Dia de tudo ou nada. Na última semana, a torcida e, também, o Time de Guerreiros passou a respirar ainda mais a Libertadores da América. Depois de um empate em 0 a 0 no Brasil, o Tricolor chegou ao Paraguai precisando de um empate com gols ou de uma vitória simples por qualquer placar. Nesse contexto, jogando com uma entrega espetacular, o Flu fez uma de suas melhores partidas na temporada. Mas não foi o suficiente. Baseando-se na catimba e no antijogo, o Olimpia conseguiu segurar o 2 a 1 e conquistou a vaga para as semifinais.
Domínio tricolor no primeiro tempo. Apostando em sua formação tradicional, Abel Braga armou o o ataque do Fluminense com dois pontas velozes, Nem e Rhayner, tendo Fred centralizado. Wágner ficou responsável pela armação das jogadas, enquanto Digão e Euzébio faziam a dupla de zaga. E, surpreendentemente, os comandados de Abelão jogaram de forma singular. Tomando as rédeas da partida, o Fluminense foi recompensado bem cedo: Mansur recua muito mal para Martín Silva, Rhayner sai em velocidade, chega antes e toca por cobertura para marcar! 1 a 0!
Era tudo o que a torcida, o time e a comissão técnica queriam. Até os 30 minutos, uma atuação impecável do equipe das Laranjeiras. Mas no futebol, nem sempre a lógica entra em campo. Senhor do jogo, o Fluminense sofreu um gol impensável. Numa falta na ponta esquerda do ataque, o jogador do Olimpia manda direto para o gol, Cavalieri sai mal e a bola entra. É a virada dos paraguaios.
Na segunda etapa, o Time de Guerreiros ganhou outros adversários. Além do Olimpia, e equipe de Abel tinha que enfrentar o gandula, a catimba, o sumiço das bolas… o tal anti-jogo fluía de uma maneira surreal. A arbitragem, em contrapartida, até tentava coibir, mas sem o esforço devido. Enquanto o Olimpia jogava em cima do erro e do desespero do Flu, o Tricolor partia sem estrutura ao ataque. E nada adiantaram os treinos de bola parada. Flu não ganhou praticamente nenhuma bola aérea. NENHUMA. Deu no que deu: Olimpia 2, Tricolor 1. Adeus ao sonho de conquistar a América.