Mesmo sonhando em jogar contra o Emelec no Maracanã, Wágner tem gostado do apoio da torcida nas partidas disputadas pelo Fluminense em São Januário. Para o meia, o Tricolor tem se sentido em casa também no estádio do Vasco.
– Estamos conseguindo jogar bem em São Januário e sentimos o calor da torcida, nosso décimo segundo jogador que vem nos apoiando bastante – disse.
Formado nas divisões de base do Fluminense, Fernando será adversário tricolor neste domingo. O volante, irmão de Carlos Alberto, faz planos grandiosos para sua atual equipe, o Volta Redonda. Não só ele pensa em passar pelo Tricolor, mas também sonha com o título carioca.
– Não quero ter nadado bastante para morrer na areia da praia. Quero classificar, quero ir para final e, se possível, marcar uma história no Volta Redonda. Eles não são mais fortes nem mais bonitos. Então, temos que entrar e jogar futebol – disse.
Sem poder jogar no Fluminense, Wellington Silva teria salvado Bernardo, do Vasco, de ser assassinado no último domingo. O apoiador do Vasco foi espancado por traficantes na Favela da Maré e o lateral-direito tricolor, que estava lá, foi chamado e convenceu os traficantes a não matarem o jogador. Seu argumento foi de que, se ocorresse uma morte dessas por lá, no dia seguinte o morro passaria a ter uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
O problema todo teria acontecido porque Bernardo se envolveu com a mulher de um dos traficantes locais e, flagrado com ela, acabou sequestrado, espancado e torturado. A mulher, Dayana Rodrigues, chegou a levar sete tiros nas pernas.
Quem também estaria por lá era o volante Charles, do Cruzeiro.
Rhayner passou mais de dois anos sem fazer gols, mas já marcou duas vezes pelo Fluminense no Campeonato Carioca. Na verdade, sua ansiedade maior acabou depois dele fazer o segundo, diante do Bangu. Afinal, o primeiro foi meio sem querer e com a ajuda do goleiro Mauro, do Resende. Agora, o atacante sonha até em deixar sua marca no Maracanã.
– Estava faltando um gol de verdade. Daí veio o gol contra o Bangu. Acho que ele deu um descarrego nessa maré ruim. Se Deus quiser, virão ainda muitos gols pelo Fluminense. Agora estou ansioso para jogar no Maracanã. Meu sonho é marcar um gol lá. Já imaginou? – disse.
No Fluminense desde o ano passado, Wágner ainda não teve a possibilidade de jogar no Maracanã. Mas, agora está na torcida para o estádio ser liberado para a partida de volta pelas oitavas de final da Libertadores, contra o Emelec. O apoiador considera o “Maior do Mundo” a casa tricolor.
– É a casa do Fluminense. Ainda não tive a oportunidade de jogar pelo Fluminense no Maracanã e nada melhor que uma ocasião como essa. Seria uma coroação boa para o estádio. Ficamos na torcida para que isso aconteça – disse.
No dia 8 de maio, a torcida do Fluminense quer ir ao Maracanã. Depois de empurrar o time na vitória por 1 a 0 sobre o Caracas, que assegurou a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores da América, a saudade apertou. No Twitter, foi iniciada a campanha #MaracaTricolorDia8, data que marca o jogo da volta contra o Emelec. Uma corrente em forma de hashtag que vem contando com a adesão de milhares de torcedores pelo Brasil.
Neste sábado, o Maraca será reaberto com a partida entre amigos de Ronaldo e Bebeto. O evento será restrito ao grande público e contará apenas com a presença de personalidades e operários que trabalharam na obra. No dia 2 de junho, será a vez de o Mário Filho receber a Seleção Brasileira, que enfrentará a Inglaterra, com todos os 78.800 lugares preenchidos.
Casa do torcedor carioca, a expectativa que paira no momento é saber qual grande time do estado terá a honra de atuar primeiro no “Maior do Mundo”. Por jogar a Libertadores, competição de maior relevância no continente sul-americano, os tricolores estão esperançosos que o Fluminense seja o escolhido para a ocasião e miram o jogo de volta das oitavas de final, contra o Emelec, no dia 8 de maio, para a grande festa.
Na contramão do desejo da torcida, a partida entre brasileiros e equatorianos está confirmada para São Januário e segundo a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do Rio de Janeiro, um jogo está programado para ocorrer no Maracanã sim, com 50% da capacidade, mas apenas no dia 15 de maio, data em que o Fluminense até poderá atuar em casa, mas para isso precisará, além de superar o Emelec, contar com a vitória do Olímpia sobre o Tigre no confronto paralelo pelas oitavas. Enquanto o clube das Laranjeiras não confirma nenhum contato para antecipar a volta para sua casa histórica, a torcida faz a parte dela nas redes sociais para sensibilizar os organizadores. Resta saber se o pedido será atendido.
Recuperado de um estiramento na panturrilha esquerda, o meia Thiago Nevesparticipou nesta quinta-feira do seu primeiro coletivo após a lesão que o afastou dos gramados por mais de um mês e meio – seu último jogo foi contra o Huachipato, do Chile, no dia 6 de março. O jogador iniciou a movimentação no time reserva e, atuando pelo lado direito de ataque, foi quem mais incomodou Ricardo Berna, substituto do poupado Diego Cavalieri no gol. Demonstrando o arranque habitual e o corte da lateral do campo para o meio, o camisa 10 arriscou vários chutes, mas sem a pontaria certeira.
Na metade do coletivo, Abel resolveu poupar Wagner, que sentiu um problema no tornozelo esquerdo após um escorregão, e deu a Thiago Neves a incumbência de armar as jogadas do time principal. Naquele momento, os reservas venciam por 1 a 0, gol de Michael. Ao formar o quarteto com Rhayner, Wellington Nem e Rafael Sobis, o camisa 10 deu mais velocidade as jogadas, mas dessa vez atuando mais pelo meio. O jogador foi importante na virada dos titulares, que começou com Wellington Nem e terminou com Rafael Sobis. Após correr por cerca de uma hora, o meia demonstrou cansaço.
Ciente de que é importante manter foco nas competições, para não sair dos eixos, o meia Wágner ressaltou que não tem motivos para o Tricolor pensar no Emelec sem antes jogar contra o Volta Redonda, pela semifinal da Taça Rio.
– Não vamos pensar na frente. Temos que estar focados, pensar em etapas – afirmou.
A derrota para o Vasco, na semifinal da Taça Guanabara, deixando o Flu fora da decisão do primeiro turno do Estadual, ainda não foi esquecida. Para o zagueiro Leandro Euzébio, ficar de fora de uma partida que vale título nunca é agradável.
– Ninguém gosta de ficar fora de uma final e, sem dúvida nenhuma, aquilo deixou o grupo chateado. Daqui pela frente, nós temos que ter a atenção redobrada para que isso não volte a acontecer – declarou o atleta.
