A interdição do Engenhão, que ficará, pelo menos, mais 18 meses indisponível, em razão de obras na estrutura, já era esperado. Reportagem do site Globoesporte.com mostra que em 2006, 2007 e 2008, muitos dos atuais problemas do estádio já eram conhecidos pelos consórcios construtores e pelos engenheiros do João Havelange.
Uma empresa chamada Alpha Projetos fez um relatório em julho 2006 com fotos e comentários de “deformações” e “não alinhamento” das estruturas de cobertura do Engenhão. Mais tarde, em fevereiro e abril de 2007, nova vistoria constatou 56 ações pedidas, mas não realizadas, de um total de quase 70 no relatório chamado “Pendências da cobertura EOJH” (Estádio Olímpico João Havelange).
Em outro relatório, denominado “Não Conformidades encontradas no Lado Oeste”, o projetista do teto sugere série de intervenções imediatas e constata mais problemas na obra.
Para Flavio D´Alambert, dono da Alpha Projetos, se tivessem seguido as recomendações dos relatórios e o manual de manutenção, o estádio não teria chegado ao ponto de interdição.
– Em qualquer obra é normal encontrar não conformidades, que precisam ser corrigidas. Ainda mais numa obra complexa. Mas, até pelas fotos divulgadas pela prefeitura, é possível perceber que não foi feito quase nada para os reparos – explicou D´Alambert.