Sem Fred há 11 dias por conta de uma lesão muscular na panturrilha direita, Abel Braga vai, na partida de quinta, contra o Caracas, em São Januário, para o segundo substituto do camisa 9 e principal referência no ataque do Fluminense.
O primeiro a substituir o artilheiro foi Michael. O jovem teve um bom começo na equipe, mas não conseguiu repetir as atuações contra Grêmio e Flamengo. Agora, diante dos venezuelanos, será a vez de Rafael Sobis atuar como centroavante.
A derrota inesperada por 3 a 1 para o Flamengo, segundo Jean, já está superada. De acordo com o volante, o desgaste do jogo anterior diante do Grêmio e também o relaxamento pelo Fluminense já estar classificado para as semifinais da Taça Rio atrapalharam no clássico. Agora, ele vê o time pronto para o jogo de quinta, com o Caracas, em São Januário.
– Não é fácil. Tinha a pressão da torcida, a nossa interna… Foi complicado jogar na Arena. Era difícil até de se comunicar. Isso tudo refletiu contra o Flamengo. E teve também o fato de que já estávamos classificados para as semifinais da Taça Rio. O pensamento era outro. Agora estamos recuperados e prontos para esta nova batalha – disse.
Se o Caracas tem um retrospecto ruim fora de casa e contra brasileiros, Jean não quer nem saber. O volante considera a partida de quinta-feira em São Januário como uma final para o Fluminense e avisa que o pensamento da equipe deve ser apenas o de entrar em campo e fazer a sua parte.
– É de fato uma final. Agora o ano começou. Vamos ter uma sequência de decisões pela frente e a primeira delas é diante do Caracas. A classificação nos dará motivação também para a sequência do Carioca e representa a continuidade do que planejamos lá no início da temporada. Temos de deixar no passado estes dados e o que mais aconteceu e buscar a classificação de qualquer maneira. É a hora de vencer em casa – disse.
Adversário do Fluminense na noite da próxima quinta-feira, o Caracas tem um retrospecto bem desfavorável quando enfrenta times brasileiros. Em 15 jogos na História da Libertadores, os venezuelanos só venceram uma vez (contra o Grêmio, recentemente), perderam dez e empataram quatro.
Levando-se em consideração só as partidas fora de casa, o Caracas enfrentou brasileiros em sete oportunidades, perdendo seis e empatando uma.
Na primeira rodada, o Fluminense derrotou o Caracas por 1 a 0 na Venezuela, com gol de Fred.
Confira:
1 – Presidente do Fluminense quer comprar clube norte-americano
2 – Flu tem dois convocados para enfrentar o Chile
3 – Dupla Fla-Flu assina com Consórcio de Eike Batista
4 – Em treino tático, Abel dá pista do time que pega o Caracas
5 – Meia do Vasco é flagrado em antidoping após jogo com o Flu
Um dos jogadores de referência do Caracas, o lateral-direito Amaral celebrou a ausência de Fred na partida frente aos venezuelanos. Confiante, ele espera que seu time surpreenda o Tricolor das Laranjeiras em São Januário.
– É bom que o Fred não jogue. Temos que ter calma durante todo o jogo. Se a gente tomar um gol, não podemos nos apavorar, já que podemos virar a partida. Perdemos para o Huachipato (4 a 0) e atrapalhou, mas estamos vivos ainda.
Enquanto que para muitos – e as conquistas nos últimos anos provam isto – a Libertadores da América continua polarizada entre brasileiros e argentinos, o meia Felipe pensa diferente. Segundo ele, diferente de décadas passadas, o futebol atual não aprenta mais adversários fáceis.
– Não dá para comparar a Libertadores, pois hoje é muito mais difícil. Quando eu ganhei, só se falavam em clubes brasileiros e argentinos. Agora, o cenário mudou. Não tem mais bobo no futebol e está muito mais difícil de conquistá-la. Vai ser uma partida difícil e precisamos respeitar o Caracas – admitiu.
