Rivais dentro de campo, Palmeiras e Fluminense travam uma batalha judicial há quatro anos. O pré-contrato assinado por Martinuccio em 2011, não cumprido, resultado no fim das relações entre os clubes. O caso está na Justiça de São Paulo. A cobrança alviverde, na época, era de R$ 50 milhões. Com juros e reajustes para os dias atuais, os números já ultrapassam os R$ 60 milhões.
Na ocasião, o argentino, estaque do Penãrol na Copa Libertadores de 2011, assinou um pré-contrato com o Palmeiras, mas depois acertou com o Fluminense. A diretoria paulista ficou irritada e cobrou do Tricolor valores de ressarcimento. O Flu ofereceu R$ 800 mil, mas o presidente na época, Arnaldo Tirone, não aceitou.
O Palmeiras, na época, foi à Fifa cobrar uma indenização do Fluminense e do argentino. A entidade rejeitou a ação, porque a questão já corria nos tribunais brasileiros. Como argumento para a situação, os advogados tricolores já usaram exemplos de jogadores que foram ao Palmeiras – principalmente nesta gestão – com forma parecida. Contratado neste ano, Dudu foi um caso utilizado, já que negociava com São Paulo e Corinthians, porém não tinha pré-contrato, o que quebrou a argumentação do Fluminense.
Os paulistas sabem que a briga ainda deve durar por muitos anos, mas a relação entre os clubes se encerrou nesta ocasião. O último negócio feito foi em janeiro de 2011, quando o Fluminense contratou o volante Edinho, por pressão do próprio jogador. Mesmo assim, já existia uma relação ruim desde o caso Thiago Neves que fez o mesmo de Martinuccio ao assinar um pré-contrato com o Verdão e não ir para o Parque Antarctica. Porém, naquele momento, o meia devolveu os cerca de R$ 400 mil recebidos de adiantamento.
Depois disso, o Palmeiras perdeu para o Flu jogadores como o meia o Wagner e o lateral-direito Bruno, que estavam apalavrados com o rival desta noite. No caso Wagner, o então presidente, Tirone, antecipou que o negócio tinha sido acertado com o Fluminense, ao dizer que “em São Paulo não existia praia e o meia preferia uma cidade litorânea”.