Passada a vitória diante do Bahia, sábado, no Maracanã, por 1 a 0, é tempo do Fluminense pensar em seu próximo compromisso no Campeonato Brasileiro: o Atlético-PR. E o preparo do adversário impressiona Vanderlei Luxemburgo. O técnico destaca o tempo de preparação do Furacão e o físico adquirido pela equipe, mas avisa que o Tricolor vai ao Durival Britto na próxima quarta-feira para jogar bola e não ficar apenas se defendendo.
– Foram quase quatro meses de preparação e pré-temporada. Fizeram excursões e ganharam um lastro físico impressionante. Eles estão passando por cima no físico. A base que foi criada durante este período tem feito a diferença. Mesmo jogando domingo e quarta estão cheios de perna. Vai ser difícil, mas vamos lá para jogar – disse.
Acabou neste domingo o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Fluminense, com 22 pontos, está em 14º lugar. Confira aqui como está a tabela de classificação após 19 rodadas (alguns times ainda têm jogos a cumprir por conta de adiamentos):
Em entrevista ao jornal Extra, Conca falou sobre a possibilidade de voltar ao Fluminense no fim do ano, quando acaba seu contrato com o Guangzhou Evergrande, da China. O apoiador reconheceu que a chance é grande e coloca o Tricolor como sua prioridade.
Confira isso e mais na íntegra da entrevista do ídolo:
A diretoria tricolor já se pronunciou, publicamente, a respeito do seu retorno. Vai voltar ao Fluminense?
Tem uma possibilidade grande. Todos sabem da minha preferência ao retornar ao Brasil e não é segredo para ninguém da identificação que tenho com o Fluminense. Mas como toda negociação, não depende apenas de uma parte. Temos que ver o que o clube pretende, se os dirigentes e treinador pretendem contar comigo…Vamos ver o que acontece.
Já entraram em contato?
Algumas pessoas ligadas ao Fluminense têm ligado para os meus representantes e eles estão conversando. Estou esperando que essa situação se resolva logo para que minha cabeça fique tranquila sabendo que meu futuro está definido. Como tenho contrato com o Guanghzou até o fim do ano, já posso assinar pré-contrato com outro clube e gostaria de deixar tudo encaminhado para o ano que vem.
Em 2009, o Flu sofreu com a ameaça de rebaixamento. Como vê o risco atual?
O ano de 2009 foi complicado para todos do grupo e para o clube. Não fizemos uma boa temporada e os resultados demoraram muito a aparecer. Vejo a situação atual muito diferente. Esse grupo está vindo de um título brasileiro conquistado no ano anterior e já demonstrou que tem capacidade para vencer seus adversários. O Fluminense tem capacidade para conseguir uma arrancada no campeonato, conquistar melhores posições na competição e se livrar do fantasma. Nenhum time consegue se manter o tempo todo no topo. Nos últimos anos o Fluminense sempre esteve disputando ou conquistando títulos. E isso vai passar. Tem um time capacitado para isso e que ficou conhecido por ser guerreiro.
A falta de estrutura dos clubes cariocas, e até do Fluminense, preocupa?
As condições dos clubes brasileiros não é algo que me preocupa. Passei quatro anos maravilhosos no Brasil e só tenho que agradecer a todos que me ajudaram durante meu período no país. Conquistei títulos, passei pela minha melhor fase na carreira e conquistei meus objetivos jogando por clubes que me ofereceram o necessário para desenvolver meu futebol.
Quais são seus planos nesse retorno ao Brasil?
Quero voltar a disputar uma competição forte como o Campeonato Brasileiro, sentir o calor do torcedor nas ruas e nas arquibancadas e poder desfrutar daquele clima de rivalidade entre clubes que encontramos no Brasil. Quero conquistar títulos importantes nesse retorno e tentar repetir o momento especial que vivi.
Qual a avaliação do período no futebol chinês? Valeu a pena financeiramente?
Está sendo um período muito bom, de conquistas de títulos, de crescimento pessoal e, claro que o lado financeiro é muito bom. É muito legal ter a oportunidade de ver de perto a evolução do futebol de um país como a China.
Como foi esse período, fora da elite do futebol?
Hoje em dia todos os campeonatos são transmitidos para o mundo todo. Estou num centro fora do eixo América do Sul — Europa, mas não me sinto desvalorizado por isso. Pelo contrário. O clube fez um esforço para me contratar, me valorizou e hoje tenho títulos nacionais conquistados, disputamos um campeonato fortíssimo como a Liga dos Campeões da Ásia. Acho uma experiência muito válida.
Dizem que você se desentendeu com o técnico na China numa ocasião. O que houve?
