A quantidade jogos em seguida acabou prejudicando o Fluminense. Abel não usa o desgaste como desculpa para os resultados ruins, mas confessou que seus atletas estavam muito esgotados.

– Nós pegamos o Vasco…vários jogos com as equipes se preparando uma semana, naquela viagem para Caracas, o pessoal via como estávamos cansados. O desgaste mental que nós tivemos, depois a viagem para o Chile, amenizou um pouco com aquela volta de carona que os torcedores nos deram. Foi fantástico, fica aqui o meu agradecimento novamente.

O diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, abriu a coletiva da última quinta para reafirmar a confiança no trabalho de Abel Braga. O treinador fez muitos elogios ao homem forte do futebol tricolor.

– Se formos ver, o treinador só perde, nunca ganha. Ganham os jogadores, o grupo… E assim que eu quero que seja. As coisas precisam ser claras. Já soube que jornalistas perguntaram para o Celso Barros sobre a minha situação. Para não virar uma polêmica, é importante que a diretoria se posicione como foi feito pelo Rodrigo. Fico feliz. Da mesma maneira que senti essa proteção, tenho certeza de que eles se sentem bem trabalhando comigo. Sempre tentamos evitar qualquer tipo de situação prejudicial ao resultado. Não muda a paixão do torcedor e a cultura da imprensa, mas achei legal. Para o treinador é bom ter pessoas que nesse momento, mesmo não sendo nenhuma catástrofe, tentem cortar as coisas que por ventura alguém venha a falar. Assim como no dia que eu tiver que sair, eles também vão comunicar à imprensa com o mesmo caráter e a mesma tranquilidade. Ou então eu o farei. É assim que a gente convive. Por isso que tem pouca notícia ruim no Fluminense – explicou.

Quem contagia a torcida é o time, já dizia o meia Deco. Fazendo jus a essa máxima, o diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, acredita que os jogadores terão os tricolores em seu lado novamente.

– Acredito que nos momentos mais decisivos, como sempre foi, o torcedor comparecerá em maior número. Cabe chamarmos o torcedor através dos bons resultados que tivemos no Brasileiro. E isso estamos falando de dois jogos: a derrota para o Vasco e o empate com o gostinho amargo – afirmou Caetano.

Depois do jogo contra o Huachipato, na quarta-feira, pela Libertadores, Abel Braga deixou no ar que poderia fazer mudanças no time. Em coletiva nesta sexta tornou a falar sobre o assunto e comemorou ter tempo para trabalhar a parte tática.

– Agora vamos trabalhar de igual para igual. Tenho algumas coisas na cabeça, de repente, fazer uma ou outra mudança e realizar algo diferente. Agora poderemos trabalhar taticamente, fazer alguma coisa para tentar surpreender – disse Abelão.

Oposição a Celso Barros na Unimed, o “Movimento Chapa 2” criou um site em outubro passado para questionar a atual gestão. O parceria com o Fluminense ocupa lugar de relevância, numa seção exclusiva, questionando os valores do patrocínio. A média de visitas diárias é de apenas 79.

Na última segunda-feira, os integrantes da Chapa 2 receberam uma intimação requerendo a imediata suspensão da página, que continua ativa.

Rodrigo Caetano concedeu entrevista coletiva na quinta-feira garantindo a confiança no trabalho de Abel Braga. O treinador, em conferência com a imprensa nesta sexta, agradeceu as palavras do diretor de futebol do Fluminense e ressaltou seu currículo.

– Sinceramente, fico feliz de ter acontecido isso, as palavras do Caetano. Me sinto absolutamente tranquilo. Nunca me sinto pressionado. Sempre superei muita coisa na minha vida, não só na profissional, como pessoal. Quer queira ou não, sou um vencedor. Papai do Céu me deu isso. Por acaso, não. Fácil, nunca. Sempre convivi com pressão, vaia. Sou um cara do subúrbio, humilde. Sou obcecado por vitórias, títulos. São 20 e poucos na carreira. Não é pouco, não. Os títulos que foram conquistados estão lá. Isso ninguém apaga mais. Como sou obcecado, vou continuar trabalhando para conquistar mais. Vai dar? São outros quinhentos. Temos time e grupo e vamos trabalhar para conseguir. Não tenham dúvidas disso – declarou.

A oposição a Celso Barros na Unimed listou uma série de perguntas que não foram respondidas pelo Conselho Fiscal e ingressou com uma ação na Justiça cobrando resposta. Entre salários de médicos e investimentos em obras para construção de unidades hospitalares, estão dúvidas quanto aos valores pagos ao Fluminense. A ação corre na 1ª Vara Cível do Fórum da Barra da Tijuca e ainda não teve decisão.

A Diretoria Executiva da Unimed se defende. A atual gestão afirma que o clube trouxe para a cooperativa um aumento da base de associados de 230 mil, para 1 milhão. E que o valor total das ações de marketing da Unimed é de R$ 56 milhões.

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, confirmou, via twitter, que três eventos-teste acontecerão no Maracanã antes da Copa das Confederações, no meio do ano.

– De volta a Zurique, fiquei satisfeito ao saber que o Maracanã estará totalmente operacional em 27/4 e terá 3 testes, garantiu o governo do Rio – escreveu o dirigente.

Valcke embarcou para a Suíça na noite de quinta, após passar por Recife, Belo Horizonte e Rio durante a semana. Na última quarta, o secretário-geral se reuniu com Cabral para cobrar explicações sobre o Maracanã, que terminou fevereiro com 87% de conclusão e ficou alagado com a forte chuva na noite de terça.

A próxima terça-feira, dia 12, promete ser um dia importante para o destino da parceria Unimed Rio-Fluminense. De acordo com reportagem da ESPN Brasil, a eleição para o Conselho Fiscal da empresa de saúde coloca o clube, novamente, no centro da discussão. A oposição da atual gestão, comandada por Celso Barros, questiona os gastos com o tetracampeão brasileiro.

O “Movimento Chapa 2” listam 10 razões para serem votadas, entre elas “Garantir que a caixa-preta seja aberta” e “Garantir a ética e a transparência da Cooperativa”.

Sob o grifo da pergunta “Você Sabia?”, o movimento traz ao público números que são tratados como confidenciais por clube e patrocinador. Entre eles, que o valor do patrocínio do Tricolor chega a R$ 100 milhões por ano e que os salários de alguns jogadores são pagos com verba direta da cooperativa. Fred, Abel, Deco e outros jogadores são citados no material. O valor de patrocínio, se verdadeiro, chega a ser 10 vezes maior do que a Peugeot pagará ao Flamengo, neste ano, R$ 8,4 milhões, por exemplo.

Dentro da cooperativa, o movimento é visto como uma prévia da eleição para a presidência da Unimed no ano que vem. Se fizer o Conselho Fiscal, a oposição pretende investigar todo o repasse de verba da cooperativa para o Fluminense e seus jogadores, entre outras despesas inerentes à atividade médica. Esse resultado está diretamente ligado ao futuro da parceria entre patrocinador e clube.

A Unimed foi procurada pela reportagem sobre os tais R$ 100 milhões investidos no Tricolor, mas afirmou que ” a informação é estratégica e confidencial da empresa, que se reserva ao direito de não informar o aporte em cada projeto”.