Caso desclassifique o Emelec nesta quarta-feira, o Fluminense fará uma alteração na inscrição de jogadores para a próxima fase da Copa Libertadores. Michael, pego no antidoping por uso de cocaína, será substituído.
– Em relação à Libertadores, se avançarmos, vamos inscrever outro atleta. Já vem a medida de 30 dias de suspensão, e teremos de fazer isso – explicou Sandrão, vice de futebol do Tricolor.
Sandro Lima, vice de futebol do Fluminense, comentou sobre o teor da conversa que teve com Michael. O atacante confessou o uso de cocaína e demonstrou arrependimento.
– A conversa com ele até me surpreendeu pela idade dele. Em momento nenhum ele negou. Óbvio que está assustado. Talvez não tenha noção do que é o uso dessa droga. O que me deixa esperançoso é que ele disse que, o que for preciso ser feito para ele voltar a jogar, ele está disposto a fazer. Em relação ao Jobson, ele teve muitas chances.
Em entrevista coletiva, a cúpula de futebol do Fluminense, representada por Rodrigo Caetano e Sandro Lima, explicaram o caso de Michael. O diretor executivo de futebol confirmou o doping por uso de cocaína e promete auxílio ao jovem.
– Infelizmente a notícia é de mais um caso de doping, do Michael. Substância cocaína. Fomos pegos de surpresa. Ficamos entristecidos. Já encaminhamos o atleta para o departamento médico para prosseguir o tratamento, e o que for possível o Fluminense vai fazer. Michael é um ativo do clube e foi convocado para a Seleção sub-20. Ninguém gosta de passar por essas situações, mas é uma realidade do nosso país, uma questão sociocultural que temos de enfrentar. Nesse caso, nós chamamos o atleta, que acabou confirmando o uso e portanto, em conjunto com todos os departamentos do clube, optou-se por não fazer a contraprova. E, sim, um encaminhamento ao departamento médico e jurídico – explicou Caetano.
De acordo com o site Lancenet, o centroavante Michael fez uso de cocaína em 11 de abril, quinta-feira, três dias antes do Fla-Flu. O jogador utilizou o entorpecente em uam festa entre amigos e não comunicou a diretoria. Por isso, foi relacionado para o clássico.
Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiri, recebeu a informação do doping de Michael e repassou-a ao Fluminense. Ele lembra da importância de o atacante realizar o exame de contraprova.
– Somente depois que o atleta fizer ou não a contraprova é que a informação oficial vem para mim. Por enquanto, fui comunicado de que houve um resultado anormal. Se o jogador não quiser fazer a contraprova, já será considerado infrator, e irá pra o tribunal se defender. A coisa está em segredo de Justiça – explicou.
O presidente da Ferj, Rubens Lopes, lembrou que, se o Campeonato Estadual não tivesse terminado, o Fluminense estaria correndo o risco de ser suspenso. Tudo porque, além de Michael, um outro atleta, Deco, já havia sido flagrado pelo antidoping na mesma competição.,
– Se o Campeonato Estadual não tivesse acabado e aparecesse um terceiro atleta do mesmo clube no antidoping, haveria risco de suspensão. O Fluminense poderia ser punido. O regulamento de antidoping da Fifa diz isso – destacou o dirigente.
O diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, dará uma coletiva na tarde desta terça-feira. O dirigente do clube explicará o caso Michael, flagrado no antidoping por uso de cocaína. O centroavante ainda fará o exame de contraprova.
Envolvido na disputa da Copa Libertadores, o Fluminense ainda não faz planos para o início do Brasileirão. O vice de futebol do clube, Sandro Lima, porém, não descarta um período de treinos em outra cidade ou no próprio Rio de Janeiro.
– Isto nós ainda não conversamos. O importante deste tempo é recuperar todos os jogadores que estão em transição do departamento médico para campo. Pode ser no Rio de Janeiro ou em outro lugar, mas ainda não pensamos nisto. Pode ser que aconteça – afirmou.
Novo presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, afirmou ter a intenção de reduzir o número de participantes na Libertadores. De acordo com o sucessor de Nicolás Leóz, seria bom ter uma fase eliminatória entre clubes do mesmo país para melhorar o nível técnico da competição.
– Temos que fazer um produto mais competitivo e que se pague mais. Tem de haver uma série de equipes que se eliminem em cada país, para quando chegarmos na fase de excelência, que conte apenas com o melhor ou os dois melhores de um país, em vez de três ou cinco, como atualmente – disse ao jornal do Chile “La Tercera”.
Figueiredo pensa ainda que a inchada Libertadores contribui para as arbitragens ruins.
– São quase 150 partidas na Libertadores e, por consequência, quase 150 quartetos de arbitragem. Mas temos pouco material humano qualificado. Então se há um mau rendimento de um árbitro, é porque muitos não estão capacitados. Mas não há tempo para buscar a excelência – explicou.