Crítico ferrenho da exigência das Certidões Negativas de Débitos (CNDs) como exigências para os clubes participarem de campeonatos, Peter Siemsen dispara a respeito desta contrapartida em específico prevista na Medida Provisória do Profut. De acordo com o presidente do Fluminense, a burocracia pode atrapalhar muito para se conseguir o certificado e exemplifica como.
– Por exemplo… receber dinheiro da Espanha via remessa. Como o Brasil tem um acordo bilateral sobre tributação, o brasileiro precisa emitir na Receita a Certidão de Domicílio Fiscal para poder receber o dinheiro. Aí você dá entrada e a Receita te diz que não tem prazo. Aí você tem de pagar o salário no dia 5 e não te dão um prazo. Como faz? Não pode. Sou radicalmente contra depender de o Estado emitir certidão para que a gente possa jogar ou não na respectiva divisão. O Estado tem de tomar conta das coisas dele, e a área de futebol das dele. Se está parcelando as dívidas fiscais, claro que tem de exigir contrapartidas, mas elas não têm de se aplicar aos clubes que não aderirem. Seria muito melhor apresentar o comprovante de salário em dia, FGTS, direito de imagem… É simples, aí não dependeria de análise interpretativa – disse o mandatário tricolor.