Sem esconder a tristeza pela eliminação na Libertadores após a derrota por 2 a 1 para o Olimpia, o goleiro Diego Cavalieri, que acabou falhando no primeiro gol dos paraguaios, revelou que todo o grupo do Time de Guerreiros ainda não digeriu a derrota.
– Está todo mundo abatido, infelizmente deixamos escapar uma grande oportunidade.
“O medo de vencer tira a vontade de ganhar”. A célebre frase de Vanderlei Luxemburgo serviria para ilustrar a postura dos paraguaios durante boa parte do jogo diante do Flu, na última noite. Entretanto, mais uma vez fugindo da lógica, o resultado acabou indo contra o cenário da partida e o Time de Guerreiros deu adeus a Libertadores. O meia Wágner, neste contexto, analisou a derrota para o Olimpia por 2 a 1.
– Futebol é dessa maneira. Às vezes, mesmo estando melhor, não conseguimos vencer. A gente segue trabalhando – disse.
Abel Braga não esconde a tristeza com a eliminação do Fluminense na Libertadores. Mas, agora o técnico já mira os próximos passos do Tricolor na temporada. O técnico valorizou a garra e a vontade da equipe na derrota por 2 a 1 diante do Olimpia no Paraguai e também elogiou o ambiente no grupo.
– Essa página também virou. Gostaríamos muito de seguir. Por isso ficou a dor. A luta, a vontade, a garra. Esse ambiente fantástico que temos fora de campo levamos para o campo. Agora é Brasileiro e depois pensar em Copa do Brasil – disse.
Muito marcado em campo, tanto na partida em São Januário como no Defensores del Chaco, o atacante Fred não teve praticamente nenhuma chance de gol nas duas partidas. Distribuindo e levando sopapos, o atleta afirmou que essa truculência faz parte de uma competição como a Libertadores da América.
– Acaba sendo normal. Um zagueiro te escora, te dá porrada e se você não fizer nada, não vai encostar na bola. Libertadores tem que ser na força e, mesmo na força, hoje não deu – destacou.
A derrota do Fluminense por 2 a 1 para o Olimpia, nesta quarta, no Paraguai, marcou a eliminação da equipe na Libertadores. E, na visão de Abel Braga, nenhum jogador pode ser culpado pelo revés. Em sua opinião, ninguém esteve mal e o resultado negativo ocorreu por erros isolados.
– Não pode dizer hoje assim: “Fulano jogou mal”. Ninguém jogou mal. Tivemos falhas pontuais que eles aproveitaram. Dois gols de bola parada. Nosso gol também foi de erro deles. Mas o jogo estava tão controlado… Estava correndo muito bem. Só não tivemos o segundo gol. Naquele momento, o primeiro gol deles, como foi, deu o baque. Fizeram o segundo, deram chutão para a frente, a bola passou e saiu o pênalti – lamentou o treinador.
Personagem principal do Fluminense, pelo menos no papel, o atacante Fred passou mais uma noite em branco e viu o seu time ser eliminado para o Olimpia, por 2 a 1, no Defensores del Chaco. Ciente de que os gols dos paraguaios saíram de bolas parada, o atacante lamentou o anti-jogo do adversário, mas não qualificou o resultado como injusto.
– É triste. Todo tricolor fica chateado por essa eliminação. Nós achamos um gol e eles acabaram encontrando dois em bola parada. O jogo foi decido nesses detalhes e infelizmente não deu. Nós lutamos até o fim e fica essa dor forte. Mas o futebol é assim. Mesmo fazendo tudo o que ele fizeram, agredindo o Wágner, escondendo as bolas, eles mereceram – salientou.
Passada a eliminação na Libertadores com a derrota por 2 a 1 para o Olimpia, Diego Cavalieri admite a chateação, mas já projeta a sequência dele e do restante do time do Fluminense. O goleiro, agora pensa em apresentar um bom trabalho na seleção e pede foco aos jogadores que seguirão para a disputa as quatro partidas antes da pausa para a Copa das Confederações.
– Todo mundo fica triste com a derrota, mas tem que absorver isso. Agora tenho que me apresentar na seleção e fazer o trabalho. Quem fica tem quatro jogos pela frente e temos de esquecer e seguir em frente – comentou.
O que era para terminar em festa, acabou virando um palco de guerra. Depois do apito final da partida entre Flu e Olimpia, que terminou em 2 a 1 para os paraguaios, a pancadaria rolou solta nas Laranjeiras, onde muitos tricolores estavam reunidos para acompanhar o duelo.
Alguns torcedores, que haviam bebido um pouco a mais, iniciaram confusões. A briga não foi generalizada. Enquanto uma era apartada pela turma do “deixa disso”, outra se iniciava poucos metros e assim por diante, perdurando por cerca de trinta, quarenta minutos depois do apito final.
Se o pênalti marcado em favor do Olimpia pode ser alvo de reclamação dos tricolores, Abel Braga, por outro lado, não crê que a eliminação do Fluminense da Libertadores tenha sido por conta da arbitragem. Na visão do técnico, o uruguaio Daniel Fedorczuk só foi infeliz nos descontos ao fim da partida em que o time paraguaio venceu por 2 a 1.
– A equipe do Olimpia é madura. Acho que o árbitro foi bem. Talvez não tão bem nos descontos. Deixou os gandulas sumirem, a bolas sumiram, cera… Falaram que o pênalti é discutível. Mas não fomos eliminados por causa de arbitragem – disse.