O Conselho Deliberativo do Fluminense aprovou na noite de segunda-feira o novo terceiro uniforme do clube. O modelo, na cor laranja, de acordo com alguns relatos, lembra a da seleção da Costa do Marfim, com detalhes verdes.
Em 2002, a diretoria tricolor lançou a coleção laranja em homenagem às Laranjeiras, marcando as comemorações pelo centenário do clube. A camisa teve enorme aceitação nas arquibancadas.
Líder no elenco tricolor, Fred afirma que o Fluminense tem totais condições de ir ao Paraguai e apresentar um belo jogo diante do Olimpia, quarta-feira, no Defensores del Chaco, pela volta das quartas de final da Libertadores. O atacante até espera uma partida, mas confia firmemente na força da equipe carioca.
– A expectativa de jogo difícil, mas estamos confiantes para ir lá e conseguir essa classificação. Porque a equipe tem as condições para fazer um bom jogo – disse.
Os brasileiros sempre temeram a catimba dos co-irmãos sul-americanos em jogos de Libertadores. Nada que impressione o Fluminense que conta com um grupo de atletas maduros.
– Acho que pressão de torcida e do outro time, ou o time cair em alguma catimba, não vai acontecer com a gente. Somos uma equipe que tem muitos jogadores rodados. Esperamos levar isso para dentro de campo e que seja um fator a favor nosso – afirmou Rafael Sobis.
Campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012, Thiago Carleto está na torcida para que o time vença a Libertadores. Eliminado com o São Paulo, o lateral-esquerdo afirma que o Tricolor é mais time que o Olimpia, clube por onde atuou em 2011.
– Sou suspeito para falar do time do Fluminense, porque tenho muitos amigos lá, mas tecnicamente é mil vezes superior ao Olimpia. Porém, sabemos que na Libertadores muitas vezes não ganha quem é melhor e sim quem tem mais vontade. É preciso igualar na parte defensiva e na vontade. Fazendo isso, se sobressai tecnicamente. Eles vão ter medo do Fluminense – disse Carleto, que elogiou um jogador do Flu em especial:
– Se eu falar de alguém especial vou dar um tiro no meu próprio pé. Mas não posso esquecer do Rafael Sobis, que é um amigão. Queria enfrentar o Fluminense pelo São Paulo, mas não deu. Estou na torcida por eles agora. São 30 guerreiros e pessoas maravilhosas. Todos merecem ser campeões.
Marquinhos, preparador de goleiros do Fluminense, é um profissional querido e “temido” pelos arqueiros. Ricardo Berna exalta o potencial do comandante e o respeito que existe para com todos.
– Ele é meio carrasco, né? É sacrificante, mas importante para sempre estarmos aprimorando nossa forma física e estarmos aptos para desenvolver um bom papel dentro de campo. Eu passo mais tempo com ele do que com minha filha e minha esposa. O grupo é muito tranquilo, todos se respeitam muito, não tem nenhum tipo de problema. O trabalho é feito da melhor maneira possível e todos cumprem muito bem sua função aqui no Fluminense.
O caldeirão do Defensores del Chaco estará lotado nesta quarta-feira. Todos os 36 mil ingressos à venda para Olimpia x Fluminense foram comercializados. Ainda restavam 900 bilhetes, que foram vendidos na segunda. A confirmação partiu do vice-presidente do clube paraguaio, Jorge Olmedo.
O dirigente explicou que se sobrassem ingressos destinados ao Fluminense poria para vender para os torcedores do Olimpia.
Aos 23 anos, Thiago Carleto atuou por sete clubes, dentre eles os adversários desta quarta-feira pela Copa Libertadores. O lateral-esquerdo, titular do São Paulo, jogou pelo Olimpia no primeiro semestre de 2011 e pelo Fluminense durante todo o ano passado. O jogador analisou o embate e tranquilizou os tricolores quanto ao Defensores del Chaco.
– No Defensores não há tanta pressão da torcida, mesmo com a grande presença de público, porque o estádio é grande e não sufoca. Já o Olimpia é um time que tecnicamente não é mais o mesmo do meu tempo (em 2011), mas continua sendo muito bom. Hoje você não tem um jogador que é craque, o que eles têm é muita vontade e raça de ganhar. Usam muito a bola aérea e são muito fortes nisso – avaliou Carleto, fazendo uma avaliação mais precisa dos paraguaios:
– Por ser um campo grande, fecham muito os espaços, principalmente nas laterais. São acostumados a jogar lá. Quando defendem, parece que é com três zagueiros. Quando atacam, os laterais parecem pontas. É uma tática estranha, mas eles são muito fortes em casa.
Identificado com o Fluminense, presente em várias ações de marketing do clube, Romerito não teve dúvidas para quem torcer no duelo com o Olimpia. Mesmo tendo atuado no time alvinegro e o mesmo ser paraguaio, o ex-jogador, mais uma vez, não titubeuou e criticou a imprensa.
– Os jornalistas fizeram um tumulto desnecessário. É claro que vou torcer para o Fluminense. Isso não faz sentido. É o meu clube de coração independentemente da minha nacionalidade. Simples assim. Mas foi criada essa polêmica toda. É uma pena – afirmou o paraguaio.
Tem novo post no blog de Toni Platão. Nele, o cantor e compositor exprime seu costumeiro otimismo quanto ao destino do Fluminense na Libertadores e Brasileiro, mas faz críticas. Quer saber quais? Clique aqui.
Paulistano, Ricardo Berna chegou ao Fluminense após o Estadual de 2005 e, além de mais vitorioso, é o jogador mais antigo do atual elenco. O carinho pelo clube, porém, vem da infância.
– Minha família toda é corintiana, meu pai é corintiano roxo, mas quando comecei a assistir futebol na televisão, acompanhar com mais atenção os craques, assistia com meu pai. Um dia jogaram Corinthians e Fluminense, e ele me perguntou de quem eu estava gostando mais. Comentei que era o time da roupa colorida e ele respondeu ‘então você torce para o Fluminense’. Gravei aquilo e comecei a acompanhar conforme fui crescendo. Claro que torcia com meu pai para o Corinthians também, mas por ter ‘escolhido’ o Fluminense, tinha essa relação diferente. No momento da saída do América-MG, tinha três outras oportunidades e isso acabou prevalecendo, pesou bastante também. Consegui realizar um sonho de pequeno – disse.