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“Arias foi bem do início ao fim”, relata Mano sobre último jogo do Fluminense

Jhon Arias, do Fluminense
(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Se o empate por 2 a 2 com o Grêmio, na última sexta-feira, no Maracanã, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, ficou com gosto de derrota para o Fluminense, um jogador especificamente mereceu elogios de Mano Menezes. Trata-se de Jhon Arias. Autor do primeiro gol, o meia-atacante teve a atuação na partida reconhecida pelo técnico tricolor.

— É, o Arias fez um bom jogo do início ao fim. É um jogador que iniciou bem levando vantagem pelo lado. Aliás, a gente iniciou bem o jogo levando vantagem pelos dois lados. Pelo lado esquerdo também. Uma passagem de jogo e se juntando com Lima, se juntando com o Ganso, às vezes quando caiu pra cá, e Keno, abrindo o corredor pra gente usar. A gente foi bem dos dois lados. E Arias é um jogador acima da média. A gente sabe disso, você sabe disso. Acho que é uma unanimidade aí no futebol brasileiro. E todos os méritos são dele. E vamos contar com ele aí na reta final – disse.

Jhon Arias faz parte do grupo de suspensos do Fluminense para a partida da próxima sexta, frente ao Internacional, no Beira-Rio. Além dele, estarão fora Fábio, Thiago Santos, Ganso, Kauã Elias e Felipe Melo.

Vídeo: Cria do Fluminense marca e comanda “zebra” no Inglês em derrota do poderoso City

Jogador revelado pelo Fluminense, Evanilson viveu um sábado de fortes emoções na Inglaterra. Afinal de contas, com um gol seu o modesto Bournemouth surpreendeu e bateu o poderoso Manchester City por 2 a 1, no Vitality Stadium, pela décima rodada da Premier League. Confira o vídeo do gol:

Essa foi apenas a primeira derrota do City em dez jogos. O time comandado por Pep Guardiola ocupa a segunda posição, com 23 pontos, dois a menos que o Liverpool. O Bournemouth, de Evanilson, é oitavo com 15.

Pelo Fluminense, Evanilson disputou apenas 28 jogos entre 2018 e 2020. Fez 11 gols com a camisa tricolor durante sua passagem.

Marcelo recebe mais homenagens em redes sociais de ex-companheiros de Fluminense

Marcelo deixou o Fluminense de forma polêmica, mas muitos ex-companheiros mostraram admiração pelo lateral-esquerdo. Após uma leva de jogadores como Thiago Silva, Felipe Melo e outros o homenagearem em redes sociais, mais atletas se manifestaram em despedida ao camisa 12. Confira as publicações:

É você, Cano? Fluminense brinca com semelhança de golaço na semifinal do Carioca feminino com pintura do ídolo

O Fluminense abriu vantagem na semifinal do Campeonato Carioca feminino ao vencer o Vasco, sábado, por 2 a 0, fora de casa. E, vias redes sociais, o clube destacou o golaço de Camila do meio da rua para abrir o caminho da vitória. Na postagem, uma brincadeira com semelhança de pintura do ídolo Germán Cano também diante da equipe cruz-maltina. Veja e compare:

Vídeo: Campeões brasileiros sub-17, moleques do Fluminense fazem a festa no Allianz Parque

O Fluminense é bicampeão brasileiro sub-17. Na sexta-feira, a equipe tricolor superou o Palmeiras por 2 a 0, em final única, no Allianz Parque, e ficou com o título da categoria que á havia conquistado também em 2020. Confira abaixo registro na rede social do clube mostrando a festa dos moleques de Xerém:

Na atual temporada, o Fluminense dominou o sub-17 nacionalmente. Afinal de contas, no primeiro semestre havia conquistado também a Copa do Brasil da categoria:

“Saída do Fluminense pode encerrar carreira de Marcelo, mas não defini-la”, opina colunista

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Marcelo deixou Fluminense após discussão com o técnico Mano Menezes (Foto: Lucas Merçon - FFC)

A abrupta saída de Marcelo do Fluminense após desentendimento com o técnico Mano Menezes ganhou enorme repercussão e segue rendendo. Em sua coluna no jornal O Globo, o jornalista Marcelo Barreto opinou a respeito do assunto. Na visão do jornalista, por mais que possa ter sido o último episódio da carreira do lateral-esquerdo, o desligamento polêmico do clube das Laranjeiras não define quem é o jogador.

