Grande estrela do Fluminense, Fred passou em branco nesta noite, na partida diante do Botafogo, na Arena Pernambuco. Ao ser questionado, no fim da partida, que terminou em 1 a 0 para o Alvinegro, acerca do desempenho do clube das Laranjeiras, o atacante ressaltou que faltou ao Flu atuar mais pelas pontas.
– Tentamos trabalhar a bola, com paciência, tentamos muito pelo meio, acho que se buscássemos mais o jogo pelos lados, teríamos mais chances de gol – lamentou.
Conhecido por não poupar palavras quando é questionado sobre qualquer tema, o técnico tricolor, Abel Braga, analisou o fato de equipes do Rio serem “obrigadas” a mandar jogos fora de seus estados de origem. Apontando prós e contra, o comandante do Flu salientou que o Vasco é o carioca que menos sofre com a falta do Maracanã e do Engenhão.
– Tem dois lados. Um é que você pode proporcionar ao torcedor local assistir in loco um clássico carioca. O outro é totalmente ruim porque você não joga na sua casa. Os times do Rio hoje não têm casa, com exceção do Vasco – destacou.
A opção do Botafogo em mandar a partida diante do Fluminense no Recife não foi de agrado geral. Antes mesmo do duelo começar, o gerente de arenas do Time de Guerreiros, Carlos Eduardo Moura, criticou a escolha do Alvinegro, ressaltando que os prejuízos seriam pagos apenas pela equipe de General Severiano. O comentário foi feito através de sua conta pessoal, no Twitter.
Saiu da área e procurou as tabelas. Porém, não finalizou nem uma bola sequer.
Abel Braga – Nota: 3,5
Só mexeu na equipe quando foi obrigado pela contusão de Rhayner e após sofrer o gol. Omissão custou caro. Poderia ter mandado o Fluminense para a frente no momento em que dominava a partida.
Com interferência da arbitragem, o Fluminense acabou sendo derrotado, neste domingo, pelo Botafogo, na Arena Pernambuco. Entretanto, não foram apenas os atletas que chamaram a atenção. Por volta dos 30 minutos do segundo, um torcedor vestindo a camisa do Flu invadiu o campo e foi tietar Fred. Embora estivesse vestindo a camisa verde, branca e grená, a ação pode render punição ao Alvinegro, que era o mandante da partida.
– Vamos pegar o B.O para o Botafogo não ser penalizado, apesar de a invasão ter sido feita pelo torcedor do Fluminense – afirmou Marcelo Vieira, representante da Ferj que estava no estádio.
Uma cena diferente chamou a atenção no clássico deste domingo, entre Botafogo e Fluminense, na Arena Pernambuco. Por volta dos 30 minutos do segundo tempo, um fã do Time de Guerreiros pulou o muro que separa as cadeiras do gramado e correu até a direção de Fred. Ao encontrar com o atacante, o torcedor, portando um celular, tirou uma foto e beijou os pés do atleta.
O mais interessante do ocorrido foi que o fã aloprado voltou tranquilamente para as cadeiras, sem ser importunado pela segurança do estádio.
Técnicamente, o Clássico Vovô não foi um grande jogo, mas, na partida disputada na Arena Pernambuco, neste domingo, o Fluminense terá muitos motivos para lamentar uma derrota diante de um adversário inferior. Fora o pênalti em Rafael Sobis ignorado pelo árbitro, Diego Cavalieri ainda falhou em chute de longe de Seedorf e o Botafogo venceu por 1 a 0. Com o resultado, o Tricolor segue com nove pontos na quarta colocação do Campeonato Brasileiro. O rival lidera com 13.
Desde o início da partida, o Fluminense, mesmo sem ser brilhante, foi superior ao Botafogo. Com boa movimentação pelos lados de campo e os avanços de Jean, era o Tricolor quem aparecia com maior perigo na frente.
O Time de Guerreiros ficou perto de abrir o marcador em algumas oportunidades, mas parou nas mãos de Jefferson, que pegou bem cabeçada de Sobis e um chute de fora da área de Bruno. O lateral-direito, por sinal, fez um bom primeiro tempo e sempre deu opção pelo seu setor de campo, buscando tabelas com o veloz Rhayner. Gum foi outro a ameaçar ao cabecear, após cobrança de falta da entrada da área, bola por cima do gol rival.
Já o ídolo da companhia, Fred, saiu muito da área e também buscou o jogo. Faltou a ele, no entanto, aparecer em melhores condições de botar para dentro.
Do lado adversário, o Botafogo foi um time para lá de burocrático em toda a primeira etapa. Seedorf, sozinho, não conseguia criar boas jogadas e Rafael Marques, isolado na frente, era incapaz de incomodar os defensores do Flu. Reflexo desse marasmo rival é que antes do intervalo Diego Cavalieri defendeu apenas uma bola e sem muito trabalho em chute de longe de Vitinho.
Veio o segundo tempo e o ritmo da partida caiu muito. O Fluminense não conseguiu manter a volupia da etapa inicial e o Botafogo seguia modorrento. Ainda assim, o Tricolor poderia ter chegado à vantagem caso o árbitro Wagner Nascimento Magalhães não ignorasse pênalti claríssimo de Jefferson em Rafael Sobis, que o driblara e ia em direção ao gol.
Sobis ainda voltaria a ameaçar pouco antes do apito final em chute por cima. Para piorar, o empate que já era para ser lamentado, acabou virando derrota quando Seedorf chutou muito de longe e Diego Cavalieri aceitou. Resultado: Botafogo 1 a 0 e, mais uma vez, o Fluminense perde um jogo no qual dominou, mesmo que sem brilhantismo, seu adversário no Brasileiro (antes foram Coritiba e Portuguesa).
A expectativa de um grande público para Fluminense x Botafogo na Arena Pernambuco acabou caindo por terra. Com muitos espaços vazios no estádio, a tendência é que algo em torno de 10 mil pessoas tenham comparecido ao duelo.
Vale lembrar que a opção pelo Recife se deve ao fato dos estádios do Rio de Janeiro, como o Maracanã e o Engenhão, estarem indisponíveis no momento.
Daqui a pouco, o duelo entre Fluminense e Botafogo, na Arena Pernambuco, poderá definir o novo líder do Campeonato Brasileiro. A partida, que acontecerá na Arena Pernambuco, já que os principais estádios do Rio não estão disponíveis, apesar do pouco apelo local, frustrando os organizadores, chama a atenção pela presença de pessoas trajando camisas de outras equipes. Apesar disto, o clima é de total harmonia, tanto que torcedores de Vasco e Flamengo também irão acompanhar o “Clássico Vovô” vestindo as cores de suas equipes (ver foto).
– Estamos aqui pelo jogo. Não importa se torcemos por outro clube. Viemos com as camisas, para mostrar que não torcemos por eles – pontuou, Adauto, torcedor do Vasco.