O presidente Pedro Abad decidiu deixar o cargo no Fluminense e convocou uma Assembleia Geral para a votação da mudança do estatuto, visando a antecipação das eleições, prevista para novembro deste ano. Porém, a ideia do mandatário dividiu a oposição tricolor. Todos apoiam a saída de Abad, mas a maneira como deve sair gerou discussão. Parte apoia a decisão de antecipar o pleito, mas outro lado defende a renúncia.
Pedro Antônio, ex-vice presidente de projetos especiais da gestão de Abad, que apoiou o atual mandatário nas últimas eleições em 2016, deve disputar o próximo pleito apoiado pela coalizão “Fluminense Unido e Forte”, do ex-vice geral Cacá Cardoso. O ‘mecenas’ responsável pela construção do CT é a favor da renúncia e afirmou que Abad rasgará o estatuto.
– Sou a favor da saída do Abad? Sim. Mas a maneira como ele tem que sair é renunciando. Ele renuncia e ponto final. Acabou. Por sinal, já deveria ter feito isso antes. Sou contra rasgar o estatuto. E a modificação que existe foi realizada pela Flusócio. Então eles deveriam se auto respeitar – disse ao portal Globo Esporte.
Pedro Antonio se baseia no artigo 150 do Estatuto do Fluminense, que diz que “as normas estatutárias que não decorram de estrita observância da legislação e que sejam referentes às regras eleitorais somente produzirão efeitos a partir do período de mandato presidencial e legislatura do Conselho Deliberativo seguinte ao da sua aprovação”. Abad, na convocação da Assembleia, argumenta que este item “possui exclusiva finalidade de evitar alterações estatutárias de caráter antidemocrático”.