A dignidade dos jogadores foi enaltecida por Abel Braga em conferência com a imprensa depois da eliminação na Copa Libertadores. O treinador do Fluminense elogiou seus comandados.
– Eles foram dignos, acho que orgulharam os tricolores, porque me orgulharam. Em dois jogos, fomos bem superiores. Mesmo com essa dor, nos abraçamos e vamos continuar assim. Esses jogadores têm comprometimento com o clube. Página virada. Agora é pensar no domingo, contra o Criciúma.
As pichações “Fora, Abel” e “Time sem Vergonha” foram apagadas na manhã desta quinta-feira. As palavras de ordem foram pintadas por uma tinta avermelhada.
Fred e os zagueiros do Olimpia se estranharam em determinado momento da partida do Defensores del Chaco. Chegaram a trocar agressões, mas o árbitro não viu e o jogo seguiu. O atacante do Fluminense comentou o lance.
– Isso acaba sendo normal. Um zagueiro te escora, o outro tira a bola. Você precisa fazer a leitura do jogo. Se não se escorar nele também, não vai fazer nada no jogo, nem encostar na bola. Se o jogo é assim, nós vamos para esse jogo também, e Libertadores às vezes tem que ser na força. Mas mesmo na força hoje (quarta) não deu – disse.
Alcoolizados, torcedores rivais do Fluminense, por volta de 5h, ironizaram os jogadores e o técnico Abel Braga. Após o comandante tricolor balançar a genitália para o grupo, os ânimos inflamaram e a Polícia Militar foi requisitada.
Quatro homens armados com fuzis ficaram apenas cercando o grupo, que só assim diminuiu o tom das provocações e xingamentos. Assim que o último membro da delegação saiu, os ânimos se acalmaram.
A delegação do Fluminense desembarcou na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro e foi ironizada por cerca de dez torcedores rivais do Tricolor. O técnico Abel Braga, irritado, fez um gesto obsceno para os baderneiros.
Aparentemente alcoolizados (alguns até portavam latas de cerveja), os homens cantavam paródias e provocavam os tricolores. Fred foi o primeiro. Xingado e vaiado, o camisa 9 ignorou e apertou o passo. Já Abel não conseguiu se conter. Os gritos de “Eliminado” já renderam inicialmente um sorriso irônico. As provocações continuaram. Na porta do táxi que o esperava, Abel xingou o grupo de babaca após o mandarem para casa. Mas o comandante tricolor explodiu de vez quando o chamaram de rubro-negro. Com o semblante fechado, Abel fez gestos obscenos e balançou a genitália.
O gol logo aos 10 minutos e a maneira como o Fluminense se comportou na primeira metade da etapa inicial do jogo contra o Olimpia animaram. A rápida virada do Olimpia mudou a partida. Wagner lamentou muito.
– No começo da partida, até os 25 minutos, a gente estava muito bem. O camisa 10 acertou uma falta que não tem como. Depois teve um pênalti. Agora a gente segue a luta. Vamos chorar e depois focar no Brasileiro.
Em seu novo post, Roberto Sander discorre sobre o que considera uma desclassificação precoce do Fluminense na Copa Libertadores. O jornalista pede uma reflexão à diretoria sobre a filosofia implantada e, até mesmo, a manutenção de Abel Braga no clube. Confira clicando aqui.
Dono da camisa 12 do Fluminense, Diego Cavalieri confessou que falhou no primeiro gol do Olimpia. O selecionável explicou o lance:
– Fechei o primeiro pau, mas ele bateu no segundo. É difícil falar sobre isso, mas poderia ter ficado um pouco mais no meio do gol.
Enquanto a Rádio Tupi informou que Fred está com suspeita de fratura na costela, o site da ESPN Brasil noticiou que o atacante já entrou em campo contundido.
O capitão do Fluminense jogou contra o Olimpia medicado em razão de dores na costela. A contusão ocorreu durante um treino no Rio de Janeiro semana passada e o atleta vinha em tratamento com analgésicos desde então.
No treino de terça, era grande a expectativa da comissão técnica de como ele se comportaria, mas a reação foi boa.
No entanto, logo aos 8 minutos de partida no Defensores del Chaco, pouco antes do gol do Rhayner, ele pediu para tomar o remédio: Abel Braga chamou o Wellington Nem na beira do campo, entregou o analgésico ao atacante, que levou para Fred no meio-de-campo.
Sem pestanejar, o centroavante engoliu o comprimido e agradeceu ao companheiro.
Em cinco minutos, o Fluminense viu o sonho de levantar o troféu da Copa Libertadores ruir. A defesa vacilou e Salgueiro, duas vezes, virou o jogo. Wellington Nem lamentou a desatenção.
– A gente vinha muito bem na partida, tivemos chances, mas em duas bolas paradas, sofremos gols. É triste. A lição que tiramos é que a gente precisa ficar ligado o tempo todo, para não tomar gol bobo, porque isso acontece – disse.
