Fluminense enfrenta o Grêmio no próximo domingo (Foto: Lucas Merçon - FFC)

O início do Campeonato Brasileiro em meio à pandemia do novo coronavírus irá impor muitos desafios. Um deles será o uso do VAR. Por conta de alguns locais não terem a liberação para receber partidas, CTs, como o Hélio Dourado, em Eldorado do Sul, onde o Fluminense estreará diante do Grêmio, no próximo domingo, viraram soluções. Mas a CBF precisará homologar tais locais para a utilização do recurso de vídeo na arbitragem.

Por enquanto, a CBF não tem problema em relação do CT da base do Grêmio, mas o VAR requer protocolos que precisam ser seguidos. Pelo regulamento, todas as 380 partidas terão de contar com o auxílio do vídeo na arbitragem para evitar um prejuízo técnico.

 
 
 

Existe a necessidade de um mínimo de oito câmeras para a utilização do VAR. As emissoras com direitos de transmissão preveem tal uso das mesmas, que são as usadas pelos operadores da empresa contratada pela CBF para comandar equipamentos no VOR (sala do VAR). O jogo entre Grêmio e Fluminense passará no SporTV e Premiere, sem torcida presente. A questão que fica é se os demais locais onde terão partidas possuirão a estrutura necessária para isso.

A sala precisará ter tamanho adequado para receber o VOR, ainda mais em meio à pandemia de Covid-19. Sete profissionais ficam na sala (três árbitros, três operadores e um fiscal da confederação). Eles precisam de espaço e haverá uma divisória de acrílico para separar as pessoas (estes usarão máscaras). Em caso de necessidade, pode ser diminuído o número de operadores para dois.

Já foi descartado pela CBF criar salas para o árbitro de vídeo ao ar livre, uma vez que há necessidade de ar condicionado para garantir o bom funcionamento dos equipamentos. A entidade também não tem condições de criar VORs fixos em sua sede por conta do alto custo. Para isso, seria necessário cabos de fibra ótica, o que encareceria demais o já alto valor (cerca de R$ 19 milhões). Participantes da Série A dividem cerca de R$ 7 milhões dos gastos e hoje entende-se que seria um retrocesso não ter VAR na edição de 2020 do Brasileiro depois do resultado considerado satisfatório em 2019.