Recuperado de lesão, Marcelo voltou a jogar pelo Fluminense na vitória de 2 a 0 sobre o São Paulo, domingo, no Maracanã, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após ser aproveitado pelo técnico Mano Menezes no meio de campo em algumas partidas, atuou em sua posição original, na lateral esquerda. Após a partida, o treinador foi questionado onde iria utilizá-lo e falou a respeito.

— Eu considero o Marcelo um craque em qualquer lugar. Na verdade, o que muda é o condicionamento do jogador. É você agregar a essa qualidade técnica um condicionamento necessário para correr atrás de alguém, quando esse alguém tem a bola. Quando nós tivermos a bola, quando o Marcelo tiver a bola, nós vamos estar super satisfeitos com isso. Mas os adversários enxergam, trabalham, e alguém vai colocar um velocista para trabalhar nas costas. Então, era necessário também uma retomada do Marcelo em termos de treinamento. E ele pode treinar, principalmente depois dessa lesão que ele teve e já está em uma condição atlética muito melhor em todos os sentidos. Eu conversei com ele, chamei ele também na véspera do jogo para a gente ter aquela segunda conversa – disse, prosseguindo:

— Importante saber se o jogador se sente apto, porque a cobrança é grande. Você pode ser campeão do mundo, muitas vezes da Champions, mas quando entra em campo, o torcedor quer que você resolva os problemas daquele jogo. Então, ele se sentiu em condições. Nós fizemos, e ficamos muito contentes de poder utilizá-lo em uma função de origem, e vamos poder utilizá-lo no meio campo também. Mas fico feliz que posso utilizar na função de origem. Hoje (domingo), era necessário que a gente tivesse. A improvisação tem seus limites, tem seu prazo de validade. Os adversários começam a enxergar e a querer tirar proveito. E hoje a gente não podia dar essa condição para o São Paulo. O Marcelo foi muito importante no jogo.

O Fluminense venceu o São Paulo por 2 a 0, domingo, no Maracanã, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, e segue fora da zona de rebaixamento. Após a partida, o técnico Mano Menezes explicou suas alterações no decorrer do segundo tempo e informou também que a saída de Marcelo já era esperada. Afinal de contas, o lateral-esquerdo voltava após longo tempo ausente. Na etapa final, o treinador tricolor lançou Guga, Lima, Keno, John Kennedy e Felipe Melo nos lugares de Marcelo, Kauã Elias, Kevin Serna, Ganso e Facundo Bernal, respectivamente.

— A gente sabia que o Marcelo iria para o máximo de 15 minutos do segundo tempo, mas achava que era importante iniciarmos com ele porque o São Paulo tem uma pressão sobre a saída do adversário bastante grande. E se nós não tivéssemos essa capacidade com a qualidade do Marcelo para acrescentar esse passe de uma boa saída, provavelmente nós teríamos dificuldades nos primeiros 30, 45 minutos de jogo, onde o São Paulo é muito intenso. É muito difícil jogar contra o São Paulo nesses primeiros 45. Quase todos os jogos, ele tem vencido essa primeira parte, exatamente em função de poder imprimir um ritmo muito forte. É uma equipe bem trabalhada, com ideias claras, jogadores de qualidade e muito decisivos – disse, prosseguindo:

— Então, a gente tinha que acrescentar uma saída mais qualificada e foi por isso a escolha de Marcelo. Mas sabia que ele iria até 15 (do segundo tempo), repito, e aí a circunstância do que estaria no jogo definiria as alterações. Nós estávamos com a vantagem, escolhemos o Guga. Não escolhemos outro zagueiro porque o São Paulo não tinha atacantes enfiados na nossa última linha. Quando entrou o Luciano, ele fica jogando nas costas do volante, então não adiantava nada fazermos uma linha de cinco hoje porque eles continuariam ganhando o meio campo, como já estavam naquela hora. Então a outra alteração foi tirar Kauã e colocar Ganso para ser um falso nove e ter mais um jogador no meio-campo e ficar com dois jogadores de velocidade. Porque era o que a gente precisava para tentar sair. O São Paulo com qualidade nos empurrou mais para trás.

Mano destacou ainda que, mesmo com o volume são-paulino em busca do empate, o Fluminense não cedeu oportunidades claras de gol ao adversário. O técnico ficou bem satisfeito em ver o trabalho dando resultado.

— E quando eles fizeram linha de três para construir, ora com o Luiz Gustavo, ora com Ferraresi, conseguiram ter volume de jogo, e esse volume nos empurrou. Não criou dificuldades tão grandes em termos de conclusão, mas criavam uma dificuldade de saída de jogo. Nós precisamos ganhar mais um jogador no meio e tentar sair em velocidade com Arias e Serna, e depois Arias e Keno. Quando Ganso entrou em um momento do jogo em que para ele já era muito mais difícil, de novo a gente colocou um pouco mais de força na frente com o John Kennedy, e a equipe conseguiu fazer o segundo gol. Importante de tudo é isso, é os jogadores entrarem, entrarem bem, todos eles vão ser extremamente importantes. Tenho dito isso para todos. E todos estão trabalhando no nível para serem merecedores dessas oportunidades.