O desabafo de Wellington Nem depois do jogo contra o Criciúma foi ignorado pelo técnico do Fluminense em entrevista coletiva. Abel Braga preferiu ressaltar o bom futebol do jogador e a personalidade que teve ao entrar na partida.
– Ele é muito forte e pagou o preço pela inatividade. Custou para reencontrar o futebol e entendeu perfeitamente que era o momento do Sóbis. Entrou bem, nos ajudou e mostrou personalidade. Quem bateria o pênalti era Thiago Neves, Sóbis ou Wagner – afirmou o treinador.
A misteriosa declaração de Wellington Nem sobre sua barração no Fluminense deixou os torcedores com a pulga atrás da orelha. Estaria o atacante deixando o clube? Rodrigo Caetano, diretor-executivo de futebol do Tricolor, confirmou propostas pelos jogadores.
– O próprio Abel falou na coletiva que fez algumas mudanças na equipe porque achava que estava na hora de mexer no time. Estamos recebendo propostas não só pelo Wellington Nem, mas também por outros jogadores do elenco. O que posso falar é que não tem nada de concreto. Quando tiver algo todos vão ficar sabendo através do nosso site oficial – comentou o diretor.
O Fluminense teve na noite deste domingo uma de suas melhores atuações na temporada. Após bater o Criciúma por 3 a 0, feliz com os seus comandados, o técnico Abel Braga exaltou a postura do Time de Guerreiros.
– Foi uma equipe muito forte psicologicamente. Há muitos anos convivemos com dificuldades, mas não sabia que o grau de personalidade estava tão alto. Hoje foi uma vitória que mexeu. Primeiro por ser convincente. O time teve fome de atacar, se defendeu bem. Acho que veio em um momento fundamental para nós – disse.
RICARDO BERNA – NOTA 6,5
– Boa defesa no segundo tempo. Saídas seguras de gol quando foi solicitada
WELLINGTON SILVA – NOTA 5,0
– Começou bem, mas no segundo tempo caiu de produção, errando muito. Pelo menos, deu vida à lateral direita
DIGÃO – NOTA 9,0
– Dois gols e muita correção na defesa. Melhor atuação com a camisa do Fluminense
GUM – NOTA 7,0
– Do mesmo nível do companheiro. Mesmo com limitações, não pode ser reserva deste time
CARLINHOS – NOTA 7,0
– Outro que teve boa atuação. Apoiou muito pelo lado esquerdo e fez bons cruzamentos.
EDINHO – NOTA 8,0
– Uma das, senão a melhor partida com a camisa do Fluminense. Bem na proteção à zaga, chegou a atuar até como armador.
DIGUINHO – NOTA 7,0
– Outro que surpreendeu. Errou pouquíssimos passes. Muito bem na saída de jogo.
WAGNER – NOTA 6,5
– Chamou a responsabilidade. Procurou o jogo, se movimentou, correu, virou o jogo. Faltou chutar mais a gol.
*FELIPE – NOTA 6,0
– Jogou pouco tempo, mas fez a diferença. Deu passe de craque para Wellington Nem, que sofreu o pênalti.
RHAYNER – NOTA 7,5
– Compensa alguma limitação técnica com uma disposição invejável. Aplicado na marcação, também desenvolveu bem as jogadas de ataque. Saiu aplaudido pela torcida.
*THIAGO NEVES – NOTA 5,0
– Atuação regular. Substituiu Rhayner e quase fez um golaço de fora da área.
RAFAEL SOBIS – NOTA 6,0
– Bom primeiro tempo. No segundo, na ânsia de fazer o gol, abusou de chutes sem direção.
SAMUEL – NOTA 6,5
– Brigou demais. Fez bem a parede para quem vinha de trás. Faltou o gol.
* WELLINGTON NEM – NOTA 7,0
– Não esmoreceu com a barração. Entrou e incendiou o jogo com sua velocidade. Deixou o seu gol em boa cobrança de pênalti.
ABEL BRAGA – NOTA 8,0
– Teve coragem para barrar três jogadores que não vinham bem. Fez substituições corretas, no momento certo.
A relação entre o Tricolor das Laranjeiras e a seleção brasileira sempre rende bons e históricos frutos. Quando se trata de estreias, então, parecem um par perfeito. Isso porque o tricolores costumam deixar seus nomes registrados em jogos iniciais envolvendo o esquadrão verde e amarelo.
Confira:
Primeiro jogo da Seleção Brasileira, campo do Fluminense.
Primeiro Gol da Seleção Brasileira – Oswaldo Gomes (Fluminense)
Primeiro título relevante conquistado pela Seleção Brasileira, Campeonato Sul-Americano de 1919, atual Copa América, Campo do Fluminense.
Primeiro Gol da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, Preguinho, (Fluminense).
