Conhecido como Time de Guerreiros após a arrancada de 2009, o Fluminense acostumou-se a conseguir resultados improváveis depois de muita luta. O meia Felipe, no clube há cerca de três meses, tenta explicar a alcunha dada pela torcida tricolor.
– Um time mais ou menos como aquele do segundo tempo que jogamos. Time de Guerreiros é aquele que, sem a bola, marca forte, e com a bola tem alegria de jogar, se impondo. Na dificuldade, todos têm de se ajudar para conseguirmos os objetivo – declarou.
O Fluminense lançará a camisa número dois em alusão aos 30 anos do título carioca de 1983 e o gol marcado por Assis no Flamengo. Em homenagem a este momento histórico, o clube premiará alguns torcedores.
Na próxima terça-feira, dia 23, quem estiver vestido com uma das camisas oficiais do Flu nas ruas poderá ganhar brindes exclusivos. Sócios do clube, identificado pela carteirinha, poderá ser escolhido para participar do lançamento da nova camisa e conhecer jogadores lendários.
O Caracas precisa da vitória, mas é difícil imaginar o time venezuelano partindo para cima do Fluminense. A tendência é a de que joguem fechado, mas São Januário pode se tornar um aliado da equipe carioca.
– Jogar em São Januário realmente é bom, até porque ficamos sem o Engenhão. O campo de Volta Redonda dá para jogar, mas não é o ideal. As dimensões são pequenas. Pegar uma equipe fechadinha, usando o contra-ataque é preciso de um campo grande. São Januário tem dimensões boas, é um campo largo, conheço bem – disse Felipe, cria do clube cruzmaltino.
O torcedor do Fluminense que for à São Januário verá um time bem diferente daquele que saiu do gramado de Volta Redonda derrotado pelo Flamengo por 2 a 0. O meia Felipe afirma que não há chance de a equipe repetir o primeiro tempo clássico do último domingo.
– Com certeza não. É um jogo totalmente diferente. O clássico não valia muita coisa para a gente. O objetivo foi alcançado, a classificação antecipada para as semifinais da Taça Rio. Todos sabem da importância que é o jogo da quinta-feira e vamos focar nesta partida – disse.
O Fluminense depende apenas de si para avançar às oitavas de final da Copa Libertadores. Uma vitória simples ou empate dá a vaga ao Tricolor, que costuma não ter vida difícil contra venezuelanos. Mas em 1971, no único revés para um time do país vizinho, o clube carioca deixou escapar uma chance de ouro. Lula, atacante daquela equipe, relembra:
– Houve um corpo mole. O time venezuelano era muito ruim. Se colocássemos os juniores em campo ganharíamos fácil. Aquilo foi até surpreendente e custou a classificação.
Lula fala do jogo contra o Deportivo Itália. Na Venezuela, o Fluminense venceu por 6 a 0. Mas no Rio de Janeiro perdeu por 1 a 0.
Na fase de grupos da Libertadores daquele ano, o Tricolor fechou com quatro vitórias e duas derrotas, o que não foi suficiente para se classificar. Apenas o primeiro colocado avançava, naquela ocasião, o Palmeiras.
Com o foco totalmente voltado para o Caracas, a equipe tricolor acabou perdendo para o Flamengo em jogo que valia pouco no Estadual. Felipe admite que o time esteve menos concentrado do que em partidas anteriores.
– O jogo contra o Flamengo foi atípico. Já faz parte do passado. Com um jogo importante na Libertadores, quatro dias depois, acaba, inconscientemente, não entrando 100%. No primeiro tempo deixamos um pouco a desejar. No segundo tempo fomos superiores. Mas o importante é nos concentrarmos para fazer uma bela apresentação na quarta-feira – frisou.
Há 15 anos, Felipe conquistava a Copa Libertadores da América pelo Vasco, em decisão contra o Barcelona (EQU). Sincero, admitiu que a competição internacional naquela época era mais fácil de vencê-la do que nos dias atuais.
– Não dá para comparar a Libertadores em si, porque ela é muito mais difícil em relação à época que eu ganhei, em 1998. Na época só se falavam em times brasileiros e argentinos. Hoje o cenário já mudou bastante. Temos equipes de outros países sul-americanos de muita qualidade. Hoje está muito mais difícil de conquistar a Libertadores.
Clubes, nem empresas confirmam, mas Fluminense e Flamengo já assinaram compromisso com o Consórcio Maracanã SA para a utilização do estádio. O grupo de empresas é formado pela construtora Odebrecht, IMX, de Eike Batista e a administradora AEG.
A dupla se comprometeu a realizar todos os seus jogos com mando de campo no “Maior do Mundo”, caso a consórcio saia vencedor. O anúncio ainda não é oficial, já que o ganhador não é conhecido.
A cláusula 12ª do edital prevê a assinatura de, pelo menos, dois dos principais clubes do Rio para atuar no estádio durante os 35 anos de cessão. Este é o trunfo da Maracanã SA para sair com a vitória na licitação
O outro consórcio concorrente é o Complexo Esportivo Cultural do Rio de Janeiro, das empresas OAS e Amsterdan NV (Holanda) e a Lagardère Unilimited (França).
O processo de licitação seguirá nesta terça a partir das 10h. Os envelopes com a propostas serão abertas no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado. A receita anual do Maracanã deve girar em torno de R$ 154 milhões por ano.
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro pretende entregar nesta terça-feira ao Governo um pedido formal para a liberação do Maracanã para as finais do Carioca. A ideia é que as semifinais da Taça Rio sejam disputadas no estádio. Caso não seja possível, em caso de final do Estadual, em 12 e 19 de maio, a liberação também seria aceita pela Ferj.
Já houve uma conversa informal entre a Federação e integrantes do governo do estado do Rio. O prazo para a conclusão da obra é o próximo dia 27 de abril. No mesmo dia, será realizada uma partida amistosa entre um time de amigos de Ronaldo e amigos de Bebeto. O jogo servirá como evento-teste para a Copa das Confederações.
Nessa ocasião, apenas 30% da capacidade do Maracanã – de 78 mil torcedores – serão utilizada. Apenas operários, seus familiares e convidados estarão presentes no estádio.
No dia 15 de maio, ocorrerá outro evento-teste, que ainda está indefinido. No evento, ser será usada 50% da capacidade do estádio. Portanto, cerca de 40 mil pessoas estarão presentes.
O número é considerado suficiente para a Ferj realizar as fases decisivas da Taça Rio e do Estadual. Apesar disso, existe a ressalva sobre os confrontos. Por questão de segurança, partidas entre grandes e pequenos têm mais chances de serem liberadas pelo governo.