Em programa no canal de televisão ESPN Brasil com as presenças dos presidentes de Fluminense e Flamengo, Peter Siemsen e Eduardo Bandeira de Mello, respectivamente, a entrada por telefone de Rubens Lopes, mandatário da Ferj, transformou o encontro em bate-boca. Isso porque Rubinho entrou no ar e afirmou que ambos estavam mentindo em suas declarações.
– O que os dois disseram não é verdade. Quem negocia os contratos de televisão são os clubes. A Federação é apenas anuente. A distribuição das cotas desse contrato, a Federação não tem participação em como é feito. Isso é determinado em arbitral. E isso foi aprovado por unanimidade, assinada por todos os representantes dos clubes. Na Assembleia Geral, os grandes tem seis vezes o peso dos pequenos, diferentemente do que o presidente do Flamengo falou. A Federação do Rio não é a que mais cobra. É prevista no estatuto, aprovada com assinatura e voto do Flamengo e Fluminense. No Brasil, há outras oito que cobram o mesmo valor. Dos itens aceitos, o Fluminense só se posicionou contra um apenas: o lado das torcidas no Maracanã. A limitação das inscrições foi discutida e aprovada. A forma de disputa do Carioca já vem acontecendo há cinco anos. Quanto à cota, a televisão paga num dia e nós repassamos no mesmo. Isso pode ter uma exceção se chegar a verba numa sexta à noite, por exemplo – disse o presidente da Ferj.
Imediatamente, Peter Siemsen tomou a palavra e apresentou seus argumentos.
– O debate sempre é uma coisa positiva, mas para haver uma construção boa, tem de ser em um programa com o mesmo tempo para todo mundo. A Federação sempre tem essa postura: sempre ataca em vez de se defender. Já que não houve tanta alteração seguida, como a operação com o Maracanã, a questão dos valores, não sei para que tanto arbitral. É por isso que Flamengo e Fluminense estão debatendo para sair dessa ditadura – afirmou.
As explicações de Peter foram avalizadas por Eduardo Bandeira de Mello.
– Devo estar sofrendo de alucinação moral, como eles chamaram. Quando falei que o Flamengo tinha um peso igual ao Juliano Moreira, Piscinão de Ramos e Varre e Sai, Vassouras e tal, claro que foi um exemplo. Se juntar todos eles, dá um Flamengo. O presidente diz que deveria ter o mesmo peso. O que ele diz que assinamos é na verdade uma lista de presença antes das reuniões. Isso não é aprovação. Assina-se antes e eles falam que a reunião é gravada, mas ninguém nunca vê as fitas depois. Não aprovamos lei da mordaça que consideramos ilegal. Tanto que um juiz a impediu e ela está sendo usada através de subterfúgios. O Luxemburgo fez críticas e foi punido pelo TJD. Claro que isso é a aplicação da lei da mordaça com subterfúgios – encerrou.