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Aliviado com recesso, técnico espera contar com Flu completo

Abel torce para contar com todos os jogadores nos EUA. Foto: Nelson Perez

Os 14 desfalques do Fluminense acabaram fazendo a diferença para que a equipe não tivesse um desempenho melhor nos cinco primeiros jogos no Brasileiro. O Tricolor encarou cinco equipes de porte médio e conseguiu nove pontos, mantendo-se no G4. A parada para a Copa das Confederações, na visão de Abel Braga, será fundamental.

– Vai ser bom por isso. Acreditamos que voltam os jogadores da seleção. Provavelmente o Marcos Júnior vai estar na condição de jogar, Wellington Silva. Nós não mexemos no plantel. Da equipe que foi campeã brasileira, só tinha o Bruno, Gum, Carlinhos e o Edinho. E o Sobis que no fim acabou jogando. Nunca reclamei, mas esse tempo será precioso para ter um grupo forte como é – disse.

Flu espera ainda nesta semana decisão sobre penhora de Nem

Flu ainda não recebeu R$ 17,5 milhões pela transferência de Nem

A penhora dos direitos econômicos do atacante Wellington Nem prejudica ainda mais o Fluminense. Superintendente geral do clube, Jackson Vasconcelos, explicou que ainda nesta semana haverá a definição, boa ou ruim, sobre os cerca de R$ 17,5 milhões que o Tricolor tem direito pela venda do jogador.

– Temos muita urgência. Estamos trabalhando para ter uma solução, boa ou ruim, nesta semana. A solução tem de vir muito rapidamente – disse o diretor executivo geral do Flu, Jackson Vasconcellos.

Com despesa mensal na ordem de R$ 4 milhões, o Fluminense já teve penhorada a cota de televisionamento (quase R$ 3 milhões por mês). Sem essa receita, restam apenas os patrocínios e a negociação de atletas para equilibrar as contas.

A ação promovida pela Procuradoria Geral de Fazenda Nacional põe em risco a não quitação do déficit anual em 2013, depois de enorme esforço para redução dos R$ 34,135 milhões de 2011 para R$ 3,716 milhões em 2012.

Dirigente: “Não encaro como desmanche vender dois ou três atletas”

Rodrigo Caetano explica novamente importância de negociar atletas

A transferência de Wellington Nem e a possibilidade de mais dois jogadores deixarem o Fluminense não preocupam Rodrigo Caetano. Para o diretor de futebol, a saída de atletas deve ser encarada como natural.

– Vender dois ou três atletas não encaro como desmanche, sinceramente. Outros concorrentes nos últimos anos têm vendido até mais do que o Fluminense e continuam chegando. A reciclagem é uma ordem natural. Todos sabem dos problemas enfrentados pelo clube – explicou o dirigente.

Camisa 6 também reclama dos erros da equipe tricolor contra a Lusa

Especulado no futebol turco, mas ressaltando que o foco continua no Fluminense, o lateral-esquerdo Carlinhos analisou a vitória da Portuguesa, por 2 a 1, em cima do Tricolor das Laranjeiras. Para o lateral, a construção do resultado aconteceu mais por conta dos demérito do Tricolor do que, propriamente, por merecimento do adversário.

– Não podemos pecar em algumas coisas. O futebol não aceita alguns erros e cometemos muitos. Estávamos bem no jogo e tínhamos condições até de ganhar, mas não conseguimos – lamentou.

Técnico vê Flu forte, mas admite que desfalques fizeram a diferença

Com mais de um time inteiro de desfalques, o Tricolor das Laranjeiras acabou saindo de campo derrotado para a Lusa, por 2 a 1, no Canindé. Para o técnico Abel Braga, essa fato não serve totalmente como uma desculpa para o resultado, embora ele admita que as ausências de atletas tarimbados como Fred, Jean, Cavalieri, TN10 e outros sejam de extrema relevância.

– Se você observar, da equipe que foi campeã, considerada titular, hoje em campo tinha o Bruno, o Gum, o Carlinhos e o Edinhos. O tempo vai ser precioso. Temos um grupo forte. Quem entrou foi bem. O Denilson resolveu no jogo passado, o Biro foi muito bem, mas é claro que o time titular é completamente diferente desse.

“Não era um jogo para perder”, diz Abel inconformado

Não foi dessa vez. Precisando somente de uma vitória simples para subir ao primeiro lugar da tabela, o Fluminense acabou saindo derrotado do Canindé, por 2 a 1. Sem conseguir se conformar com o resultado negativo, o técnico Abel Braga deu a entender que o Time de Guerreiros deveria ter cadenciado um pouco mais o seu jogo.

– Tivemos domínio total, mas sem grandes oportunidades, assim como a Portuguesa. Sempre estivemos melhor no jogo, mas erramos muito o último passe. O empate estava bem ajustado. Até eles falavam: ‘Vamos segurar a bola, porque o empate está bom’. Continuamos atacando e tomamos o gol. Não era um jogo para perder – afirmou.

Números da partida mostram um Flu “caótico”

Por conta de mais um “cochilo”, o Tricolor das Laranjeiras acabou perdendo a chance de alcançar a liderança do Brasileirão na última noite, quando perdeu para a Lusa por 2 a 1, no Canindé. Mas o resultado se deu muito mais do que devido a uma falha específica. Os números divulgados pelo jornalista da Rádio CBN, Álvaro Filho, comprovam que, dentro de campo, os comandados de Abel não fizeram por onde conseguir um resultado melhor. Ao todo, foram 46 passes errados, 25 lançamentos equivocados, 14 cruzamentos ruins (em 19 tentativas) e nove finalizações sem perigo, das 11 que arriscou ao gol.

Vale lembrar que, a partir de agora, o Brasileiro para em função da Copa das Confederações.

Abel lamenta: “Estávamos saindo com a bola e perdemos. Isso é fatal”

A chance desperdiçada pelo Fluminense na última noite parece que não vai se facilmente digerida pelo técnico Abel Braga. Isso porque o treinador havia alertado para possíveis erros e, também, para jogadas do adversário, no intuito de evitar que acontecesse algo contra seus comandados. Mas, na prática, o Time de Guerreiros acabou falhando, o que contribuiu para o triunfo da Portuguesa.

– Estávamos saindo com a bola e perdemos. Isso é fatal. Quando eu passei o vídeo do jogo da Lusa com o Corinthians tinha uma situação muito parecida e perdemos a bola na mesma situação. O primeiro tempo foi bem igual. mas depois deixamos o time deles com muitos espaços – lamentou o técnico.