Em entrevista ao site Globoesporte.com, Fred garantiu que Peter Siemsen foi quem quis sua saída do Fluminense. Para o mesmo portal, o presidente tricolor, via assessoria de imprensa, respondeu negando tal informação e atribuiu a declaração do atacante a um suposto fim eleitoreiro no sentido de ajudar a campanha de Mário Bittencourt.
De acordo com Peter Siemsen, Fred e seus assessores o procuraram no intuito de jogar pelo Atlético-MG. Ainda segundo o presidente, a vontade do atacante em se transferir para o Galo era tanta que o mesmo recusou conversar com o Cruzeiro, onde foi revelado e afirmava amar.
Veja a íntegra da resposta de Peter Siemsen concedida ao site Globoesporte.com:
“Li a entrevista concedida pelo jogador Fred, atualmente no Atlético Mineiro, a respeito da sua saída do Fluminense. Lamentável o momento escolhido, pois acaba por parecer um oportunismo eleitoreiro a serviço de uma candidatura de oposição. O relato de uma vitimização de um atleta renomado e experiente como Fred não combina com o tamanho e o sucesso de sua carreira. Pelo contrário, acaba por enveredar por um caminho pouco profissional e claramente de quem não gosta de ser contrariado.
Em seis anos à frente do clube convivi com funcionários e atletas, sempre sem privilegiar ninguém. Quando investi em Xerém e na construção do novo Centro de Treinamento dos profissionais, pensei sempre no clube e no coletivo, melhorando a qualidade de trabalho de todos. Jamais tratei alguém com privilégio. E nesse caso, não poderia ser diferente. O que eu ganharia “fritando” um atleta do tamanho e com a história do Fred? A irritação da torcida, um enfraquecimento político, crianças tristes com a saída do ídolo etc. Ora, com certeza não pensei em mim em nenhum momento. Porém, uma acusação oportunista não pode ficar sem resposta.
A saída foi solicitada pelo atleta e por seus assessores, situação reafirmada de forma contundente dentro do departamento de futebol do Fluminense na presença de várias outras pessoas. Naquele momento, disse ao atleta que gostaria que ficasse e que se concordasse em ficar, aquele assunto seria imediatamente esquecido e ele já treinaria no dia seguinte. Como o atleta não concordou, assim como seus assessores não concordaram, o negócio foi finalizado. Pouco tempo depois apareceu uma foto dele ainda no vestiário do Fluminense, já com a camisa do Atlético. A vontade do atleta de ir para o Atlético era tanta que ele recusou o contato com o clube rival pelo qual despontou no seu início de carreira e que, por diversas vezes, fez juras de amor.
Enfim, eu não misturo o ídolo com o homem, por isso não quero macular os grandes momentos e nem esconder os momentos difíceis que vivemos no Fluminense. Só lamento mais uma vez que o atleta tente interferir na política do clube para apoiar quem, na época, investido na vice-presidência de futebol, discutia com ele salários, contratações de jogadores, técnicos etc. Escolhas que, se tivessem sido corretas, teriam rendido vários campeonatos nos últimos dois anos. Entendo que cada um deva cuidar do seu papel e o clube tem que estar acima de todos.”