Ao contrário da maioria que prefere realizar o segundo jogo em casa, o zagueiro Leandro Euzébio gostou de saber que o adversário é o Olímpia. O camisa 4 do Fluminense explica porque fazer a primeira partida no Rio é mais vantajoso.

– Prefiro sempre estar jogando dentro de casa a primeira partida, porque se fizermos um bom jogo aqui eles terão de correr atrás do resultado na volta, se abrir e aí as nossas chances ficam muito maiores – afirmou o defensor, após o treino deste sábado.

O técnico do Fluminense, Abel Braga, ficou indignado com a arbitragem de Corinthians 1 x 1 Boca Juniors. Na opinião dele, o ocorrido na última quarta-feira foi algo fora do comum, anormal.

– O que aconteceu com o Corinthians foi vergonhoso. Há muito tempo não via. Não foi um lance. Quando é um lance, pô, o cara pode não ter visto. No lance do pênalti, mostrava que o juiz estava encoberto. Mas peraí, o gol do Romarinho foi um troço anormal. Os erros não são absurdos, são erros tão grotescos que é motivo de chacota. O que passou com o Corinthians foi anormal.

Além do treino tático que praticamente confirmou o time que pega o Olímpia, quarta, em São Januário, Abel Braga comandou um trabalho de finalização. Rafael Sobis e Fred tiveram bom aproveitamento, enquanto Wellington Silva recebeu elogios do técnico do Fluminense pelo alto índice de acerto nos cruzamentos.

Do lado direito, o ex-jogador do arquirrival alçava a bola na área junto com Bruno. Pelo lado esquerdo, Carlinhos e Felipe se revezavam nas cobranças.

A garotada tricolor estreou com pé direito na Amsterdã Cup. Os juniores do Fluminense venceram o Men United (HOL) por 2 a 0. Os gols foram marcados por Luquinhas e Gustavo Scarpa.

Este torneio conta com as participações de clubes como Ajax (HOL), Ajax Cape Town (AFS), Borussia Mönchengladbach (ALE), Chelsea Ghana (GAN), Tottenham Hotspur (ING) e Cruzeiro.

Durante o treino tático deste sábado, nas Laranjeiras, Wellington Nem chamou os holofotes para si com uma jogada incomum. Com apenas 1,65m, o atacante do Fluminense marcou um gol de peito durante o trabalho de cruzamentos.

Bruno alçou na área, o goleiro não alcançou a bola. Nem, com um grande salto, mandou de peito para a rede.

Nesta atividade, os lançadores tiveram um aproveitamento muito maior do que o dos finalizadores. O técnico Abel Braga acompanhou tudo de perto, da entrada da grande área.

Se comparado a 2008, Thiago Neves transformou-se em um outro jogador. Há cinco anos, era uma das estrelas daquele Fluminense, decisivo, enquanto desde seu retorno, no início do ano passado, chama mais atenção pelo aspecto tático. Repetir aquela finalíssima da Libertadores com três gols é um desafio, mas que não deslumbra o camisa 10.

– Não penso mais muito na Libertadores de 2008. Lógico que fiquei feliz em ter feito três gols numa final, mas não penso em repetir ou ultrapassar esta marca. Quero ajudar o Fluminense, sou feliz dentro deste clube e da forma que puder ajudar vou estar fazendo minha parte – afirmou.

O Fluminense terá uma equipe, em tese, veloz e eficiente nas finalizações. Isto porque Abel Braga esboçou o time, no coletivo realizado neste sábado pela manhã com Wellington Nem, Fred e Rhayner. Este último substitui Thiago Neves, machucado.

No treino, Rhayner integrou o quinteto ofensivo com Jean, Wagner, Nem e Fred. Nesta atividade, o objetivo era trabalhar a movimentação em metade do campo. Depois, Abel Braga pôs os quintetos defensivos para trabalhar.

Rhayner criou jogadas e espaços para seus companheiros, enquanto Sobis, no outro time, finalizou mais.

O assunto “calendário do futebol brasileiro” é tema de discussão e críticas ano após ano. Enquanto nada é feito, ocorrem as lamentações. Diretor-executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, comentou sobre o pouco tempo de preparação.

– O curto período de preparação não afeta apenas o Fluminense. Os clubes que disputam a Libertadores sofrem mais, jogam o Estadual e a Libertadores. Chega uma hora que todos os jogos se tornam decisivos – argumentou Caetano.

A esperança de o Fluminense disputar o NBB ruiu na última sexta-feira. A derrota para a Tijuca por 81 a 76 sepultou as chances de o time participar da próxima edição do principal campeonato nacional de basquete. O técnico Márcio Vieira tentou explicar o motivo do fracasso.

– A equipe sentiu muito a derrota do dia anterior (para o Macaé) e, com isso, esse jogo foi desgastante. O Facundo (o armador argentino Sucatzky) também estava cansado e o Tijuca fez uma defesa forte em cima dele. Acho que faltou um pouco de qualidade no nosso ataque. Mas a equipe foi briosa e teve identificação com a torcida. Acho que faltou um ajuste aqui, outro ali. Mas não adiantar lamentar. Temos que seguir em frente e trabalhando. O importante é colocar o basquete do Fluminense onde ele merece – disse.

O que aconteceu há 24 anos ficou somente no passado. O técnico do Fluminense, Abel Braga, negou clima de revanche pela eliminação nas quartas da final da Libertadores de 1989. Ever Almeida, goleiro do Olímpia naquele ano e atual treinador, participou do jogo.

– Não existe isso. Agora estou no Fluminense, é outra história, outra forma de disputa. Se fosse atualmente aquele confronto não iria para os pênaltis. Agora existe a regra do gol fora de casa. Por isso minha maior preocupação na primeira partida é não sofrer gols – frisou.