a Federação nunca foi o preço. Tanto que os preços dos ingressos do Fluminense são bem próximos dos populares, em geral. O outro ponto é a intervenção da Federação, que não cabe nas relações comerciais do clube, do estádio e dos torcedores. O papel da Federação neste caso é aprovar os estádios para os jogos não intervir na relação comercial – afirmou.
Já a respeito da aprovação no Arbitral, Peter Siemsen afirma também que o Fluminense, em protesto, foi contra a reeleição de Rubens Lopes como presidente da Ferj e não votou como forma de protesto.
– Na eleição não fomos votar. Fomos contra a reeleição, uma forma de protesto. No entanto, somos associados e seguimos associados à Federação. Atendemos os pleitos regulares, que são razoáveis. O fato de ter aprovado no arbitral as regras, não quer dizer que eu concorde com todas elas. Muitas vezes temos nos posicionado contra, como nos casos de algumas intervenções incluídas. E outras existentes há anos, como a escolha dos estádios. O papel da Federação é aprovar ou não. Não é ficar alterando o local do jogo. Isso prejudica o torcedor, o planejamento do clube, da gestão do estádio, no caso o Maracanã, pois gera incerteza da realização de jogos ou não, quando e de que forma vai ser. Continuamos questionando as do passado e as deste ano. Esse é o perfil do clube em relação à Federação – disse.