Confira abaixo a íntegra do texto publicado pelo apresentador do SporTV em sua coluna no veículo:

“O desentendimento entre Marcelo e Mano Menezes à beira do campo na sexta-feira suscitou uma série de perguntas. O que um disse para o outro, exatamente? Quem tem razão? Havia precedentes para que o caldo entornasse? O clube agiu corretamente ao manter o treinador e desligar o jogador? Ao longo do sábado, houve quem buscasse as respostas e quem manifestasse a certeza de que já as tinha. Eu passei o dia pensando que faltou um questionamento importante: e se aquele tiver sido o último ato da carreira de Marcelo?

No futebol, como em outros esportes, buscamos os momentos emblemáticos. E, como efeito colateral, a grande vitória ou a grande derrota acabam definindo a memória que temos de um atleta, um treinador, um time. Há casos em que, de fato, as duas coisas andam juntas: nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, Mark Spitz pendurou sete medalhas de ouro no peito, fez com elas uma foto inesquecível (num documentário lançado recentemente, conta que teve de grudá-las com cola para que todas aparecessem)… E encerrou a carreira de nadador. Seria ainda mais definitivo se seu recorde se mantivesse, mas depois dele veio Michael Phelps, que ganhou oito ouros em Pequim-2008… E continuou nadando até a Rio-2016.

O esporte, como a vida, trata tanto de continuidade quanto de interrupção. Na arte, a forma de contar histórias alterna entre uma e outra. O cinema americano é mais voltado para um arco narrativo que remete a uma cena final apoteótica ou explicativa; o francês, muitas vezes, simplesmente interrompe a narração num momento em que falta muito para resolver — caso de “Noites de Paris”, filme de 2022 em que a personagem de Charlotte Gainsbourg ouve uma canção de Joe Dassin com a pergunta “E se você não existisse? Me diga por que eu existiria”. Na literatura, há casos de livros que começam do fim: “No dia em que iam matá-lo, Santiago Nasar acordou às cinco e meia da manhã”, escreve Gabriel García Márquez em “Crônica de uma morte anunciada”. Em “A mais recôndita memória dos homens”, sucesso mais recente do senegalês Mohamed Mbougar Sarr, o protagonista encerra uma busca de mais de 50 anos — alerta de spoiler! — voltando a seu país natal para morrer de velhice.

Vocês da imprensa contam histórias que ainda não acabaram, que vão se desenvolvendo diante dos nossos olhos enquanto são contadas. Por isso, muitas vezes, nossos colegas narradores sucumbem à tentação de decretar como “históóóórico!!!!” algo que a História ainda não decidiu se vai para as páginas de seus livros ou para sua lata de lixo. E mesmo que aquele momento de fato fique na memória, terá de disputar espaço com outros — eventualmente protagonizados pelo mesmo personagem. Felipão é o treinador campeão mundial de 2002 ou o derrotado no 7 a 1? As duas coisas, entre as muitas outras que fez na carreira, desde que ganhou uma Copa do Brasil pelo Criciúma e passamos a prestar atenção nele.

Marcelo também estava no 7 a 1. Naquela mesma Copa, fez um gol contra. Antes e depois dela, foi multicampeão, ídolo e capitão do Real Madrid. Voltou ao Fluminense para conquistar a Libertadores. Brigou com Mano e foi mandado embora. O que o define — como jogador, como pessoa? Tudo isso e muito mais. O que aconteceu na sexta-feira foi mais um capítulo, talvez sequer o último, de uma história que ainda estamos contando.”

Thiago Silva é mais um a homenagear Marcelo em rede social após saída do Fluminense

Marcelo teve o contrato com o Fluminense rescindido no sábado. O lateral-esquerdo deixa o clube após um atrito na véspera com o técnico Mano Menezes. Após diversos jogadores do elenco homenagearem o camisa 12 em redes sociais, Thiago Silva também fez postagem nos stories de seu Instagram.

Na publicação, Thiago Silva ressaltou a alegria de ter mais uma vez jogado ao lado do amigo. Veja abaixo a postagem do zagueiro na rede social:

Antes do embate no Fluminense, Mano e Marcelo já haviam tido problemas na seleção, lembra site

Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

O Fluminense anunciou, no sábado, a rescisão de contrato com Marcelo. A decisão foi tomar após o lateral-esquerdo discutir, na véspera, com Mano Menezes. O técnico o mandaria a campo no finalzinho da partida contra o Grêmio, sexta, no Maracanã, mas ouviu um desaforo do jogador e colocou John Kennedy no lugar de Lima em vez do experiente jogador. Recorda o site Lance que ambos já haviam tido problemas muitos anos antes. Ainda na seleção brasileira.

Em 2011, Mano Menezes, à época treinador do Brasil, foi convidado no extinto programa do canal SporTV “Bem, Amigos”, comandado pelo apresentador Galvão Bueno, e falou a respeito de situação envolvendo o então lateral-esquerdo do Real Madrid (ESP). Na sua primeira convocação, ainda em 2010, convocou Marcelo, mas não o utilizou. No mês seguinte, o atleta não se apresentou para um período de treinos alegando problemas estomacais, mas treinou no seu clube no dia seguinte.

