Rodrigo Lasmar, médico da seleção brasileira, admitiu que a lesão muscular de Fred precisa ser bem tratada e é grave. No entanto, não descartou por completo o retorno do capitão do Fluminense aos gramados ainda nesta temporada.
– Foi uma lesão importante. Agora ele fica a cargo do departamento médico do Fluminense. Tudo vai depender de como vai ser a recuperação dele, mas ele ainda tem chance de jogar este ano – afirmou.
Ao constatar estiramento muscular na coxa de Fred, o departamento médico do Fluminense, como de hábito, não divulgou o tempo estimado de recuperação. A lesão do jogador, entretanto, preocupa e o risco de ele não atuar nais na temporada é real. O pessimismo do médico se dá por dois motivos.
O primeiro é o histórico de lesões de Fred. O segundo é que o local lesionado – músculo reto anterior em sua porção proximal justa insercional – é conhecido como “músculo do chute”, e por isso a chance de voltar a incomodar em caso de retorno precoce é grande, já que ele é utilizado nas finalizações.
– Da maneira como ele ficou não acredito que tenha prejudicado. Ele sequer chutou em um lance que recebeu a bola. Mas é um local complicado, já que é o músculo do chute – afirmou o ex-médico do Tricolor, Michael Simoni.
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, evitou comentar sobre o aproveitamento dos jovens por Vanderlei Luxemburgo. O treinador vem utilizando várias jovens em um momento difícil pelo qual passa o time.
– É difícil falar sobre mesclar a equipe. Eu sou à favor, até porque o Fluminense tem um ciclo muito rápido de produção de jogadores em Xerém. Como presidente, fica difícil falar porque o técnico tem muito mais anos de experiência do que eu. Tenho que ficar preocupado em gerir o clube – resumiu.
Com uma grave lesão na coxa direita, Fred corre o risco de não poder mais jogar neste ano. Mas ele conta com o apoio de Carlos Alberto Parreira para superar esse drama. O atacante do Fluminense afirma ser grato ao coordenador técnico da seleção brasileira por ter lhe ajudado em vários momentos e o ter como um amigo.
– Parreira é um cara que me ajudou muito e que eu tenho como amigo também. Eu sou muito grato ao Parreira não só (por estar presente) nos momentos de dificuldade, mas pelos momentos alegres que passamos juntos desde 2006, quando eu era um garoto, até hoje com essa responsabilidade que eu tenho de ser o 9 da seleção brasileira. Ele me ajudou bastante – disse.
O Fluminense está, de fato, muito satisfeito com o contrato assinado por 35 anos para jogar no Maracanã. De acordo com Peter Siemsen, o modelo de gestão é o ideal para o clube e, em apenas quatro jogos disputados no estádio, o Tricolor já conseguiu metade da renda atingida em todo o ano passado.
– Tudo o que a gente quer é regra e transparência, a médio e longo prazo. O Fluminense está muito satisfeito com o modelo atual de contrato. O Fluminense quer se voltar para sua atividade fim e reduzir custo de operação de qualquer coisa. Quando jogávamos no Engenhão, tínhamos prejuízo em uma partida, aí recuperava em outra com renda boa. Sem crítica, mas é uma conta, um planejamento muito mais difícil. Sem custo para jogar, a gente parte sempre do princípio que estamos ganhando. É muito mais fácil para o clube planejar. O Fluminense está bastante satisfeito com o resultado, em quatro jogos, tivemos metade de toda a renda de jogos do ano passado. Eu acredito que esse é o melhor modelo para o Fluminense – disse.
Felipe completou 36 anos nesta segunda-feira e acabou recebendo uma homenagem de pessoas ligadas ao seu ex-clube. No hotel onde Fluminense e Vasco estão concentrados, o apoiador ganhou um bolo de funcionários cruz-maltinos após o jantar. O aniversariante ficou um pouco sem graça com a surpresa, mas sorriu e agradeceu.
Depois da refeição, a maioria dos jogadores havia deixado o local, mas Felipe seguiu por lá conversando com integrantes da delegação do Vasco, quando funcionários do hotel entregaram o bolo.
Na mesa que homenageou o apoiador tricolor, estavam funcionários do Vasco e membros da comissão técnica.
Peter Siemsen reconhece a chateação com a notícia de que Fred, lesionado, desfalcará o Fluminense por um longo tempo, correndo até mesmo o risco de não jogar mais nesta temporada. Ainda assim, destaca total confiança em uma recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro. O presidente não quer saber de desespero e promete muito trabalho para a equipe voltar a brigar pelos títulos.
– Fico triste demais como torcedor com essa notícia (da lesão de Fred). É complicado. Mas eu ainda confio demais nesse elenco. Do fim de 2009 para cá, tivemos um ciclo maravilhoso, com dois títulos brasileiros e disputas de Libertadores. Hoje, a situação não é essa. Mas não temos que nos desesperar. O futebol é assim, ninguém se perpetua no topo. Vamos trabalhar e tentar voltar às disputas – afirmou.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu a data dos julgamentos de Deco e Michael pelos seus casos de doping no Campeonato Carioca. O ex-apoiador e o atacante do Fluminense sentarão no banco dos réus na próxima quinta-feira.
Deco foi pego no exame por conta de um diurético e chegou a ser julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), sendo suspenso por 30 dias, mas recorreu da decisão. Agora, no entanto, ele já está aposentado.
Já Michael foi flagrado pelo uso de cocaína e admitiu o uso da droga. O atacante ainda não havia sido julgado pelo TJD-RJ.
Policiais da 56ª DP (Comendador Soares) prenderam nesta segunda-feira dois suspeitos de assassinar Gabriel Costa, volante da base do Fluminense que está sumido desde maio. Os presos foram Marcelo Dino da Silva, 25, vulgo Astronauta e Douglas Ventura Conceição, 22, o “01”. Ambos foram apresentados na sede da distrital, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. O delegado que cuida do caso, Luiz Henrique Pereira Guimarães, informa que o corpo do jogador teria sido esquartejado e jogado num rio da comunidade Parque São Francisco de Paula.
Segundo o delegado, as investigações apontam que o jogador teria participado de um assalto a carro à época de seu desaparecimento e o levado ao interior da comunidade São Francisco de Paula para comprar cocaína. Tal fato irritou o chefe do tráfico na região, conhecido como Lico. Ele não quer veículos roubados na área para evitar a presença da polícia e, por isso, teria encomendado o assassinato do jogador.
– A ordem partiu do Lico. O criminoso conhecido como Astronauta, que é conhecido pela crueldade ao praticar os crimes, foi quem despiu o corpo do Gabriel e o cortou em pedaços. A camisa e um par de chinelos do jogador foram encontrados próximo ao local do crime, não havendo mais dúvida do que aconteceu – disse.