Centroavante de origem, Zé Lucas afastou a “uruca”. O jovem fez o gol do Fluminense na vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, que deu o título da Taça Guanabara de juniores para o clube e festejou muito.

– Tive a oportunidade de fazer gol. Faziam três, quatro jogos que não marcava e saiu na hora certa que é o mais importante. O Fluminense, contra quem for, vai sempre em busca da vitória – afirmou ele, lembrando que o empate bastava para garantir a taça.

Ainda em entrevista à Rádio Bradesco, o coordenador geral das categorias de base do Fluminense, Fernando Simone, comentou sobre o investimento em Xerém. Ele valoriza o trabalho realizado pelo presidente Peter Siemsen e a importância que o clube dá a seus futuros craques.

– O Fluminense investe de sete a oito milhões de reais por ano. Sai do caixa do clube, pois o presidente entende a real importância da base. (O Fluminense) Não é o que mais investe no Brasil, mas o principal é o trabalho lá em baixo. Somos um dos poucos clubes do Brasil a ter sub-11, sub-13.

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Entrevistado pela Rádio Bradesco, Fernando Simone, coordenador das categorias de base do Fluminense, explicou a importância de Wellington Nem para a garotada, campeã da Taça Guanabara sub-20 neste sábado. O jogador é modelo a ser seguido.

– Wellington Nem, para eles, é inspiração. Esteve em Xerém desde cedo, passou por dificuldades, foi emprestado por falta de oportunidade, voltou e hoje é um dos principais jogadores do time – disse Simone.

Cedido pelos profissionais aos juniores do Fluminense para disputar a final da Taça Guanabara da categoria, Marcos Júnior se machucou durante o jogo contra o Botafogo e teve de ser substituído. Médico do clube, Cláudio Pires, tratou de avisar que o problema não preocupa.

– Não foi nada demais. Ele teve só cãibras e não teve problema nenhum. Ele caiu no campo, tentou voltar, mas pediu para sair porque não estava aguentando mais. Ele vem sem ritmo de jogo porque vem treinando muito e não tem jogado. Por isso que sentiu. Mas não há problema algum – disse.

O problema aconteceu quando ele chutou uma bola da defesa para afastar o perigo e caiu no gramado sentindo dores na perna esquerda. Ele conseguiu voltar a campo, mas logo depois caiu novamente e foi substituído.

Lançada em 15 de janeiro, o “Movimento Por um Futebol Melhor”, encabeçado pela Brahma ainda não teve resultados muito significativos nos 15 clubes participantes. Houve um crescimento de 18% no número de associados das equipes. O Cruzeiro lidera o ranking de adesões, tendo o São Paulo na segunda colocação e o Fluminense em terceiro.

O Cruzeiro triplicou o número de adesões ao programa de sócio torcedor. Foi o que mais se destacou entre os clubes que participam do movimento da Ambev. Começando o ano com pouco mais de sete mil sócios, o clube chegou em março com 21.075 adimplentes.

O São Paulo também teve crescimento considerável. Depois de reformulações com a oferta de novas modalidades para sócios, o clube conquistou mais de dez mil novas adesões até agora.

O terceiro clube com melhor desempenho foi o Fluminense, com cerca de 2.400 novos fidelizados.

– O lançamento não foi em um momento de mercado aquecido. Tempo de férias, com campeonatos começando. Tirando esses fatores, tem tudo para se consolidar. Mas não tenho a pretensão de contar com o movimento para alavancar novos sócios, mas sim para mantê-los. – disse Idel Halfen, diretor de marketing do Fluminense.

Segundo balanço da Ambev, antes do movimento ser lançado, os quinze clubes participantes acumulavam 157.793 sócios torcedores adimplentes – o programa considera apenas os sócios titulares. Até agora, o crescimento foi 18%, chegando ao número de 185.794, no total.

O Fluminense venceu a Taça Guanabara de juniores de maneira incontestável. Foram oito vitórias, dois empates e nenhuma derrota. A equipe teve o ataque mais positivo do campeonato com 29 gols marcados e uma das melhores defesas com 11 gols sofridos.

– Foi merecido, não tem discussão. Primeiro tempo fizemos um jogo equilibrado, Botafogo talvez um pouco melhor, mas no segundo dominamos completamente e foi merecido – disse o técnico da equipe, Marcelo Veiga.

Foto: Bruno Haddad

Coordenador de Xerém, Fernando Simone, contou que o trabalho entre a base e o profissional continua afinado. A prova é o interesse da comissão técnica do Fluminense, comandada por Abel Braga, em observar jogadores das categorias inferiores.

– O Leomir (auxiliar de Abel) vai aos jogos do infantil, porque ele gosta de ver os atletas que estão subindo. O Abel trabalha muito com esses jogadores. Essa semana mesmo ele ligou para a gente e colocou o elenco todo que tinha idade para jogar a final da Taça Guanabara de juniores à nossa disposição, pois precisávamos, pois tivemos desfalques. Trouxemos Rafinha e Marcos Júnior. É um trabalho em conjunto e todos fazem parte dele – revelou Simone.

O Campeonato Estadual ainda não atende às expectativas. A declaração é do presidente da Ferj, que organiza a competição ao lado dos clubes. Rubens Lopes fala, especialmente, da queda do público nos estádios.

– Estamos aquém das expectativas, devem acontecer mudanças. Se elas não acontecerem fica estagnado. Mas as alterações precisam ser tomadas com cuidado. Não podemos correr risco, nada empírico. Tudo precisa ter embasamento para que não se faça bobagem. Mas acho que precisamos “restudar” o campeonato estadual e, principalmente, a presença de público dentro do estádio – afirmou.