A Vou Ver o Flu, agência de viagens oficial do Fluminense, oferecerá pacotes com traslado para o jogo diante do Caracas, quinta-feira, em São Januário. Poderão se valer do serviço sócios e não sócios, com ou sem ingressos.
Para os sócios que garantiram o acesso gratuitamente no Portal do Sócio, o traslado ida e volta com guias custa R$ 50. Para os não sócios, há a opção de traslado + ingresso de arquibancada (R$ 90) ou traslado + ingresso de cadeira social ou setor GEO Premium (R$ 120). Os ônibus sairão das Laranjeiras.
O Fluminense já está classificado para as semifinais da Copa Brasil Sudeste de basquete, mas tem uma partica decisiva nesta terça-feira. Em jogo que será realizado às 20h nas Laranjeiras, o Tricolor tem de vencer o Macaé para pular da quarta para a terceira colocação e, consequentemente, fugir de um confronto contra o time que terminar em primeiro lugar. Por enquanto, o líder é o próprio Macaé
Após ser derrotado para o Rio Claro por 95 a 91, o técnico Márcio Andrade afirma que o terceiro lugar vale muito para o Fluminense.
– O jogo de sábado foi muito acirrado. Infelizmente, deixamos a desejar na parte defensiva e fomos superados por uma pequena diferença de pontos. Já estamos trabalhando para melhorar esse aspecto e tentar repetir a grande atuação que fizemos contra o time de Piracicaba (83 a 57). É assim que temos que entrar nesse último jogo, com garra. Vamos brigar pela terceira colocação, que é o nosso objetivo – disse.
O Consórcio Maracanã SA saiu na frente pela administração do estádio. O grupo de empresas formada pela IMX, de Eike Batista, Odebrecth e AEG ofereceu R$ 5,5 milhões anuais, contra R$ 4,7 milhões do Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro, outro concorrente. No entanto, a parte financeira não será determinante no processo de licitação. A proposta técnica tem peso maior, conforme explica o presidente da comissão que avalia as propostas, Luiz Roberto Silveira Leite.
– A licitação será combinada entre a proposta econômica e a proposta técnica. A técnica tem peso de 60% e a econômica, de 40% – disse.
O Fluminense e o Flamengo já teriam assinado com o consórcio de Eike Batista.
Jean é simples ao analisar o que significa uma classificação do Fluminense para as oitavas de final da Libertadores. Ao lembrar que todo o planejamento foi feito para isso, o volante é direto:
– Vale muito. No meu modo de ver, ajuda muito a qualquer jogador passar para a próxima fase. Ajuda em tudo, no planejamento. Não tem nem como falar o que vai ajudar. É tudo mesmo. Não tem como descrever. É a mesma imnportância para o jogador e o clube. Trabalhamos meses antes para se preparar para a competição. A cada barreira que vai passando, é importante para o jogador e o clube.
Se algum jogador do Fluminense conhece melhor que os outros São Januários, esse jogador é Felipe. E o apoiador está satisfeito com o jogo diante do Caracas, na quinta-feira, ser lá. Ele vê as grandes dimensões do gramado como um fator positivo para o Tricolor.
– Jogar em São Januário é bom, até para não ter que viajar para Volta Redonda onde o campo não é o ideal e as dimensões são pequenas. Diante de adversários que tendem a vir fechados, você tem de ter um campo grande. E São Januário é assim. Espero jogar e poder contribuir para a classificação – disse.
O jogo contra o Caracas é decisivo para o Fluminense na Libertadores. Ciente disso, Jean já convocou a torcida tricolor para empurrar a equipe na quinta-feira, em São Januário. O volante promete que o time dará a vida em campo, ainda mais com o apoio das arquibancadas.
– Vai depender um pouco da torcida. Se tiver lotado, cheio de tricolores. Antes do jogo o Fluminense não é favorito. Passando ali a força para a gente, vamos demonstrar que vamos fazer os 90 minutos da nossa vida – afirmou.
O Fluminense precisa só de um empate na quinta-feira, contra o Caracas, em São Januário, para passar de fase na Libertadores. Mas, para Jean, nenhum time pode ser apontado como favorito em toda a competição. O volante considera a disputa muito equilibrada.
– Não dá para colocar times que sejam certos de passar. Está muito equilibrado – disse.
