Presidentes de Fluminense e Flamengo têm boa relação, o que facilita eventuais ajustes na parceria (Foto: Lucas Merçon - FFC)

O consórcio formado por Fluminense e Flamengo ficou muito perto de vencer a licitação para a concessão do Maracanã por 20 anos. Após o resultado da proposta técnica, a dupla só tem como ser superada pelo Vasco/WTorre em caso de impugnações ou ações na Justiça. Após a análise da proposta financeira, a tendência, mostra a coluna do jornalista Rodrigo Mattos no site Uol, é que o vencedor seja conhecido ainda neste semestre. A dupla, confirmando a vitória, tem planos para investir R$ 392 milhões no estádio.

Parte desse montante é para gastos obrigatórios e outros adicionais no sentido de gerar receita. No total, a previsão é de investir R$ 316 milhões no Maracanã e mais R$ 76 milhões no Maracanãzinho. Há obras civis e eletromecânicas para reparos e atualização do estádio, inclusive dos sistemas eletrônicos a serem feitas. Os placares, por exemplo, já apresentaram falhas.

 
 
 

A construção do novo museu do Maracanã terá um custo de R$ 44 milhões. Nos três primeiros anos de concessão, há a maior previsão de gasto: R$ 174 milhões no período.

Existe também obrigação detroca de divisórias das torcidas por segurança e visibilidade. Mas a setorização do estádio, pelo menos por enquanto, será mantida.

Sobre as receitas, Fluminense e Flamengo informaram na licitação que até outubro do ano passado foi de R$ 82 milhões. Assim, até o fim do ano, dá para se projetar que o valor beirou os R$ 100 milhões. A principal fonte de entrada é com camarotes, representando quase metade do total.

Existem também receitas extraordinárias, como patrocínio e mídia, além de alugueis para jogos e estacionamento. Existe a intenção de expandir projetos de lojas e restaurantes terceirizados em espaços do estádio. Os modelos podem ser flexíveis, com pagamento de royalties ou aluguéis. Parceiros serão buscados.

A proposta deixa clara a prioridade ao futebol. Só há previsão de shows no estádio na segunda quinzena de dezembro, quando o futebol está de férias. Tem ainda promessa de duas trocas de gramado por ano.

Um ponto que ainda pode gerar polêmica é a obrigação do vencedor a ceder o estádio em igualdade de condições para outros clubes. A dupla Fla-Flu obviamente fez o compromisso. Mas há uma ressalva sobre respeitar a capacidade operacional do estádio. O consórcio alega desgaste no gramado para negativas recentes ao Vasco.

Pela concessão, o Vasco terá acesso ao estádio, mas sem uma regra para cronograma de jogos. Assim, é possível que existam novos embates neste sentido.