O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, praticamente fechou acordo com a Odebrecht para atuar no Maracanã. O consórcio liderado pela empresa é o favorito a vencer a licitação do estádio. O dirigente máximo do clube carioca pediu alguns camarotes e parte de algumas receitas. O contrato será assinado após o anúncio do vencedor.

A prioridade do Fluminense é a Copa Libertadores e o técnico Abel Braga não nega. Por isso, os jogadores que apresentarem um sintoma de cansaço além do normal não irão disputar a final da Taça Rio neste domingo, contra o Botafogo, em Volta Redonda.

 
– Vamos conversar muito. Temos uma viagem longa de volta ao Rio e na reapresentação falaremos com os atletas. Esse feedback vai ser muito importante. Os que apresentarem um cansaço mais acentuado serão poupados para enfrentar o Emelec na próxima quarta. Sábado devemos ter uma posição mais definida. Precisamos fazer os exames para ter uma posição real e fidedigna do stress físico de cada um. Quem se recuperar bem estará em campo contra o Botafogo – lembrou o preparador físico do Fluminense, Cristiano Nunes.

A marcação do pênalti inexistente a favor do Emelec não foi o único erro de Wilmar Roldán no lance. O técnico Abel Braga lembra que o árbitro colombiano foi infeliz duas vezes na mesma jogada.

 
– Tomamos um gol contra, depois outro em pênalti que começou numa falta marcada ao contrário pelo árbitro. O Gum não fez falta, na realidade o atacante deles (Caicedo) que o puxou. E também parece que não foi nada na área, o jogador se atirou. Paciência, isso é Libertadores – disse Abel.

Embora Abel Braga tenha ventilado a possibilidade de, ao menos, poupar alguns titulares na decisão da Taça Rio, o discurso de Rodrigo Caetano foi o de valorizar o Estadual. O diretor executivo de futebol do Fluminense torce pela recuperação física dos jogadores.

 
– Primeiro temos que ouvir o lado médico e da fisiologia também. A recuperação é uma questão bastante pessoal de cada atleta. Em termos de conceito, não podemos também desprezar jamais a chance de um título. Vamos dar a devida importância ao jogo, mesmo que ele valha só o turno e depois abra a possibilidade de mais duas outras partidas. Esperamos que todos os jogadores consigam se recuperar bem e que o maior número deles esteja à disposição do Abel. Essa é a nossa esperança – frisou Rodrigo.

Virou hábito em Copa Libertadores o Fluminense ser prejudicado pela arbitragem. Desde quando voltou ao cenário internacional, em 2008, o Tricolor sofre com árbitros caseiros e incoerentes. Assim como no ano passado numa fase de mata-mata, o Time de Guerreiros acabou atrapalhado por erros de um juiz colombiano e com placar com diferença de um gol.

 
Nas quartas de final de 2012, José Buitrago ignorou pênalti claro a favor do Flu no segundo tempo em mão de Roncaglia, do Boca Juniors, dentro da área. Além disso, o lateral Carlinhos foi, de forma discutível, expulso pelo “Mr. Bean”. Um ano depois, seu compatriota Wilmar Roldán marcou pênalti inexistente a favor do Emelec na última quarta, decretando a vitória dos equatorianos.

Poupar ou não poupar o time visando o jogo da volta contra o Emelec na próxima quarta? O dilema já é vivido pelo técnico do Fluminense a dois dias da final da Taça Rio contra o Botafogo. Tentando despistar, Abel Braga deixa no ar que pode não escalar todos os titulares na decisão do returno do Carioca.

 
– Vamos esfriar a cabeça agora e conversar muito com a direção em relação a domingo. O jogo da próxima quarta é fundamental. Domingo também é, mas em termos de recuperação o tempo é curto demais. Temos de chegar a um consenso do que é mais importante. Domingo é? Claro, trata-se de uma decisão. Mas quarta também. E a Libertadores é um objetivo maior do clube – resumiu o treinador.

O futebol apresentado pelo Fluminense em Guayaquil não agradou à maior parte da torcida, nem a Abel Braga. Mas o treinador também ressaltou as oportunidades desperdiçadas os os obstáculos que impediram um melhor resultado diante do Emelec.

 
– Chegamos várias vezes com chances de marcar e não marcamos. Estávamos mais perto de fazer o segundo do que sofrer. Não quero justificar. Mas teve o campo ruim, gol contra e pênalti que não houve. Mas estivemos muito abaixo – admitiu.