Primeiro Gol no Maracanã, Didi (Fluminense).
Primeiro Gol no Engenhão, Alex Dias (Fluminense).
PRIMEIRO GOL DO NOVO MARACANÃ, FRED (FLUMINENSE).
No evento-teste do novo Maracanã, Washington também marcou o primeiro gol da partida.
A seleção brasileira decepcionou mais uma vez. Jogando novamente contra uma seleção de grande nível do futebol mundial, o time de Felipão, liderado por Fred dentro de campo, ficou no 2 a 2. Apesar de ter marcado um dos gols, o atleta tricolor lamentou o resultado.
– Não foi o resultado que esperávamos. Acho que merecíamos uma vitória, principalmente pelas oportunidades que criamos no primeiro tempo, finalizamos mais de sete vezes e a bola não entrou. Conseguimos manter o ritmo atacando desde o início até o fim, e isso é o que nos dá tranquilidade – afirmou.
Uma cena curiosa ocorreu na metade do primeiro tempo do jogo entre Fluminense e Criciúma. Tartá entrou na equipe catarinense e foi ovacionado pela torcida tricolor. Com gritos de “Ê ô ê ô, o Tartá é o Tricolor”, o atleta não conseguiu render bem. Interpelado pela reportagem do Sportv, disse que não daria entrevista, pois estava muito emocionado. No fim do jogo, ele conversou com a imprensa:
– Fico feliz demais, porque essa torcida sempre me apoiou muito.. Fico lisonseajdo com esse carinho.
As jogadas de bola parada apareceram pouco na Libertadores. Contra o Olimpia, o Fluminense utilizou várias vezes, sem êxito. No Brasileiro, a história é diferente. Digão festejou os dois gols marcados na vitória sobre o Criciúma por 3 a 0, um fato inédito desde que subiu para os profissionais.
– Jogada treinada, que se caracterizou como uma jogada forte do Fluminense, essa aérea. Graças a Deus, eu fiz dois gols, algo que nunca havia feito na minha carreira – disse o zagueiro.
Na saída de campo, o atacante Wellington Nem deu uma declaração surpreendente sobre sua barração. O jogador do Fluminens preferiu fazer mistério.
– Tem um porque de eu ter ficar no banco. Não foi questão jogar mal ou qualquer outra coisa. Tem um porque, vocês (imprensa) vão saber no momento certo – disse o jogador, enigmático.
A eliminação na Copa Libertadores faz parte do passado. O Fluminense jogou bem, dominou o Criciúma e goleou pelo placar de 3 a 0. Digão, duas vezes, e Wellington Nem marcaram.
Abel Braga fez mudanças importantes. Tirou Bruno, Leandro Euzébio e Wellington Nem, promovendo as entradas de Wellington Silva, Gum e Rafael Sobis.
O Fluminense fez um primeiro tempo que há muito não se via. Foi intenso, brigador e o mais importante: jogou futebol. A equipe girou a bola de um lado para o outro, usou bem os lados do campo. Faltava, porém, maior poder de finalização.
Edinho, quem diria, comandava o meio-campo. Diguinho desarmava e saía bem com a pelota dominada. No ataque, a movimentação era constante do trio Rhayner, Samuel e Rafael Sobis, confundindo a zaga do Criciúma. Mas nada de o gol sair.
Se com bola rolando a rede não balançava, ela encontrou o fundo do gol pelo alto duas vezes e com o mesmo jogador: Digão.
Aos 24 minutos, falta pelo lado direito, Rafael Sobis cruzou, Gum tocou para o meio da área e Digão só escorou: 1 a 0. Nove minutos depois, o Tricolor chegou ao segundo gol, através de escanteio cobrado por Wagner. O companheiro de Gum ganhou na dividida de Ewerton Páscoa e fez de cabeça.
No segundo tempo, o atual campeão brasileiro sufocou o Criciúma em seu campo defensivo, sem deixar o adversário jogar. O Tigre se movimentou mais, porém, chance de gol clara só uma, com Marcel, de cabeça.
O Fluminense manteve o bom futebol, embora com menos ímpeto ofensivo. Abel Braga mexeu no time e sacou Rhayner, Samuel e Wagner para as entradas de Thiago Neves, Wellington Nem e Felipe, respectivamente. E o terceiro gol surgiu com um passe de quem conhece.
Felipe, de forma magistral, achou Nem entre os zagueiros e o atacante sofreu pênalti. O camisa 11 mesmo bateu e definiu o marcador: 3 a 0. O placar poderia ter sido mais dilatado, pois Thiago Neves ainda acertara um balaço no travessão
Com o resultado, o Fluminense assumiu a quarta colocação, com seis pontos e um jogo a menos. É o único time com 100% de aproveitamento no Brasileirão. Rumo ao penta!
