Gum perdeu a posição, até então, absoluta, para Digão. Leandro Euzébio manteve-se no time titular. Ele, porém, garante que a disputa por vaga no Fluminense é saudável.
– Sempre foi uma briga sadia ali atrás, nunca houve trairagem. Cada um está buscando seu espaço. O Digão teve sua oportunidade e agora permanece. Ao Gum só resta trabalhar para resgatar a condição. O mais importante é que entre todos nós zagueiros nunca houve trairagem – disse.
O Fluminense perdeu para o Ajax Cape Town por 1 a 0 e foi eliminado da Amsterdã Cup. Na disputa do terceiro lugar, nova derrota, desta vez o Cruzeiro por 4 a 3. A garotada de Xerém fechou sua participação no torneio internacional na quarta colocação.
A delegação viaja para Suécia, última parada na excursão que a molecada faz pela Europa.
Ainda em entrevista à Rádio Tupi, Peter Siemsen, mandatário do Fluminense, dissertou sobre as categorias de base do clube. De acordo com o presidente tricolor, os jovens oriundos de Xerém são grandes jóias, que, bem trabalhadas, darão frutos.
– A gente está tratando Xerém como negócio. O objetivo da gestão é transformar o Fluminense numa gestão de futebol de excelência, com responsabilidade financeira e, com isso, poder disputar títulos. Então, dentro desse objetivo, produção de atleta é fundamental. Uma divisão de base produz muitos jogadores por ano, porque são gerações e gerações que vão chegando e hoje a gente tem a seguinte visão: a divisão de base também é negócio, virou um grande negócio. Jogador é um ativo do clube. A gente não tem pena ou medo de venda de jogador, porque sabemos que estamos produzindo. Quando a gente sabe que está produzindo, a venda é natural, faz parte do ciclo, faz parte do investimento – explicou Peter.
“Papa dos dirigentes”, de acordo com jogadores e até gestores, Rodrigo Caetano tem ajudado Marcão. Querido pela torcida do Fluminense, o ex-volante, após o fim de carreira, se aventurou em algumas áreas, mas agora parece ter encontrado aquela que pode se identificar.
– A gente (família) nunca foi de fazer loucura, sempre se preocupou com o futuro das crianças, sempre guardamos um pouquinho. Hoje, estamos tendo essa oportunidade, acabamos investindo em algumas coisas, demos pancadas em alguns lugares. Cismei de ser pizzaiolo, botei o nome e não deu certo, mas agora estou tendo a oportunidade de estudar, fazer alguns cursos. Estou com o Rodrigo Caetano direto lá no Fluminense, aprendendo um pouco com ele. Vou fazer um curso de gestão esportiva no mês que vem – revelou o eterno camisa 5 do Fluzão.
Aos 20 anos, Michael começou a carreira no futebol tarde. Apenas em 2011 ingressou num clube profissional, o Rio Preto-SP. Pego no exame antidoping por uso de cocaína, será defendido pelo Fluminense, que aposta muito em seu sucesso.
– Que ele volte a jogar pelo Fluminense no profissional, e que alcance na carreira as glórias que a gente imagina. Michael pode vir a ser um grande artilheiro, não só do Brasil, como eu tenho certeza que ele pode ter uma carreira internacional – afirmou o presidente Peter Siemsen.
Flagrados no exame antidoping em casos distintos, o meia Deco e o atacante Michael têm total apoio do Fluminense. O presidente do tetracampeão brasileiro, Peter Siemsen, comentou sobre as duas situações.
– A questão do doping não agrada nem desagrada, é uma realidade que a gente se depara em qualquer negócio, qualquer empresa. No Fluminense aconteceu e estamos tentando tratar da melhor maneira possível. No caso do Deco, um jogador excepcional, foi fundamental para o Fluminense voltar a ser campeão brasileiro em 2010, foi fundamental na conquista do Carioca de 2012, e é um jogador experiente com uma história riquíssima no futebol profissional mundial. É um jogador que a gente está dando todo o apoio para que consiga resolver talvez no julgamento, no tribunal, da melhor maneira possível para ele e consequentemente para o clube – declarou Peter, que vê o caso do Michael de maneira diferente:
– É um menino, está se formando como cidadão, acho que todos conhecem várias histórias. O momento é tratar o Michael, dar suporte e fazer com que ele entenda que isso é uma passagem na vida e compreender que isso é ruim pra vida dele, ruim pra família e que o futuro dele é brilhante. Se entender, a gente vai procurar a melhor defesa para ele no tribunal, procurar a menor pena, para que volte a jogar pelo Fluminense no profissional.
