A diretoria do Fluminense acertou as contratações do zagueiro Wendel e do meia Matheus Leiria, do São José-RS. Ambos com 18 anos, eles reforçarão a base do Time de Guerreiros. O compromisso dos dois terá duração até 2014. Os reforços foram observados e aprovados pelo gerente de futebol Marcelo Teixeira.
Em abril, outro jogador do próprio São José, o volante Marlon, considerado uma das revelações do clube, também foi contratado.
O primeiro jogo-treino do Fluminense nos Estados Unidos foi aprovado por Abel Braga. O treinador avaliou a goleada sobre o sub-23 do Orlando City por 7 a 1 e brincou com o fato de o elenco contar com muitos jovens da base.
– Foi bom. Só tivemos dois dias de treino, viemos de uma paradinha de alguns dias. Tivemos a viagem, o calor que atrapalham um pouco, mas foi dentro do esperado. A primeira equipe trabalhou muito bem a bola para cansar o adversário, fez o gols. A mesma coisa aconteceu com a segunda equipe. Para primeiro treino foi bom. A segunda equipe parece até escola maternal, muitos meninos. Mas é legal, pega experiência com os mais velhos. Isso ajuda muito na formação – disse.
Enquanto os titulares do Fluminense fizeram 3 a 0 na equipe sub-23 do Orlando City (EUA) em jogo-treino, os reservas ampliaram o marcador no segundo tempo. O placar final foi 7 a 1 para o Tricolor. A atividade, realizada na tarde de terça-feira, contou com a participação de todo o elenco.
A garotada tricolor goleou o time norte-americano por 4 a 1, com dois gols de Biro-Biro, um de Eduardo e outro de Zé Lucas. Nick Wilson descontou para o Orlando.
O Flu atuou com: Kléver; Luquinha (Zé Lucas), Elivélton, Leandro Euzébio e Monzón; Marlon, Fábio (Edinho) Felipe e Eduardo; Biro Biro e Michael
Cadeirante desde 2007, quando perdeu parte das duas pernas por conta da diabetes, Eli Tricolor é um daqueles torcedores apaixonados. A deficiência não o impede de estar perto do clube que ama e do jogador que idolatra: Fred.
Eli é fanático pelo camisa 9 do Fluminense. Morador de Senadora Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro, não esconde o carinho pelo atacante. Toda as vezes que fala no ídolo os olhos ficam marejados.
– Eu era um cara ativo até perder a perna. As três coisas que mais amo na vida começam com F: Fluminense, Família e Fred. Ele entrou na minha vida para não sair mais, devolveu minha auto-estima. É um sacrifício ir a Laranjeiras, mas me faz bem, eu gosto – disse “tio Eli”, como é chamado pelo artilheiro, que também exalta a força que recebe do torcedor, atualmente um amigo pessoal:
– Até quando não vou muito bem ele me dá umamoralzinha. Os gestos simples, um abraço, um beijo, uma mensagem, mexem bastante comigo – disse o camisa 9.
A família de Eli também exalta Fred. Para Gilsa, mulher do torcedor, Fred mudou a vida dele para melhor:
– O Fred é um menino muito do bem e atencioso. Ele mudou a vida do Eli – afirmou Eli, na torcida pelo centroavante com a camisa amarela:
– Na Seleção eu só vejo o Fred, só viso ele. Eu xingo o Neymar toda hora. Você viu aquela bola no último jogo que ele não passou pro Fred? O Fred estava dentro da área, pediu e ele não deu – corneta o tricolor.
Cerca de 50 pessoas assistiram ao jogo-treino do Fluminense contra o sub-23 do Orlando City. Embora frustradas pela ausência de Fred, único jogador que conhecem, se entusiasmaram com o futebol apresentado pelo atual campeão brasileiro. Titulares e reservas do Tricolor golearam o Orlando por 7 a 1.
Os comentários variavam: “Alguém sabe o nome do camisa 23?”, “Realmente os brasileiros são mais habilidosos”, “Olha a batida na bola. Temos muito o que aprender”… Mas a frase em comum era uma só: “Onde está o Fred?”.
– É muito legal ver o Fluminense. Servem como fonte de inspiração. Acho futebol muito legal e sonho em fazer isso o resto da vida. Mas sinto a falta do Fred. É o único que eu conheço – disse Kurt, de nove anos.
Seu irmão, um pouco mais tímido, também queria ver o artilheiro tricolor.
– A gente já viu alguns lances dele pela internet, mas infelizmente ele está com a seleção – disse Mark, de seis anos.
Ricardo Berna, Anderson, Edinho, Deco e Felipe terão seus contratos encerrados em dezembro deste ano. O quinteto ainda não foi procurado pela diretoria do Fluminense, que definiu como prioridade quitar os impostos correntes e pagar os salários dos funcionários que recebem menos. O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, espera que os atletas tenham paciência.
– Renovamos alguns contratos recentemente (Samuel e Digão), mas temos até o final do ano para conversar com os jogadores. Vamos sentar para conversar caso a caso. Temos interesse na permanência dos jogadores e contamos também com a vontade deles em seguir defendendo o Fluminense – afirmou o dirigente.
A partir de 1º de julho, conforme estabelece a Lei Pelé, os jogadores poderão assinar um pré-contrato com qualquer outro clube sem que o Fluminense receba nenhuma compensação financeira.
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em pé de guerra com o Fluminense, lança nota nesta quarta-feira afirmando que a culpa pelo prejuízo na bilheteria dos jogos do clube do Estadual é do próprio clube. Para provar, exibirá que todos os jogos do Tricolor no Brasileiro – três em casa e dois fora – também fecharam o borderô no vermelho.
Na terça-feira, o superintendente geral do Fluminense, JacksonVasconcellos, criticou a Ferj.
Um dos líderes do Fluminense dentro de campo, o zagueiro Gum falou sobre a campanha do Fluminense até a parada do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa das Confederações. Segundo ele, os atletas tricolores estão cientes de que poderiam estar num situação melhor dentro da tabela de classificação.
– Tem duas avaliações. Pelo que a equipe apresentou, pelos jogos que fez, tanto em casa como fora, ficamos chateados. Sabemos que poderíamos estar numa posição acima na tabela – avaliou
O Fluminense terá o time completo no retorno das atividades, no cenário nacional, após a Copa das Confederações. Entretanto, os atletas recém saídos do departamento médico, como Deco, Anderson, Marcos Junior e Valencia deverão passar por treinos específicos, como já vem acontecendo com os dois primeiros. A ideia é ter os atletas em forma na volta da competição mais importante do país.
– Aqueles jogadores que estão voltando de departamento médico, que tiveram longo tempo de inatividade, vamos fazer com que encontrem um nível adequado, para quando voltarmos ao Rio eles já tenham condições de treinar com bola e com o grupo – disse.
