Um imbróglio foi criado para o jogo entre Fluminense e Vasco, no próximo domingo, no Maracanã. O adversário quer ficar no lado que, em contrato, pertence à torcida tricolor alegando falta de segurança. Mas, o presidente Peter Siemsen afirmou que isso não acontecerá. E o mandatário, inclusive, dará uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, às 14h, para falar sobre a operação do clássico.
A confirmação da entrevista coletiva foi feita pelo Twitter oficial do Fluminense:
Fabián Monzón ficou apenas sete meses e disputou sete partidas no Fluminense. Depois de voltar à Europa, o lateral-esquerdo foi negociado pelo Lyon, da França, com o Catania, da Itália. E, de acordo com o site Globoesporte.com, as razões para o argentino deixar o Tricolor foram, principalmente, o desejo de ser titular e uma crise em seu casamento.
Monzón está se separando da esposa e vive dias difíceis com o risco de perder a guarda de seus filhos. Fora isso, dos dez jogos com a camisa tricolor, apenas cinco foram como titular e em função de Carlinhos ter sido poupado.
Com a permanência de Carlinhos, antes na mira do Galatasaray, da Turquia, as possibilidades de Monzón ser titular a curto prazo ficaram muito reduzidas e sua saída tornou-se ainda mais fácil. Sem o argentino, o Fluminense ainda ganhou um alívio de cerca de R$ 100 mil em sua folha salarial.
A equipe sub-20 do Fluminense vai participar de mais uma competição internacional. Entre os dias 26 e 29 de julho, o Tricolor disputará a Finanzgruppe Cup, na Alemanha.
O Fluminense está no Grupo B do torneio e terá como adversários o Manchester City, da Inglaterra, no dia 26, o Borussia Monchengladbach, da Alemanha, no dia 27, e o Zurich FC, da Suíça, no dia 28.
Já o Grupo A será composto por Freiburg, da Alemanha, Benfica, de Portugal, Cruz Azul, do México, e Schalke 04, da Alemanha.
Os dois primeiros de cada chave se classificação para as semifinais.
O Fluminense assinou com o consórcio que administra o Maracanã por 35 anos. Mas existe a possibilidade de rescisão. Peter Siemsen explicou como seria um hipotético rompimento de compromisso. De acordo com o presidente tricolor, há uma multa proporcional ao tempo cumprido no acordo.
– As cláusulas de rescisão são proporcionais ao tempo cumprido no contrato e até se o clube conseguir algo em seu benefício, como é o caso da construção de um estádio. Se o Fluminense encontrar possibilidade de construir um estádio próprio, com um terreno cedido, um parceiro para a construção e o contrato for muito bom, com poucos custos, poderemos indenizar o consórcio. Mas tudo isso dentro de um valor proporcional – disse.
O Fluminense emprestou o jovem zagueiro Cassiano Santana para o Joinville. Aos 19 anos, o jogador da base tricolor ficará no clube catarinense até maio de 2014.
Cassiano chegou ao Fluminense em janeiro do ano passado após se destacar pelo Rondonópolis, de Mato Grosso. Ele tem contrato com o Tricolor até fevereiro de 2015.
Acusando Peter Siemsen de centralizar o poder no Fluminense e insatisfeito com o acordo feito pelo Maracanã não ter sido debatido pelos poderes no clube, José Ademar Arrais renunciou recentemente ao posto de vice-presidente de planejamento estratégico. Por sua vez, o mandatário tricolor rebateu as acusações.
– Durante a negociação, demos conhecimento ao Conselho Diretor, ouvindo opiniões diversas de cada passo do processo. O Sr. Arrais esteve presente em todas as reuniões e foi um dos poucos vices que não expressou opinião. Ainda houve um segundo momento em que ele teve conhecimento do exato teor do contrato, em reunião com o Ideal Tricolor, na qual o presidente compareceu – disse Peter Siemsen através da assessoria de imprensa do clube.
Peter também criticou a omissão do antigo cartola tricolor no que diz respeito à condução do acerto pelo Maracanã, como não ter participado de um ciclo de palestras no clube no início de 2012.
– Na ocasião foram apresentadas diversas sugestões para organização do clube e o vice-presidente não só não apresentou nenhum relatório, como não apresentou nenhuma recomendação sobre as sugestões que foram feitas. No passo seguinte, o presidente solicitou, ouvindo o departamento de Esportes Olímpicos, que ele apresentasse sugestões para a reorganização da área. Oferecemos todo apoio para a realização e não ouve iniciativa. Esta aí a comprovação de que não há centralização. Ele renunciou depois de muito tempo no cargo e sem dizer a que veio – afirmou.
Depois de várias reuniões entre a Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (FTORJ), o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), a Suderj e o consórcio que administra o Maracanã, o acordo para a liberação da entrada de instrumentos musicais, bandeiras com mastro e faixas no estádio será assinado. Os objetos já poderão estar presentes no clássico do próximo domingo, entre Fluminense e Vasco.
Membros da FTORJ haviam se encontrado com a Suderj na última segunda e formalizaram o pedido para a liberação. Tal requisição foi feita com base no que já acontecia em partidas no Engenháo e em cima do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pelas organizadas com o Ministério Público em 2011. Isso foi levado ao consórcio que administra o Maracanã e, com o acordo feito, a assinatura sai nesta quinta.
O Espanyol deseja a contratação de Samuel e já deu um ultimato ao Fluminense. Se a negociação não for fechada até quinta-feira, os espanhóis desistem do atacante.
Entre jogador e o clube catalão, as bases salariais já estão acertadas. O entrave para o desfecho é que o Tricolor não deseja liberar o atacante, agora reserva imediato de Fred, antes do fim do ano.
Nesta quarta, uma reunião entre o Fluminense e o empresário de Samuel, Gérson Oldemburg, que chegará ao Rio de Janeiro, pode dar fim ao impasse. Por se tratar de um grande centro europeu, o atacante já acenou em aceitar a proposta.
Os valores até agradam ao Tricolor. O clube ficaria com R$ 5,5 milhões pela venda. O agente teria direito a R$ 4,5 milhões e a Unimed levaria R$ 1 milhão.
Uma das maiores reclamações da torcida tricolor em relação ao acordo assinado pelo Time de Guerreiros com o consórcio do Maracanã era o que o clube faturaria. Antevendo à possibilidade de que um rival conseguisse um acordo mais interessante, o Fluminense incluiu uma cláusula especial, caso outra equipe fizesse um contrato mais vantajoso, como explica o jornalista Caio Barbosa.
Vale lembrar que, enquanto o Time de Guerreiros tem direito ao que for arrecadado dentro 43 mil ingressos das cadeiras atrás dos gols, o Fla, que assinou por seis meses, terá direito a 50% de tudo o que for faturado pelo Maracanã em suas partidas, incluindo camarotes e consumo de alimentos.
