Wellington Nem voltou ao time do Fluminense após se recuperar de torção no tornozelo esquerdo entrando no segundo tempo do clássico contra o Flamengo. E, agora, ele ainda não tem escalação como titular garantida para quinta-feira. O técnico Abel Braga garante estar pensando na melhor formação para o time enfrentar o Caracas em São Januário.
– Foi uma opção de jogo que favorecia esse tipo de situação. O Rafael Sobis não é de ficar fixo na área e temos o hábito de jogar com uma referência. O Nem é uma opção para começar jogando, mas a entrada dele a princípio mexe muito na estrutura tática da equipe – disse.
O leilão beneficente de Thiago Neves de uma camisa sua para reverter a renda para as vítimas das chuvas em Petrópolis ganhou novos adeptos no Fluminense. Fred, Wágner e Digão também doaram seus mantos para serem disputados.
Precisando de uma vitória para garantir o primeiro lugar e apenas um empate diante do Caracas para se classificar às oitavas de final da Libertadores, o Fluminense não pode entrar afoito na partida. Essa é a leitura de Abel Braga. De acordo com o técnico, o time tem de entrar tranquilo para buscar o resultado.
– Queremos que a atitude do segundo tempo seja durante o jogo todo. A partida contra o Caracas vai ser complicada e não podemos entrar tensos, querendo resolver o jogo logo… É preciso ter seriedade e organização. Vai ser um jogo especial. A postura vai ser a mesma da etapa final. A do primeiro tempo não serviu para ninguém. Já a do final, mesmo perdendo, foi uma postura de Fluminense, um time de guerreiros, e assim será na quinta-feira – disse o Abelão.
Com a derrota por 3 a 1 para o Flamengo no último domingo, o Fluminense perdeu a liderança no Grupo B para o Resende. Mas Abel Braga ainda não desistiu de terminar a Taça Rio com o primeiro lugar. Por outro lado, vê como mais importante o fato do Tricolor ja estar classificado para as semifinais.
– Gostaríamos de ser o primeiro do grupo pelo menos para ter a vantagem na semifinal. Ainda é o nosso objetivo. Mas não esperávamos um primeiro tempo tão ruim no clássico. Sentimos a partida contra o Grêmio. O importante é que já estamos na semifinal. O rival não importa – disse.
Com 13 pontos, o Fluminense precisa, para terminar em primeiro, vencer na última rodada o Bangu e torcer para o Resende, líder com 15, pelo menos empatar com o Boavista em Bacaxá.
A derrota por 3 a 1 diante do Flamengo já faz parte do passado para Edinho. O volante afirma que não é hora para desculpas no Fluminense. O momento é de focar no Caracas, adversário de quinta-feira pela Libertadores.
– Não adianta dar desculpas. É esquecer. Queríamos ganhar para ficar na liderança, mas paciência. Temos um jogo ainda para tentar a liderança – disse.
Já de olho no jogo de quinta-feira, Abel Braga avisa que o adversário do Fluminense, o Caracas, atua melhor quando está longe da Venezuela. O técnico espera uma partida complicada, mas a considera fundamental para as pretensões tricolores no semestre.
– É uma partida extremamente importante. Conseguimos a classificação com o empate, mas queremos mais. O Caracas atua melhor fora de casa e o jogo se tornou fundamental para o semestre. É complicado, não podemos entrar tensos e precisamos de organização. É um momento especial e o torcedor conhece a nossa postura. O Fluminense é um time guerreiro e assim será na quinta-feira – disse.
Com oito pontos, o Fluminense lidera o Grupo 8. Se empatar, estará classificado para as oitavas de final, mas uma vitória garante o primeiro lugar.
Mesmo fazendo elogios ao árbitro Marcelo de Lima Henrique, Abel Braga questionou sua expulsão no Fla-Flu do último domingo, em Volta Redonda. O técnico comentou o lance e reclamou de marcações com critérios diferentes em lances de bola na mão.
– Não aconteceu nada. Primeiro que fique claro: o Marcelo, para mim, é um dos melhores árbitros do Brasil. É o que penso e isso não muda. Ele me disse que a expulsão foi porque eu estava gesticulando. Tudo bem. Foi um jogo difícil. O que me chateou foi que, minutos antes, a bola tinha batido na mão do jogador do Flamengo e ele mandou seguir. Depois bateu na do Rhayner e ele deu falta. Mas não importa. Gesticulei e ele me expulsou – disse.
No Grupo 8 da Libertadores todos os times têm chances de se classificar para as oitavas de final. E, assim sendo, são todos concorrentes. E um dos adversários do Fluminense, o Grêmio, tem uma crise declarada no elenco. Artilheiro da equipe no ano passado, Marcelo Moreno foi afastado do time principal e, depois disso, tanto ele quanto seu pai falaram muito. Kleber Gladiador, também atacante, respondeu com veemência.
– Você nunca vai ver minha mulher, meu pai ou algum familiar meu ir para o Twitter ou na imprensa reclamar de ninguém. Se fizerem isso, teremos problemas em casa. Da minha família cuido eu. A postura dele foi um desrespeito ao elenco, ao treinador e ao próprio clube – disparou Kleber, que seguiu respondendo ao “desafio” feito pelo boliviano a algum outro jogador marcar 22 gols como ele no ano passado:
– Nem levamos isso (o desafio de Moreno) a sério. O Barcos fez 20 e tantos gols, eu fiz 15 no ano passado. Todos tentamos fazer o melhor. A gente reconhece o que ele fez. Ficamos felizes, só não gostamos das declarações. Não só pelos gols, mas falar que o Grêmio é “timinho”. O torcedor que pede ele tem que lembrar disso.
Com a língua afiada Kleber continuou com a sequência de críticas ao ex-companheiro de ataque titular.
– A postura dele, e do pai que é assessor dele, é algo que não cabe. Eu falo por mim e achei muito ruim. Ele fez 22 gols, mas tinha que ter alguém para sofrer o pênalti, dar o passe… Eu fiz 15 e passei quatro meses lesionado. O jogador que expõe todos assim nunca é legal. Mas somos funcionários do Grêmio. Não tenho que ter bom relacionamento com A ou B, mas trabalhar – soltou.
“Será que faltou dizer “gugu-dadá”?”. Este é o novo post de Roberto Sander em seu blog no NETFLU. O jornalista analisa e não aceita a derrota do Fluminense para o Flamengo, em má fase e já eliminado no Campeonato Carioca. Para ler e comentar, clique aqui.