A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro divulgou o esquema de segurança para Fluminense x Vasco. Serão 250 policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) na parte interna.

Na área externa haverá apoio de 400 PMs do 4º BPM (São Cristóvão), do Batalhão de Choque, de Ações com Cães e do Regimento de Polícia Montada.

Virgílio Elísio, diretor de competições da CBF se mostrou surpreso com a atitude do Vasco. O clube de regatas solicitou apenas 10% da carga total de ingressos para o clássico com o Fluminense neste domingo, no Maracanã.

– Sinceramente, ainda não sei se isso é viável. É um caso inédito. Não lembro de pedirem essa troca na divisão em outra oportunidade. Vou esperar o ofício para ver que decisão tomar – disse o dirigente.

Até a noite de quarta-feira, 12 mil ingressos foram vendidos antecipadamente para Fluminense x Vasco. Deste montante, 75% das entradas foram adquiridas por tricolores, ou seja, 9 mil bilhetes.

Na bilheteria das Laranjeiras, que vende entradas apenas para os setores destinados aos torcedores do Fluminense, filas se formaram durante todo o dia. Dentro do clube, o guichê destinado aos sócios também foi muito concorrido. Já o Salão Nobre abrigou a retirada de ingressos reservados por sócios e sócios-torcedores do clube.

Cada torcedor poderá comprar até três bilhetes, seja pela internet (futebolcard.com) ou nos pontos de venda.

Conforme revelou o vice de patrimônio do Vasco, apenas seis mil cruzmaltinos são esperados no Maracanã.

O vice-presidente de patrimônio do Vasco, Manuel Barbosa, admitiu que o clube só pediu 10% da carga total de ingressos para o clássico com o Fluminense. Desta forma, dos 60 mil bilhetes colocados à venda, apenas 6 mil serão endereçados para os cruzmaltinos.

– Já consideramos a operação do clássico como 90% dos ingressos para o Fluminense e 10% para o Vasco. Protocolamos um documento oficial e que já foi passado para a CBF. Nossa torcida nem sequer vai comprar quatro mil ingressos. No segundo turno será dessa forma. O Vasco apenas cumpre o regulamento – afirmou Manuel.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, reclama da perda do acesso pelo lado direito do Maracanã e lembra que cedeu São Januário para o Fluminense. Além de a declaração do dirigente não corresponder com a verdade – O Tricolor pagou para jogar no estádio cruzmaltino – a história mostra que o rival possui uma dívida eterna de gratidão com o atual campeão brasileiro.

O Vasco só pôde disputar o Campeonato Carioca de 1923 – primeiro título conquistado na história do clube – porque o Fluminense cedeu o Estádio de Laranjeiras para que o clube, então sem estádio, pudesse atuar lá. E foi assim até que São Januário fosse inaugurado, em 1927. A pesquisa é do blog “Jornalheiros”.

Em 1923, em Laranjeiras, o Vasco realizou sua primeira partida internacional (1 a 1 contra o time reserva do Universal, do Uruguai). Em 1929, o Vasco sagrou-se campeão carioca em Laranjeiras, numa melhor-de-três contra o America. Em 1937, em Laranjeiras, o Vasco aplicou a segunda maior goleada de sua história (12 a 0 sobre o Andaraí).

O livro “O negro no futebol brasileiro” (Mario Filho) não deixa dúvidas, em alguns trechos:

– “O Vasco não era outra coisa. Um clube com um campinho na Rua Morais e Silva, que não servia nem para os jogos da primeira divisão. E o Fluminense já com outro estádio (…). Eles tinham tudo, o Vasco nada, só o campinho da Rua Morais e Silva quase abandonado, um dormitório.” (pág. 121).

– “E, depois, havia a história do campo, o Vasco tendo de jogar no estádio do Fluminense.” (pág. 140).

A possível negociação de Samuel para o Espanyol, de Barcelona, segue em compasso de espera. Com a proposta do clube espanhol em mãos, o empresário do atacante, Gerson Oldenburg, repassou à diretoria do Fluminense. No entanto, segundo o agente, a vontade no Tricolor é de manter o jogador.

– Eles têm a vontade de continuar com o jogador, mas vamos analisar a proposta – comentou.

Samuel é o reserva imediato de Fred na equipe tricolor.

A briga política entre Fluminense e Vasco, bem como a fase do rival é deixada de lado pelos jogadores tricolores. Gum prefere pensar apenas nos noventa minutos.

– Nós não estamos pensando no que está acontecendo com o Vasco. Temos que pensar na nossa equipe, pois temos convicção de que esse clássico será muito equilibrado e que vai ser decidido nos detalhes. O momento deles em nada vai interferir, pois se trata de um clássico e nenhum time pensa em perder. Estamos prontos para um jogo muito complicado – disse o zagueiro.