Por enquanto, o Fluminense continua sem técnico para a partida da próxima quarta-feira, diante do Cruzeiro, no Maracanã. Nome preferido pela diretoria tricolor, Ney Franco teria recusado a primeira oferta do clube, o que não inviabiliza a sua contratação.
Segundo o jornalista da Rádio Tupi, Wilson Pimentel, o treinador estaria empolgado com a chance de voltar a dirigir um clube do Rio de Janeiro. Por conta disto, o Flu pode enviar uma nova proposta para Ney, em breve.
O Fluminense tem se movimentado bastante na busca por um nome que substituirá Abel Braga. As opções de mercado são variadas, assim como as opiniões dentro do clube. Neste contexto, uma figura, que não vinha sendo especulada, apareceu, por indicação de empresário: o técnico vice-campeão da Libertadores desta temporada, Ever Hugo Almeida. Entretanto, como explica o repórter da Rádio Tupi, Wilson Pimentel, o presidente da Unimed, Celso Barros, teria vetado a chance de contratação de um treinador estrangeiro.
Um dos atletas mais criticados do Fluminense na atual temporada, o meia Deco, que não vem apresentando o mesmo ritmo de temporadas anteriores, fez uma autocrítica. Ele ainda destacou que o Tricolor é um grupo, portanto, todos têm parcela de responsabilidade, seja nos bons ou nos maus momentos.
– Quando as coisas não vão bem, é muito simples a gente querer achar os culpados. Eu sou parte do problema e do sucesso. Tanto o treinador, como qualquer jogador do time.
Uma das maiores polêmicas envolvendo as reformas do Maracanã, a mudança da rede do estádio, chamada “véu de noiva”, para o padrão Fifa, retangular, pode voltar a cena. Isso porque a concessionária que administra o estádio estuda voltar ao modelo antigo. Para que isso seja feito, as traves deverão ter um formato diferente. As antigas tinham uma haste nos cantos superiores, de aproximadamente 40 cm, que apoiava a rede e fazia com que ela caísse na diagonal e estufasse na hora do gol.
Se tudo acontecer dentro do planejado, as redes já serão utilizadas a partir do mês de agosto.
A saída do técnico Abel Braga não mexeu apenas com os torcedores que são fãs do trabalho do atleta. Conhecido pela transparência com a qual sempre tratou seus comandados, o treinador se despediu de seus jogadores. E o clima foi de tristeza e agradecimento.
Confira:
Não é mistério para ninguém que o contrato assinado entre o técnico Abel Braga e a Unimed, válido até o mês de dezembro, não tinha multa rescisória. Entretanto, como explica o portal globoesporte.com, o compromisso do treinador com o Fluminense, assinado por tempo indeterminado (em regime de CLT – Consolidação das Leis do Trabalho), é mais um problema para o clube. Somando dois meses de salários devidos, FGTS não recolhido e direitos de imagem também atrasados, o Tricolor precisará desembolsar cerca de R$ 2,05 milhões pela demissão de toda a comissão técnica formada, além de Abel, pelo auxiliar técnico Leomir, os preparadores físicos Cristiano Nunes e Marcelo Chirol, o preparador de goleiros Marquinhos e o observador Fábio Moreno.
– Pagamos muitas dívidas nos últimos meses. Estamos esperando a reinclusão na Timemania. O que não tivermos condições de pagar ao Abel agora a gente parcela de forma a retomar o projeto de sempre cumprir as obrigações. Fomos retardados nessa iniciativa por causa de uma ação ilegal e uma perseguição injusta (da Procuradoria Geral da Fazenda do Rio) a um clube que quer pagar suas dívidas. Esse percalço não vai nos impedir de colocar tudo em dia em breve – explicou Peter Siemsen, ressaltando que não existe multa para o treinador, além de falar sobre as dívidas já quitadas pelo clube.
– Não existe (multa). Ele (Abel Braga) tem contrato CLT por tempo indeterminado. Não é mais uma dívida do clube. Vivemos um ano complicado com uma situação ilegal e injusta da Procuradoria. Foi uma maneira errada de punir quem é honesto e no Brasil as vezes é crime ser honesto, fomos punidos. Trabalhamos duro para conseguir isso e pagamos mais de R$ 75 milhões em dívidas – concluiu.
Se dentro de campo as escolhas de Abel Braga eram contestadas por parte da torcida, fora dele o discurso é quase unânime: o treinador possui caráter ímpar. Inconformado com a crise de resultados que vive o Tricolor, o técnico ressaltou que não deixou o clube porque quis.
– Não estou deixando o Fluminense, fui demitido. Eu não deixaria um grupo fantástico como esse. Não poderia largar num momento em que o clube não está vencendo. Vou ser muito breve porque já me emocionei na despedida dos jogadores. Hoje eu vi que era muito mais querido por esse grupo do que eu pensava. Estou deixando o clube como o terceiro treinador que mais dirigiu a equipe, mas deixo um pedaço meu aqui – frisou.
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Clima de adeus e saudosismo antecipado. Assim foi a despedida do técnico Abel Braga do comando do Fluminense, nesta segunda-feira. Visivelmente emocionado, o treinador salientou que não deixará de lembrar com carinho do Tricolor, bem como da relação próxima e sincera que manteve com os jogadores.
– Vou ser muito breve porque já me emocionei ao me despedir dos jogadores. Às vezes o convívio diário faz com que você não perceba determinadas situações. Hoje, acredito que sou mais querido por esse grupo do que pensava. É bom que saibam todos, estou deixando esse clube como terceiro treinador que mais dirigiu a equipe, mas deixo um pedaço aqui dentro.
