Reforço do Fluminense, Felipe Melo tem história muito ligada ao Fluminense na infância. Apesar de ter começado no rival Flamengo, seu pai, José Coelho, é torcedor fanático tricolor. Tanto que uma foto do hoje experiente volante com uma camisa do Flu quando menino viralizou recentemente nas redes sociais.
– O primeiro time que ele jogou era tricolor. Meu bairro em Volta Redonda é pequeno, tem só quatro ruas, e para o Felipe jogar eu fazia um torneio aqui de salão entre as ruas. E as camisas que eu comprei para usarem eram do Fluminense, claro. Depois ele ainda jogou quatro anos em uma escolinha do Fluminense que havia aqui na cidade. Nessa foto, ele tinha sete anos e estava com a camisa da escolinha. Tinha acabado de chegar em casa, o Nicolas era recém-nascido – explicou Seu José Coelho, pai de Felipe Melo e tricolor de berço.
– Meu pai torcia muito para o Fluminense, na época do radinho, e eu escutava junto e acabei me acostumando. Nós somos três irmãos homens, tudo tricolor. O problema foram os netos, deu muito flamenguista (risos) – brincou o pai, que também “converteu” a esposa, Dona Silvana, em tricolor.
José sempre morou em Volta Redonda, mas gostava de, sempre que possível, descer a Serra das Araras para acompanhar jogos do Fluminense in loco. Chegou até a passar “perrengue” com o pequeno Felipe Melo. Na primeira vez que levou o menino às Laranjeiras, para uma partida em que o Tricolor venceu o Goytacaz, em 7 de maio de 1988, pelo Carioca, por 3 a 2, com 4.243 torcedores presentes, teve dificuldades para voltar com o filho de quatro anos.
– Nós ganhamos, e ele gostou muito de ver o jogo no estádio. Mas depois foi um sufoco para ir embora. A gente iria ficar na minha sogra, que morava em São Gonçalo, e o jogo foi tarde da noite. Pegamos um ônibus até a Praça XV e de lá pegaríamos outro para São Gonçalo, mas tinha muita gente. Tanto que tinham duas filas, uma para quem ia ficar sentado e outra para quem ia em pé. Só que o trocador avisou que não ia ter outro ônibus, e aí foi um tumulto. O rapaz com quem eu estava batendo papo na fila conseguiu entrar e sentar, aí ele me disse: “Me dá seu filho e entra”. Dei o Felipe pela janela e fui no primeiro degrau do ônibus. Ele lembra disso até hoje – relata.