O Fluminense deu passo importante, na última noite, rumo ao primeiro título da Libertadores. Depois de ter perdido no Equador, com gol duvidoso de pênalti, por 2 a 1, o Tricolor deu o troco no Rio de Janeiro, fazendo 2 a 0 e eliminando o Emelec. A postura atirada do time adversário, porém, após sofrer o primeiro gol, não foi surpresa para o técnico Abel Braga.

– Eu avisei para o grupo que eles iam se atirar, mas vão dar contra-ataque. Eles se atiraram e adiantaram a marcação. Mas foi importante o comportamento do time, conseguimos fazer o segundo gol. Mas preocupou, porque se eles fizessem um iria para os pênaltis. Na Libertadores as dificuldades são muito grandes, e mais uma delas foi superada – disse.

Fora dos gramados desde o início do mês passado, quando se machucou pelo Campeonato Estadual, o atacante Fred voltou em grande estilo, marcando gol e comandando o Time de Guerreiros na vitória diante do Emelec, em São Januário. Porém, a falta de ritmo, fez o jogador cansar no segundo tempo, chegando a atuar no sacrifício. Experiente, Fred revelou que pediu para ser substituído quando um atleta equatoriano foi expulso.

– Depois que foi expulso outro jogador deles, falei para o Abel me tirar mesmo, porque o Samuel iria entrar inteiro – disse.

São Januário, mais uma vez, vestiu-se de grená, verde e branco. Na vitória tricolor sobre o Emelec por 2 a 0, que deu a vaga ao Fluminense às quartas de final da Libertadores, 14.469 pessoas estiveram no estádio. A renda foi de R$ 449.060,00.

DIEGO CAVALIERI – NOTA 6,0

– Exigido três vezes em chutes de fora da área. Algumas boas saídas em cruzamentos do Emelec.

BRUNO – NOTA 5,0

– Preso na defesa, foi muito marcado pelo Emelec e produziu pouco.

*DIGUINHO – NOTA 5,0

– Substituiu Bruno e ajudou a compor o meio-campo.

DIGÃO – NOTA 7,0

– Jogou sério, firme, com muita vontade. Ganhou a torcida.

LEANDRO EUZÉBIO – NOTA 6,0

– Não comprometeu, mas deu alguns chutões desnecessários.

CARLINHOS – NOTA 8,5

– São Januário parece lhe fazer bem. Já tinha feito grande partida contra o Caracas e repetiu nesta quarta. Insinuante, incomodou demais a zaga equatoriana. Na defesa, muita raça.

EDINHO – NOTA 6,5

– Errou um passe no jogo inteiro. Eficiente tanto na proteção à zaga como na distribuição do jogo.

JEAN – NOTA 3,5

– Partida para esquecer. Se destaca pelo alto índice de passes certos. Apresentou o oposto nesta quarta-feira. Na lateral foi menos pior.

WAGNER – NOTA 6,0

– Muita transpiração e pouca inspiração. Atuou quase como um volante pelo lado esquerdo para liberar Carlinhos.

THIAGO NEVES – NOTA 4,0

– Não deixou de correr, mas contribuiu pouquíssimo com o time. Bem substituído.

*RHAYNER – NOTA 7,0

– Com poucos minutos em campo ,fez mais do que Thiago Neves. Responsável pela expulsão de Quiñonez e pelo passe para Carlinhos marcar, tranquilizando um pouco mais a torcida.

WELLINGTON NEM – NOTA 4,5

– Muito longe daquele jogador de 2012. Mal tecnicamente, só foi notado correndo atrás da bola.

FRED – NOTA 8,0

– Sem estar 100%, foi fundamental. A presença de área, o respeito que impôs no adversário, os passes, o gol…. O Tricolor é outro com seu camisa 9.

*SAMUEL – NOTA 6,0

– Disposição para disputar as bolas. Muito inteligente ao segurar a bola no fim do jogo, fazendo papel que costuma ser de Fred.

ABEL BRAGA – 7,5

– Escalou o que, em tese, tinha de melhor, embora Rhayner não merecesse ser sacado do time. Fez mexidas com correção, no momento certo.

Fora de combate desde o dia 06 de abril, quando enfrentou o Resende, Fred voltou a campo e deixou sua marca na vitória por 2 a 0 diante do Emelec. A presença do jogador, bem como a liderança dentro de campo, foram exaltadas por Wágner. Segundo o meio, a partir do gol de Fred, o Time de Guerreiros teve tranquilidade para administrar melhor o jogo.

– Muito positivo o retorno do Fred, nossa referência dentro da área. Depois desse gol, a gente conseguiu trabalhar bem a bola e fazer o segundo gol.

Afastado dos gramados temporariamente, após ser pego no doping devido ao uso de cocaína, o atacante Michael foi homenageado por Fred, ao final do jogo. Líder do grupo, o centroavante dedicou o triunfo para a jovem revelação.

– Dedico essa vitória ao Michael, que é um garoto super do bem. O grupo inteiro está apoiando ele, é um moleque super do bem, que infelizmente caiu nesse lado negro, mas já foi resgatado – disse.

Tendo ditado o ritmo do setor de criação do Fluminense, no duelo contra o Emelec, na última noite, pela Libertadores da América, o meia Wágner manteve o discurso sereno, na saída do gramado, mesmo com a classificação confirmada. Para ele, tanto faz qual seja o adversário do Flu na próxima fase – sairá do confronto entre Tigres-ARG e Olimpia-PAR.

– O que vier a gente vai se preparar da melhor maneira para vencer – disse.

O grande número de faltas no duelo entre Fluminense e Emelec – por parte dos equatorianos – teve como consequência duas expulsões dos visitantes. Ciente desse “espírito de Libertadores” que acomete as equipes da América do Sul, o meia Thiago Neves afirmou que o Time de Guerreiros entrou em campo para jogar bola, ao contrário do adversário.

– Eles já estavam perdendo o jogo e é óbvio que tentariam fazer algo diferente para nos provocar, mas a gente entrou em campo para jogar bola e conseguimos.