Mais uma partida de “seis pontos” para o Time de Guerreiros. Buscando se afastar da temida zona da degola, o Tricolor foi à Santa Catarina, onde encarou o Criciúma, no estádio Heriberto Hülse. E, embora a técnica não fosse a mais vistosa, não faltou dedicação aos guerreiros. O prêmio veio com uma vitória suada, de virada, por 2 a 1.
O técnico Vanderlei Luxemburgo fez apenas uma modificação com relação ao duelo anterior: trouxe de volta à equipe o volante Diguinho, imaginando que a experiência do atleta fosse ajudar o clube das Laranjeiras a suportar o ímpeto do Criciúma. Entretanto, nervoso, o volante acabava dando espaços e cometendo faltas desnecessários. Tão desnecessárias que, às vezes, mesmo quando não era culpado, também “pagava o pato”.
Logo aos 12 minutos, um susto. Graças à cegueira do bandeirinha, que viu impedimento, o Criciúma teve um gol mal anulado. Com o acontecimento, a postura do Fluminense foi diferente. Preocupada com as investidas dos catarinenses, os atletas acabaram recuando mais do que o necessário. O castigo quase veio 10 minutos depois. Talvez para compensar o erro do impedimento, a arbitragem viu um pênalti inexistente de Diguinho em … A salvação, claro, veio nas mãos de Cavalieri. Experiente, o goleiro ficou parado no meio do gol, exatamente a direção do chute do adversário.
A noite era de Cavalieri. Praticando grandes defesas, o goleiro garantia a retaguarda do Fluminense, quando os defensores, em algum momento, falhavam. Mas, obviamente, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Recuado demais, a equipe acabou sofrendo um baque aos 38 da etapa inicial: o time da casa chega pela ponta direita, com Sueliton, na linha de fundo, e há o cruzamento. A zaga corta mal, para o meio da área, e o camisa 7 pega de canhota o rebote para marcar. A bola ainda bate em Anderson antes de entrar. Após o gol, Luxa coloca Felipe no lugar de Diguinho, tentando aumentar o ritmo ofensivo. O Tricolor conseguiu o empate minutos depois: Carlinhos passa na ponta esquerda, cruza de primeira para o meio da área, e Bruno chega voando, por trás da zaga, para se antecipar ao lateral Marlon e colocar de carrinho para o fundo da rede.
Sem grandes lances de inspiração, os comandados de Luxemburgo tentava administrar a partida, fundamentando seu jogo no toque de bola e na dedicação dos atletas, já na segunda etapa. Biro Biro foi mandado a campo para aumentar o poder da equipe. O empate parecia ser um bom resultado, mas os sustos continuavam. Se não fosse pelo santo Cavalieri, o resultado certamente seria outro.
Com 25 minutos de jogo, um brinde à aplicação tática dos comandados de Luxa. Sobis manda uma bomba de canhota, já dentro da área, mas sem ângulo e acerta o travessão. Na sobra, André Gava tenta tirar, mas o camisa 2 do Flu se antecipa de cabeça, e manda para o gol, livre, e vira para o Tricolor. A partir daí, Flu se concentrou ainda mais nos contra-ataques, podendo, inclusive, ter ampliado o jogo. Mas ficou nisso. Grande resultado dos Guerreiros!