Passado isso, o técnico passou período sem convocar o lateral e voltou a chamá-lo para a seleção em 2011. No entanto, também não colocou em campo. Antes de um novo amistoso, Marcelo sentiu problema nas costas e acabou cortado. No programa do SporTV, afirmou que a ausência do jogador se deu por sua postura. O atleta teria enviado um e-mail de forma equivocada ao treinador, em que alegava que poderia defender o Real Madrid no mesmo período.

— Ninguém abre mão de um jogador que está jogando o que o Marcelo está jogando simplesmente porque não tem simpatia. As questões são muito mais sérias e muito mais responsáveis. As pessoas em determinados momentos, por pressões dentro do clube, cedem em algumas questões – disse há 13 anos na atração do canal esportivo, complementando:

— Talvez o momento levou as coisas que se conduzissem para essa direção. Então você amadurece, conversa com outras pessoas. Assuma a sua parte, que é importante. Não ficar transferindo para os outros a parte que você deve assumir. Logicamente, você pode reconsiderar.

Confira abaixo o trecho em vídeo publicado pelo ge no Instagram recordando a entrevista de Mano Menezes contando o episódio:

Mano avalia peso dos diversos desfalques do Fluminense para o jogo com o Internacional

Mano perdeu seis jogadores para a partida frente ao Internacional (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Além do frustrante empate por 2 a 2 em casa com o Grêmio, sofrido já no finalzinho, o Fluminense ainda ganhou um problemão para seu próximo compromisso no Campeonato Brasileiro. Perdeu seis jogadores por suspensão para a partida da sexta que vem, frente ao Internacional, no Beira-Rio, pela 33ª rodada. São eles Fábio, Thiago Santos, Kauã Elias, Ganso, Jhon Arias e Felipe Melo. Após a partida no Maracanã frente aos gaúchos, Mano Menezes falou a respeito.

O técnico tricolor reconheceu o peso dos desfalques e a maneira como é incomum acontecer de forma simultânea. Porém, agora só resta dar moral a quem vai entrar e confiar na força do grupo. O treinador destacou ainda o rigor do árbitro Matheus Delgado Candançan ao sair dando amarelo para todo mundo.

— Pelo jogo em si, é óbvio que teremos desfalques importantes, mas uma hora iriam acontecer. Não é normal acontecer todos ao mesmo tempo. Perdemos o Ganso no finalzinho do primeiro tempo, por reclamação. Teve o lance do Fábio, o pênalti. Nem sei se era pra ser marcado com cartão, não entendo muito esse critério. Foi uma bola disputada, não fez uma falta depois de ter sido batido, acho que a penalidade já era suficiente. E aí, um pouco de inconformidade nossa na hora, que eu entendo, pela frustração, de tudo junto. Agora vamos ter que resolver com o grupo, como sempre é quando você tem as ausências. Acho que temos jogadores no grupo capazes da equipe estar forte para fazer um bom jogo em Porto Alegre – opinou.

“Não aguentavam mais”, “reclamão” e apoio dos líderes: Site conta bastidores de Marcelo no Flu

Foto: Marcelo Gonçalves e Lucas Merçon / FFC

Um dia após a notícia da saída de Marcelo do Fluminense, o portal GE traz bastidores da segunda passagem do lateral pelo clube, especificamente o relacionamento do jogador dentro do CT e como lidaram com a rescisão contratual.

A reportagem informa que as lideranças do elenco do Fluminense, sem especificar quais, procuraram membros da diretoria para manifestar apoio à decisão pelo fim da passagem de Marcelo. O nível de comprometimento do lateral, abaixo dos demais, foi citado. A postura do jogador era motivo de queixas.

Muitos ficaram ao lado de Mano Menezes no que entende-se um “eu ou ele”. Como sabido, os dirigentes compraram o barulho do treinador, procurando o atleta para uma rescisão amigável. O técnico, diz o GE, “está seguro que o grupo não aguentava mais os pequenos problemas.”

Marcelo era visto como um jogador de pouca interação com os demais e a publicação dá conta de que era “reclamão”, quase nunca se dava por satisfeito. Novamente a reportagem não dá mais detalhes.

A ausência de Marcelo em alguns jogos do Fluminense como visitante também incomodava. O craque alegava problemas físicos e não era confrontado pelos funcionários do clube para não colocar a palavra do atleta em xeque. O GE fala em “guerra de narrativas”. Mesmo sem inimigos, o lateral não era bem quisto no CT Carlos Castilho, completa a matéria.