O bom ambiente no Fluminense permite brincadeiras e tirações de sarro entre os jogadores. Um dos alvos é Digão. O jogador é zombado pelos colegas por ter a voz muito aguda.
– Isso é coisa do Wagner. O pessoal provoca mesmo. É muita brincadeira. Mas desde criança meus amigos sempre me chamaram de “negão da voz fina” (risos). Fazer o quê? É verdade. A gente leva na esportiva – divertiu-se.
– Nós vamos sempre olhar primeiro para as divisões de base. O Abel já sinalizou interesse em subir o Kenedy, que foi artilheiro do sub-17 e também destaque da seleção brasileira no Sul-americano. Essa é uma filosofia que nós vamos seguir e também se encaixa com o que pensa o patrocinador. Vamos olhar para dentro – afirmou o diretor de futebol Rodrigo Caetano.
O discurso no Fluminense é de que o time campeão carioca e brasileiro de 2012 não será desfeito. Peter Siemsen corroborou com Rodrigo Caetano, mas não descartou novas saídas.
– A venda de outros jogadores depende das propostas que o mercado vai oferecer. Até porque a oferta pode ser financeiramente interessante para o clube. E, quando se trata de um time europeu, tem também a questão do sonho que os jogadores têm de jogar no continente. Mas não vai haver desmanche – afirmou o presidente tricolor.
Presidente do Fluminense, Peter Siemsen, admitiu que quis vender Wellington Nem para o CSKA (RUS) no início do ano passado. Mais de 12 meses depois, conseguiu negociar o atacante para Shaktar Donetsk (UCR), mas explica que a razão da venda não se deve especialmente à quitação de dívidas.
– É claro que a venda do Nem ajuda num ano em que o clube teve R$ 16 milhões penhorados. Mas ela tem mais a ver é com a subida do Kenedy e todo nosso investimento em Xerém. Se não abrirmos espaço no elenco não faz sentido investir em Xerém. Nós temos alguns jogadores que podem ser promovidos, e o Kenedy foi um deles – disse Peter, referindo-se ao atacante de 17 anos que está sendo efetivado.
Rodrigo Caetano, diretor-executivo de futebol do Fluminense, concedeu entrevista coletiva na última terça, elucidando questões quanto à saída de jogadores. Wellington Nem foi o tema principal da conferência. O dirigente defendeu a nova política do clube, explicando que a motivação financeira nem sempre leva a saída de atletas.
– Tivemos por quase dois anos a mesma equipe, talvez o único clube que tenha conseguido isso, muito por conta da reorganização financeira. Muito por conta também do patrocinador, que auxilia na manutenção, paga a imagem dos jovens, ajuda na permanência dos atletas. No caso do Nem, as propostas vem desde a época que retornou do Figueirense. Em alguns momentos a gente passou para o mercado que não ia se desfazer de ninguém. Mas tem determinados momentos em que se tem de ouvir as propostas. Os motivos não são apenas financeiros, e quem estabelece quem sai, e até os preços, é o mercado.
Wellington Nem não queria deixar o Fluminense para o Shaktar Donetsk (UCR). No entanto, alguns fatores acabaram sendo fundamentais para ter concordado com a saída. Uma conversa com o técnico Abel Braga, a ida da namorada e o grupo de brasileiros convenceram o jovem de 21 anos a aceitar a proposta ucraniana.
Além da necessidade de o Fluminense vender um jogador para equilibrar as finanças, o comandante tricolor argumentou que a experiência tática em campo, e cultural fora dele, seria benéfica para Nem. O treinador também lembrou que no time ucraniano, o atacante será comandado pelo romeno Mircea Lucescu, conhecido por gostar do futebol brasileiro e ter boa relação com os atletas.
Outra garantia importante foi a confirmação de que a namorada, a modelo Bárbara Kretzer, acompanhará Wellington Nem no novo país.
No Shakhtar, Nem terá quase um time inteiro de brasileiros para conseguir dicas sobre transporte, moradia e costumes locais. São nove: o zagueiro Ismaily, o volante Fernandinho, os meias Douglas Costa, Ilsinho, Alan Patrick, Taison e Alex Teixeira, e os atacantes Luiz Adriano e Maicon Oliveira.
Na mira do Vasco, Anderson saberá, em breve, se faz parte dos planos do Fluminense para o restante da temporada. Em breve, representantes do zagueiro se reunirão com a diretoria tricolor para tratar do futuro. O Cruzmaltino quer contratá-lo, mas, possivelmente, por empréstimo, pois não há verba para reforços.
O contrato de Anderson com o atual campeão brasileiro se encerra em 31 de dezembro.
Klauss Câmara, coordenador técnico das categorias de base do Fluminense, fez uma avaliação de Robert Kenedy, promovido aos profissionais. O dirigente não tem dúvidas ao afirmar que o atacante é a maior promessa de Xerém. Confira:
“O Kennedy foi sem dúvida alguma o atleta com quem já trabalhei de maior potencial. Ele tem força, velocidade, técnica, todas as valências. É um jogador moderno, extremamente competitivo. Tudo o que um treinador de hoje gostaria de ver, encontra nele, o potencial é muito grande.
Ele varia muito de ritmo, acelera, para, muda de direção. Cabeceia bem, finaliza bem, dribla bem…Atua tanto como atacante de área ou de lado, mas acho que rende mais pelo lado. Ele acompanha a subida dos laterais, faz a segunda linha de marcação.
Ele é completo. Esse é o grande diferencial. Há também a questão da competitividade, não desiste das jogadas. O que ainda falta para ele, a maturidade, encontrará no profissional”.
– É o nosso desejo (voltar a jogar no Maracanã). O futebol carioca sem o Maracanã perde um pouco do brilho. Vi uma declaração do vice-governador que o estádio estará disponível para os clubes. Isso nos deixa feliz. Isso deixa o futebol do Rio mais bonito – comemorou o vice-presidente de futebol do Tricolor, Sandro Lima.