As dores que Fred sente nas costas, decorrente de uma fratura incompleta na costela, não preocupam Luiz Felipe Scolari. O treinador da seleção brasileira conta com o centroavante do Fluminense.
– Espero que ele (Fred) jogue pelo menos 45 minutos da partida para que possamos ir testando o time que achamos que é titular. A dor ele vai aguentando – disse Felipão.
Passada a frustração pela eliminação na Copa Libertadores, Fred está totalmente concentrado na seleção brasileira. Ele comentou sobre a pressão de utilizar a camisa 9, abrilhantada por tantos craques do futebol mundial.
– É um peso muito grande, sem dúvida, até pelos jogadores que já a vestiram e conquistaram títulos. Mas é um peso bom, gostoso, que motiva. É um desafio maravilhoso que todo jogador gostaria de passar por esse teste. Pra mim é normal. Sempre procuro fazer gols, que é meu trabalho, com naturalidade e acaba caindo super bem – disse Fred.
O técnico do Criciúma, Oswaldo Alvarez, o Vadão, comandou um trabalho tático nesta manhã de sábado, em General Severiano, sede do Botafogo. Com dúvidas para armar a equipe, pôs fim à improvisação na lateral direita. No entanto, time catarinense ainda está indefinido para medir forças com o Fluminense, neste domingo, em Macaé.
O volante Élton, ex-Internacional, será titular, com Pacheco na lateral direita. A dúvida, no entanto, está no meio-campo e no ataque. Contra o Inter, o Criciúma jogou com três atacante e foi derrotado por 2 a 0 em Caxias do Sul.
A tendência é que o esquema 4-3-3 seja desfeito para a volta do tradicional 4-4-2.
Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, deixou a emoção falar mais alto, como quase sempre, e polemizou. O dirigente elogiou o goleiro Victor, herói da classificação do Galo e alfinetou os clubes eliminados na Copa Libertadores.
– Temos que parar de achar que o vento vai só bater no nosso peito, uma hora ele vai bater nas nossas costas. Estamos acostumados a dar tudo errado. O Victor falou que Deus reconheceu tudo que está acontecendo e sendo feito dentro do Atlético-MG. É Libertadores, as porcarias saíram, agora só tem time bom – disse.
Se o Fluminense conseguiu manter todos os tetracampeões brasileiros, exceção feita à Thiago Carleto, o mesmo pode não acontecer em 2013. Rodrigo Caetano, diretor de futebol do clube, admite que perdas podem acontecer, mas diz não saber precisar quem tem mais chances de sair.
– Não dá para eu definir quem pode ser negociado. Eu costumo dizer que quem estabelece é o mercado. Em dezembro, quando definimos a manutenção do elenco, o Fluminense conseguiu êxito. Hoje, a situação é um pouco diferente. Mesmo assim, se sair alguém, nós temos um elenco de qualidade, em um bom número, que suporta o Brasileiro e a Copa do Brasil. Vamos avaliar o que temos como peças de reposição na base, e, talvez, a última ação será analisar o mercado. Dizer quais os nomes que vamos manter é difícil, pois é o mercado que vai estabelecer – disse.
Agente do zagueiro Anderson, do Fluminense, Márcio Mello contou que o interesse Vasco no atleta de 30 anos é grande. O atual campeão brasileiro não pensa em se desfazer do defensor, mas o clube de regatas não desistiu de contratá-lo.
– O Vasco tem interesse nos dois e já conseguiu o Rafael Vaz (do Ceará). Acredito que o Anderson só poderia jogar em São Januário no final do ano, já que o Fluminense deixou claro que não tem ideia de liberá-lo agora. Hoje, a posição é essa, mas as coisas mudam no futebol – afirmou o empresário.
Os únicos desfalques do Fluminense para o duelo frente ao Criciúma, neste domingo, em Macaé, devem mesmo ser Diego Cavalieri, Jean e Fred, convocados pelo técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari. Abel Braga não deu pistas do time que jogará, mas Wagner superou as dores no tornozelo, treinou nesta manhã de sábado e a tendência é que entre em campo.
Rafael Sobis não trabalhou no gramado, mas fez exercícios na academia e deve ser relacionado. Wellington Nem também ficou fora da primeira etapa da atividade, mas participou do treinamento tático.
O Fluminense está praticamente escalado com: Ricardo Berna, Bruno, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho e Wagner (Thiago Neves); Wellington Nem, Rhayner e Samuel.
– Ligaram e me chamaram para jogar um amistoso na UFF e depois tive a chance de ir para o Botafogo. Antes, havia feito teste no Fluminense e não passei. No Botafogo, cheguei no começo de 2009 e só fui jogar no meio do ano, no infantil – revelou Dória.
Além do Flu, o Cruzeiro seria um dos prováveis destinos do zagueiro.
Pelo segundo ano consecutivo, o Fluminense encerrou sua participação na Copa Libertadores na quinta posição. Pouco para o torcedor. O fato, porém, foi exaltado por Rodrigo Caetano.
– Ficamos sabendo após a definição das semifinais que o Fluminense chegou em quinto lugar. Não é o ideal. Mas tem de ser reconhecido. Estamos chegando perto (do título) – ressaltou o homem forte do futebol tricolor.