Um grupo de 50 manifestantes ocupa nesta quarta-feira a portaria do prédio da Odebrecht, sócia majoritária do Consórcio que administra o Maracanã. Com tambores e bandeiras, populares pedem que a empresa desista de administrar o palco da final da Copa e devolva ao Estado.
Os ativistas reivindicam que o presidente da Maracanã S/A, João Borba, receba pessoalmente uma carta de intenções escrita por integrantes do movimento.
No documento, os ativistas pedem que a concessionária desista da concessão do estádio. Segundo eles, os planos da empresa para a arena e o seu entorno não favorece o uso público do Maracanã nem a presença de pessoas mais pobres nos eventos no estádio.
Adversário do Fluminense na noite desta quarta-feira, no Maracanã, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Goiás chega com respeito. Pelo menos nas palavras de seu técnico. Enderson Moreira, ex-treinador interino tricolor, vê o clube da Laranjeiras como um dos gigantes do futebol nacional, mas rechaça chegar ao Rio de Janeiro unicamente para se defender.
– O Fluminense é um dos gigantes do futebol brasileiro, pelo seu investimento e qualidade de seus jogadores, mas não vamos para lá somente nos defender. Um bom resultado é muito importante para nossa sequência – disse.
Técnico do Fluminense, Vanderlei Luxemburgo não joga a toalha no Brasileiro. Confiante até mesmo no título, entende que a equipe reúne condições para, pelo menos, brigar entre os quatro primeiros e pediu comprometimento aos jogadores.
– Temos totais condições de chegar lá. O Fluminense está num momento ruim. Está, é só olhar a tabela. Mas acho que temos totais condições de conqusitar uma vaga. O Fluminense tem que retomar de novo a caminhada dos títulos. Essa é uma realidade que os jogadores têm que entender – afirmou o treinador.
Enderson Moreira trabalhou com grande parte dos jogadores que compõe o elenco do Fluminense. Treinador da equipe carioca em 2011, o comandante do Goiás promete que seu time jogará nesta quarta, no Maracanã, em busca de, pelo menos, um gol.
– É difícil falar sobre igualdade. Evidente que o Fluminense é um dos gigantes hoje pelo investimento que faz e pela qualidade dos jogadores que tem. Mas nossa ideia é fazer um jogo bom lá. Não vamos para simplesmente nos defender. Vamos para tentar jogar e buscar o gol. Se conseguirmos um bom resultado, será muito importante para nós na sequência.
A maratona de jogos pela qual todos os times brasileiros passam ligou o alerta no Fluminense. Antônio Mello procurou implementar um trabalho mais leve, descontraído num momento de muito desgaste na temporada.
– Existe um desgaste forte pelo qual os jogadores estão passando. São muitos jogos. Nesta temporada, existe a possibilidade de um clube disputar quase 80 partidas. É demais. Fora que todas são decisivas. Não existe mais aquele papo de cumprir tabela. E quando isso acontece a fadiga se torna maior – explicou o preparador físico do Fluminense.
O Fluminense cansou de esperar. O presidente Peter Siemsen afirmou que irá à justiça buscar os direitos do clube, já que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional não auxilia o clube no parcelamento do pagamento das dívidas, em detrimento de outros como o rival Flamengo.
O Tricolor propôs à Fazenda o pagamento de R$ 1,127 milhão mensal de sua dívida tributária de R$ 32,2 milhões. A proposta foi rejeitada e, assim, o clube teve penhorado o valor referente à venda de Wellington Nem para o Shaktar, algo em torno de R$ 25 milhões, e outros negócios.
Em seguida, o atual campeão brasileiro foi excluído da Timemania e seu passivo saltou para R$ 105 milhões, causando um efeito bola de neve.
O estopim foi a nota publicada pela Advogacia-Geral da União informando que o Fluminense não fez proposta forma de acordo da dívida com a AGU ou com o Ministério da Fazenda. Irritado, Peter promete ir às últimas consequências.
Importante lembrar que o Flamengo, em fevereiro deste ano, conseguiu parcelar sua dívida tributária de R$ 394 milhões em parcelas de R$ 500 mil por mês. O valor do prestação se eleva gradativamente até agosto de 2016, quando o clube terá quitado seus dividendos. O acordo propiciou ao Rubro-Negro a Certidão Negativa de Débito que faltava para acertar patrocínio com a Caixa Econômica Federal.
Desde que chegou ao Fluminense, Antônio Mello tem inovado nos aquecimentos. Briga de galo, corredor para lançar jogadores no alto, corrida de trenzinho…O preparador físico explica que o elenco precisa de uma chacoalhada, pois via desânimo entre os atletas.
– Todos estavam bem treinados, apesar do desgaste pelos jogos em sequência. Mas havia uma certa morosidade na cabeça. Senti que o pessoal não estava tão animado. Então procurei implementar estas brincadeiras lúdicas, para que todos confraternizem e que a gente tenha uma boa atmosfera de trabalho – analisou Mello.
Pioneiro no futebol, o Fluminense é um dos clubes mais tradicionais do Brasil e, fazendo uma comparação com o Goiás, está muito a frente. No confronto geral entre os clubes, porém, reina o equilíbrio. Das 46 partidas disputas, o Tricolor venceu 17, empatou 15 e perdeu 14. Marcou 68 gols e sofreu 72.
Não perdeu para o Esmeraldino nos quatro últimos jogos, é verdade, mas encarou um longo jejum de vitórias diante do time verde entre 1997 e meados de 2005. Neste período, sofreu três goleadas: 6 a 1 em 2003, 4 a 0 e 4 a 1 em 2004.
Da década de 2000 até agora, o Tricolor também obteve resultados expressivos, fazendo 3 a 0 em duas oportunidades: pelo Brasileiro de 2007 e de 2010.