No dia 29/8/1932, reúnem-se na sede do Fluminense os representantes dos sete principais clubes da AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athléticos): Fluminense, Flamengo, Vasco, Botafogo, América, Bangu e São Cristóvão. Em pauta, a adoção do profissionalismo no futebol carioca.
O presidente tricolor Oscar Costa expõe o ponto de vista do clube. A insatisfação com o falso amadorismo vigente e a necessidade de buscar outros caminhos para o desenvolvimento do esporte. Os demais clubes se mostram hesitantes, mas aceitam a criação de uma comissão para estudar a questão e elaborar um anteprojeto para a implantação do profissionalismo.
São nomeados para a comissão Arnaldo Guinle, patrono do Fluminense e principal entusiasta da adoção do profissionalismo, Ary de Azevedo Franco, dirigente ligado ao Bangu e Antônio Avellar, presidente do América.
Durante cerca de três meses a comissão trabalhou no mais absoluto sigilo, inclusive estudando regulamentações de outros países, adaptando-as às particularidades brasileiras, até chegar o mês de janeiro de 1933, quando se torna público o estatuto da futura liga de profissionais.
No dia 18/1/1933 dirigentes de Vasco, Flamengo, São Cristóvão e Botafogo reúnem-se na sede deste último e firmam a posição de manterem-se amadores.
Os quatro clubes redigem uma carta endereçada a Oscar Costa, informando-o da posição adotada. Nesta carta, destaca-se o seguinte trecho: “Depois de longa meditação chegamos à conclusão de que a implantação desse regime (profissional) nos levaria à mais completa ruína”.
Três dias depois, uma reviravolta: contrariando a posição firmada por seu presidente, o conselho deliberativo do Vasco, por 51 votos contra 15 (e 5 votos em branco), determina que o Vasco deve seguir o caminho do profissionalismo.
No dia 23/1/1933, em reunião realizada na sede do Fluminense, é fundada a Liga Carioca de Futebol Profissional. A reunião conta com a presença de representantes dos sete clubes, mas Botafogo, Flamengo e São Cristóvão se retiram da mesma. Fluminense, América, Bangu e Vasco são os clubes fundadores da liga.
“O ano de 1933 vai marcar uma nova era para o nosso futebol. Técnica e moralmente”. “A Liga Carioca constitui o futuro do Brasil esportivo. A AMEA reflete um passado em que o falso amadorismo imperou”. Palavras de Oscar Costa, presidente do Fluminense e um dos líderes do movimento de profissionalização
Em fevereiro, uma embaixada da Liga Carioca de profissionais, formada por Oscar Costa e Antônio Avellar, vai à São Paulo e no dia 8 se reúne com representantes de todos os clubes fundadores da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) para tratar do assunto profissionalismo. Mais tarde, seis fundadores da APEA assinaram os termos da criação da divisão profissional em São Paulo: São Bento, Santos, Corinthians, Palestra Itália, São Paulo e Portuguesa.
No dia 13/2/1933 os clubes da AMEA se reúnem e decidem desfiliar os quatro fundadores da liga de profissionais.
Em abril de 1933 são realizados os primeiros jogos de futebol profissional no Rio de Janeiro. O Fluminense estreia no dia 16 de abril, empatando por 4×4 com o Corinthians, no estádio das Laranjeiras.
Em fins de maio de 1933, Flamengo, São Cristóvão e Carioca abandonam o campeonato de amadores da AMEA, já em andamento, e filiam-se à Liga Carioca de Futebol, aderindo ao profissionalismo. O Flamengo, ainda a tempo de ser incluído no campeonato da primeira divisão daquele ano.
O Fluminense comemora nesta terça-feira 80 anos de sua primeira partida de futebol profissional. O adversário foi o Corinthians, naquele dia 16 de abril de 1933, no estádio das Laranjeiras.
Em uma época onde vários clubes pagavam salários a seus jogadores por debaixo dos panos, já que a prática era proibida, o Fluminense, cumprindo com as regras, acabou sendo prejudicado.
Seus jogadores, sócios do clube que praticavam o futebol por lazer, tinham que medir forças com times que dispunham de tempo livre para treinar ao longo da semana.
Para tornar a prática profissional lícita, o Fluminense Football Club idealizou e liderou esse empreendimento que mudaria para sempre a história do futebol brasileiro.