Além de Fluminense e Internacional, um dos clubes que Abel Braga guarda no carinho é a Ponte Preta. Foi em Campinas que o treinador realizou um trabalho que ele mesmo qualifica como um dos mais memoráveis ao longo destes anos.
O ano era 2003. A Macaca convivia com oito meses de salários atrasados, e Abel teve de ser um líder em campo, mas também um pai fora dele. Não foram poucas as vezes em que socorreu os que ganhavam menos e pagou seus salários do próprio bolso. Em certa ocasião, antecipou a concentração de oito juniores para garantir que eles tivessem o que comer no café e no almoço.
A missão de livrar a Ponte da Série B era dada como impossível para muitos, mas Abel Braga não desistiu e alcançou a missão. Naquele momento, seguir o trabalho no Alvinegro não foi opção para nada menos que 21 jogadores, que abandonaram o barco por falta de pagamento e promessas que nunca foram cumpridas.