Fiquei chateado porque sempre fui muito profissional e amo jogar futebol. Por mim, quero estar em campo sempre. Mas nosso treinador achava que deveria me poupar de alguns jogos, porque eu fazia uma função importante e não deveria correr riscos de me machucar. Só que isso começou a ficar muito constante e me incomodei com essa situação. Chegamos a conversar, mas ele tinha essa posição de me poupar sempre que possível e era algo que eu não queria. Comecei a ficar infeliz, minha família também estava chateada e cogitamos a possibilidade de voltar ao Brasil antes do fim do contrato.
Como foi a vida na China? A alimentação? Se adaptou? Dirige por aí?
Tenho uma vida pacata com minha família, mas no começo tudo é mais complicado. Você não conhece o idioma, os costumes, como se locomover… Hoje, depois de tanto tempo, já estamos mais tranquilos.
O que houve com o futebol chinês? Cessou o investimento? Alguns deixaram os clubes e voltaram para a Europa ou seus países
É normal num país que está desenvolvendo o futebol fazer grandes investimentos e depois diminuir um pouco. A China está passando por isso agora. Foi importante para o desenvolvimento do esporte ter grandes jogadores que incentivassem o crescimento.
Por que você não foi jogar num centro da Europa?
Acho que é questão de oportunidade, mas não acho que necessariamente deveria ou devo jogar num determinado centro. Quero estar sempre jogando por grandes times, conquistar títulos e ser feliz. Tinha tudo isso no Fluminense e hoje tenho no Guangzhou.
Vimos recentemente em jogos da Argentina alguns jogadores que atuam no Brasil sendo convocados, como Montillo, Guinãzu…
É um sonho e um objetivo. Trabalho sempre pensando numa chance na seleção e,enquanto tiver chance, vou lutar para isso. Fico feliz em saber que nosso treinador (Alejandro Sabella) acompanha os argentinos que atuam fora do país e a convocação de Montillo e Guiñazu, por exemplo, me dá ainda mais motivação.
Como viu o desempenho do Fred na Copa das Confederações?
É um atacante que dispensa avaliações. Não é à toa que é um ídolo nacional. Fiquei feliz por seu desempenho pela seleção brasileira e tenho certeza que ele dará continuidade a isso.
Qual a sua visão sobre a Copa do Mundo? Qual a seleção favorita?
Difícil apontar favoritos, mas vejo Brasil e Argentina sempre como fortes candidatos, mas não podemos desprezar potências como Itália, Alemanha e a Espanha, que recentemente se juntou a essa lista de grandes candidatos ao título.
O que você acha de um jogador ser contratado por R$ 350 milhões, como foi o caso do Gareth Bale pelo Real Madrid?
Se ele foi contratado por esse valor é porque teve mérito. Agora ele precisa mostrar em campo o que todo mundo espera dele nas próximas temporadas.
– A parceria com o Fluminense tem demonstrado que o modelo de gestão adotado no Maracanã é extremamente benéfico para os torcedores, que usufruem de mais conforto e segurança, e também para os clubes, que obtêm maior arrecadação e podem contar com uma infraestrutura técnica de qualidade – disse.
Autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, sábado, no Maracanã, Biro Biro garante que isso não é novidade para ele. Depois de marcar pela primeira vez entre os profissionais, o atacante do Fluminense afirma que nos tempos de base sempre se destacou por ser artilheiro.
– Sempre tive essa característica, a de buscar o gol. Na base, marquei bastante, mas no profissional ainda não tinha tido a oportunidade. Fiquei esperto no lance, que foi rápido, e acompanhei o rebote. Graças a Deus tudo deu certo – disse.
Se a fase não é boa ainda, pelo menos o Fluminense vai se distanciando um pouco da zona de rebaixamento. E o Cruzeiro deu uma mãozinha neste domingo. Em jogo realizado em Belo Horizonte, a Raposa venceu o Flamengo por 1 a 0 e beneficiou o Tricolor.
Com este resultado, o Fluminense segue em 14º lugar no Campeonato Brasileiro com 22 pontos, mesma pontuação do rival, mas à frente no número de vitórias (seis a cinco).
– Quero voltar a disputar uma competição forte como o Campeonato Brasileiro, sentir o calor do torcedor nas ruas e nas arquibancadas e poder desfrutar daquele clima de rivalidade entre clubes que encontramos no Brasil. Quero conquistar títulos importantes nesse retorno e tentar repetir o momento especial que vivi – disse.
Peter Siemsen voltou a falar sobre o acordo do Fluminense assinado com a concessionária que administra o Maracanã. De acordo com o presidente, o clube está muito satisfeito com as condições acertadas e a tendência é melhorar com a solução das carteiras de sócios utilizadas diretamente nas roletas.
– O Fluminense hoje está satisfeito com as condições contratuais, satisfeito com o contrato e vem trabalhando em conjunto com a concessionária para adaptar as catracas ao modelo do sócio-futebol do Fluminense. Isso resolvido, certamente vai trazer uma comodidade bem melhor para os nossos sócios – disse.