Comandando seu próprio filho no Fluminense, Abel Braga acha que, às vezes, o atrapalha na equipe. O técnico mesmo revela que dá poucas chances ao volante no time tricolor. Segundo o treinador, uma transferência poderia até ser boa para a sua “cria”.
– O problema é que comigo muitas vezes ele nem joga. Vou dar um exemplo. No domingo, o Wágner pediu para sair. Estávamos vencendo por 2 a 0. Qual seria a opção correta? Colocar um volante para segurar. Mas entrou o Felipe que é um meia. Não precisávamos de um meia. Com o Fabio a recomposição seria muito mais rápida e liberava um pouco mais o Diguinho. Enfim, no fundo eu às vezes mais prejudico do que ajudo. A nível de futebol eu sei a importância que estou tendo para ele. Ensino muita coisa. Assim como Edinho, Felipe… Ele tem se espelhado muito em Jean, Diguinho. O que estava faltando ao Fábio ele conseguiu. Uma agressividade maior para a posição. Tanto que foi o cara que mais roubou bola na primeira rodada do campeonato. Prova que ele deu um salto. Agora, eu acho sim que vai ser melhor para ele sair. Ou então quando eu sair. Está naquele momento que para ele, Rafinha, Eduardo está sendo muito legal. Esse momento é difícil, mas se o cara aproveitar e pegar bem o momento de observar, pode crescer muito. Às vezes, ele leva uma chegada mais forte, reclama e eu falo: “E você não chega em ninguém? Tem que treinar como joga. Tu é reserva. Tu tem que jogar. O titular treina, você joga” – comentou.