Dispensado pelo Fla, Thiago Silva virou ídolo do Flu
Num dos poucos testes que conseguiu passar antes de ser, enfim, utilizado no modesto Barcelona-RJ, Thiago Silva relembra o período que esteve no Flamengo. Aos 13 anos, viveu uma das grandes decepções.
Aos 13 anos, passou teste no rival do Fluminense, seria utilizado como volante, mas nem sequer treinava.
– Falei para ele que estávamos perdendo tempo ali. Ele virou pra mim e falou: “Por mim nem viria mais”- contou padastro do “Monstro”.
Ídolo do atual campeão brasileiro, Thiago Silva se recusava a desistir:
– Queria continuar, era meu sonho e ninguém poderia tirá-lo.
Thiago Silva viveu na Rússia um dos piores momentos de sua vida. Internado por seis meses para curar de uma tuberculose, revelou as condições desumanas em que foi tratado em Moscou. O ídolo do Fluminense se emocionou ao relembrar o episódio.
– As condições eram precárias. Ficava num quartinho minúsculo, com um banheiro muito pequeno e uma geladeira. A minha cama ficava num cantinho, se eu sentasse nela poderia lavar a minha mão na pia diretamente, de tão pequeno que era. E os meus companheiro naquele momento foram o computador e o videogame. O vaso sanitário era no chão, na verdade não tinha vaso. O mesmo, na verdade aquele buraco que tinha no chão, descia a água do chuveiro quando eu tomava banho. Eu tinha que fazer todas as minhas necessidades ali. Quando eu olho para trás, vejo o quanto sofri para estar aqui hoje. (choro) Não foi fácil para mim – contou.
Thiago Silva hoje é um jogador realizado, milionário, ídolo de torcidas gigantescas como Fluminense e Milan (ITA), mas o início da carreira, como é sabido, foi difícil. A infância sem regalias e a tuberculose contraída na Rússia, quando jogava pelo Dinamo Moscou quase abreviaram sua carreira, salva por um ex-técnico tricolor.
– Eu estava correndo o risco de nunca mais jogar em função de ter fazer a cirurgia, tirar um pedaço do meu pulmão, que não estava curado. Foi onde entrou pessoas muito importantes na minha vida como o Ivo Wortmann – relembrou Thiago.
Wortmann, técnico do Fluminense em 2006 e responsável por levar o Monstro para o Tricolor, era o comandante do Dinamo de Moscou naquela ocasião e conseguiu um especialista em Portugal para curar o jogador.
– Ele estava em tratamento. Estava todo inchado, muito inchado mesmo. O médico me chamou e falou que não era pra contar com ele porque estava inutilizado no futebol. Aquilo me impressionou, mas eu não acreditei – contou o técnico.
Thiago Silva tem dívida de gratidão eterna com Ivo:
– Lembro dele sempre em minhas orações. Foi um cara especial. Não sei o porquê que ele foi parar no mesmo time que eu, na Rússia, depois de ter me treinado no Juventude. Foi um anjo de minha vida.
Nova chance para Samuel brilhar neste domingo. Titular do ataque tricolor novamente, o reserva de Fred tenta substituir a altura o jogador da seleção brasileira e conta como pretende fazê-lo.
– Trabalho para tentar substituir o Fred ao nível dele. Muita gente não consegue, porque é um cara espetacular. É fazer meus golzinhos, dá passe, trombar lá na frente, não ter bola perdida para tentar suprir a ausência que ele faz aí.
Ídolo do Fluminense, Thiago Silva, novamente, falou sobre o retorno ao Fluminense. Em entrevista ao site Globoesporte.com, prometeu voltar ao clube do coração.
– Podemos dizer que sim. Meu sonho é encerrar com a camisa do Fluminense. Se o recomeço da minha carreira foi ali, o final será ali também – disse o melhor zagueiro do planeta.
Através de seu twitter, o jornalista Wellington Campos, da Rádio Bradesco, informou que Sandro Lima continua como vice-presidente de futebol do Fluminense. O dirigente negou que haverá mudanças drásticas no departamento de futebol do clube e que irá entregar o cargo.
Rodrigo Caetano diz que grupo é forte para disputar o Brasileiro
Para minimizar a chateação pela saída prematura da Copa Libertadores, o Fluminense precisa vencer o Criciúma neste domingo. O diretor-executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, espera que o time corresponda com uma convincente vitória e pede um voto de confiança ao elenco.
– É sinalizar para o torcedor quanto estamos fortes no Brasileiro e isso sóse ocnsegue com uma sequencia de vitórias. Dos cinco jogos que teremos até a parada, vencemos o primeiro. Colocar em dúvida a qualidade desse elenco é um pouco demais.
O Fluminense fará um período de treinos nos Estados Unidos sem seus principais jogadores. Ricardo Berna viajará como o titular do gol tricolor e parabeniza a diretoria e patrocinador pela internacionalização da marca.
– É bacana. Quando cheguei, em 2005, o clube estava em um processo de profissionalização do futebol. Os dirigentes abordaram na época que a intenção não só do clube, mas também do patrocinador, um parceiro de tantos anos, era de internacionalizar o nome Fluminense. Para isso, esta viagem para os Estados Unidos será fundamental. Iniciativas como esta são ótimas. Com certeza surtirá um grande efeito – afirmou.
