Uma das apostas das categorias de base, Roberth Kennedy chama a atenção dentro e, por conta do nome, também fora dos gramados. Tendo renovado na última quinta-feira o contrato com o Flu até 2016, ele contou por que foi batizado com o nome de um ex-presidente americano.

– Foi uma escolha da minha irmã, ela era criança quando escolheu. Na certidão de nascimento é sem a letra ‘h’ no final e com apenas um ‘n’ no Kennedy, mas adotei essa maneira de escrever. Sei que o Kennedy foi um presidente norte-americano, mas não sei muito bem a relação com o meu nome – disse o jogador.

“Não é possível tapar o sol com a peneira”. A premissa talvez não se encaixe perfeitamente ao que o técnico Abel Braga tem feito, declarando que seus comandados estão se apresentando cada vez melhor, apesar dos resultados. Segundo ele, até as pressões no final das partidas diminuíram.

– Estamos sofrendo no fim das partidas como acontecia no Campeonato Brasileiro? Não. Isso me dá a impressão de que estamos mais fortes, mais bem posicionados, sem recuar tanto… Estamos jogando bem, mas não estamos ganhando. Quando se joga bem, a probabilidade de vitória é maior. Se mantivermos o padrão, os resultados vão voltar a aparecer. Encaramos uma sequência longa de jogos no meio e no fim de semana. Temos consciência daquilo que podemos e que ainda temos de fazer. Quando se joga mal e perde, a dor é menor. Mas quando você faz uma partida como a de quarta e não ganha… – lembrou o comandante tricolor.

As críticas têm sido uma constante no Fluminense neste início de temporada. Sem conseguir repetir atuações que fizeram a equipe conquistar o tetracampeonato brasileiro no ano passado, o Tricolor das Laranjeiras vem acumulando alguns resultados negativos. Primeiro foi a eliminação precoce da Taça Guanabara. Depois, o empate no Engenhão, contra o Huachipato, pela Libertadores. Apesar disto, o técnico do Flu, Abel Braga, vê o Time de Guerreiros melhorando jogo após jogo.

– Acho que nos últimos três jogos retomamos o nosso nível de atuação. Contra o Huachipato, se não nos 90 minutos, mas em boa parte do jogo o Flu se impôs diante do adversário. Repetimos em janeiro e fevereiro o planejamento de revezamento do ano passado. E quando a equipe começou a ser repetida o resultado não apareceu, mas a atuação evoluiu muito. Um time que é campeão brasileiro e estadual no mesmo ano fica mais estudado e respeitado pelos adversários. Cabe a nós buscarmos soluções – explicou.

O empate da última quarta-feira, contra o Huachipato, ainda não saiu da cabeça do técnico Abel Braga. Salientando que não quer achar desculpas para o resultado, ele disse que o gol dos chilenos saiu a partir de uma falta inexistente marcada pelo árbitro.

– A falta do Carlinhos não existiu. E não estou justificando o empate. Só estou dizendo que não foi falta. Aliás, se houve irregularidade, foi do adversário que entrou solando. Esperei dois dias para falar isso porque estou muito tranquilo. Sabemos bem da nossa grandeza e do nosso valor – encerrou o treinador, referindo-se ao lance em que a arbitragem assinalou tiro livre indireto na entrada da área tricolor, alegando que quem deu a solada foi Carlinhos – disse.

Além deste período de 11 dias de treinamento na paralisação forçada pela eliminação prematura na Taça Guanabara, o Fluminense já tem data de descanso: junho, o período da Copa das Confederações. A delegação aproveitará esta época para realizar com a equipe uma série treinamentos em Orlando, na Flórida.

Segundo o planejamento, o tricolor das Laranjeiras ficará entre os dias 16 e 21 de julho no CT do Orlando City, realizando atividades de preparação. No dia 22, o Tricolor enfrentará a equipe americana, que disputa a USL Pro (equivalente à terceira divisão de futebol dos Estados Unidos), em um amistoso no Citrus Bowl.

Com a equipe profissional de folga neste fim de semana, a atenção de todos os tricolores estará voltada para o clássico diante do Botafogo, neste sábado, válido pela final da Taça Guanabara. Para o zagueiro Gustavo, da equipe de Xerém, o confronto não vai ser fácil, mas o Time de Guerreiros, dono da melhor campanha na fase de grupos, tem tudo para sair de campo vitorioso e com o título.

– Vai ser uma partida difícil, ainda mais por ser tratar de um clássico e de uma final. Os dois times querem o título, mas estamos confiantes. Sabemos do nosso potencial e da qualidade que o grupo tem. Estamos preparados e fortes, e mostramos isto ao longo da competição – disse.

Considerado uma das principais revelações das categorias de base do Fluminense, o lateral Igor Julião, que recentemente defendeu a Seleção Brasileira no Sul-Americano Sub-20, onde o time verde e amarelo foi eliminado na primeira fase, que o título estadual Sub-20 para tentar esquecer este trauma recente.

– Esse campeonato está sendo importante para levantar a autoestima. Voltei muito triste, abalado (do Sul-Americano) e é uma motivação essa final – disse Igor Julião.

Uma das apostas do Tricolor das Laranjeiras para o duelo deste sábado, contra o Botafogo, válido pela final da Taça Guanabara, o atacante Biro-Biro quer o título da competição, para passar, de vez, uma borracha na eliminação precoce na Copa São Paulo de Futebol Júnior, no início do ano.

– (A final) é diferente para todos atletas do Fluminense que estiveram presentes na Copa São Paulo. Aquela saída não foi muito justa, mas acontece – afirmou.