Titular na campanha do Brasil na Copa das Confederações de 2001, Washington comentou sobre as convocações do trio do Fluminense para e edição deste ano. O ex-atacante, inclusive, espera que o amigo Fred brilhe.
– Gostei muito da convocação. Vou torcer muito para o Fred ser artilheiro, vejo o Paulinho como o jogador que fará a diferença. Gosto do Lucas, daqui a pouco pode encaixar na seleção. Importante para o Fluminense (convocações). É o atual campeão brasileiro, está na fase decisiva na Libertadores. São jogadores de qualidade, atuei com todos eles. Grandes jogadores e caráter – elogiou.
Conhecedor do trabalho de Abel Braga, Marcão está confiante na classificação do Fluminense às semifinais da Libertadores. Ex-volante, campeão estadual em 2005, acredita que o time é favorito diante do Olímpia.
– Alguns brasileiros caíram, mas o Fluminense está segurando, se apoiando no esquema do Abel, fechadinho. Mas a gente acredita que agora aperta, apesar da chave do Fluminense ter ficado bem interessante. Eu creio que o Fluminense é favorito contra o Olímpia. Vai fazer um grande jogo, lotar São Januário, apoio do torcedor. Caiu muito bem São Januário para o Fluminense, e tem que aproveitar isso. E o adversário a ser batido é o Atlético-MG, que foi campeão (estadual). Qualquer tipo de vantagem nessa Libertadores acho que é de grande importância. Se entra com a responsabilidade muito grande de não tomar gol. A intenção é sempre entrar pra cima e aproveitar o embalo da torcida e meter gol – declarou.
O relacionamento entre Peter Siemsen e Celso Barros é boa, garantiu o presidente do Fluminense. A esperança de manter o patrocínio da Unimed por longo tempo existe, mas em caso de saída repentina, o clube saberá se virá com as próprias pernas.
– Já me preocupou. Assim quando eu assumi discutimos muito isso, e a preocupação quanto a estrutura, organização, aspecto financeiro e formação de jogadores era muito grande e continuará assim. Isso significa que queremos o Fluminense forte como um todo. Quando entrei como presidente o meu papel era esse. Recuperar o Fluminense para que o patrocínio fosse saudável para ambas as partes. Se amanhã a patrocinadora sair do clube, o que esperamos que não aconteça, tudo permanecerá bem – afirmou Peter.
O assunto dívidas foi um dos mais debatidos pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen, em entrevista à Rádio Tupi. Um contrato com uma empresa quase fez o mandatário desistir. Só não o fez, segundo o próprio, pela vontade de tirar o clube do buraco. Entenda:
– O Fluminense tem uma situação nesse ponto, vamos dizer assim, já em tratamento há dois anos. O clube possui uma dívida em torno de R$ 430 milhões, eu já assumi próximo de R$ 400 milhões, ou seja, cresceu pouco, considerando que tem correção trabalhista, fiscal. O Flu não desenvolveu novas dívidas. Teve correção de dívidas passadas e o reconhecimento de outras. O que assustou? O Fluminense tinha um contrato com uma empresa no mercado que vendia um agenciamento dos contratos na área de marketing por 10 anos para um adiantamento de R$ 5 milhões. Com os contratos de marketing, exceto o patrocinador master e a televisão, 50% da receita era para pagar os R$5 milhões adiantados e 10 anos pagando 20% de qualquer contrato, com a participação da agência ou não. Pedi explicações para a pessoa da gestão passada, depois mandei embora. Quando me explicou e eu li, só não quis renunciar, porque queria ajudar muito o Fluminense a se recuperar nessa parte que estava ruim. Renegociamos, fizemos um acordo. A empresa é uma boa parceira, então, não levamos nenhuma mágoa. Mas o que não pode é uma diretoria, com três meses para acabar o mandato, assinar um contrato desses. Isso assusta. Não foi por conta de dívida fiscal. Sabia que o Fluminense não pagava imposto há 30 anos, mas não sabia de um contrato dessa natureza – explicou Peter.